Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Marcelo Uchoa, melhor nome para o TRT

O advogado Marcelo Uchoa é candidato à vaga de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho - TRT/CE pelo quinto constitucional dos advogados. Na consulta direta aos colegas ele foi o segundo mais votado no Estado, vencendo nas urnas da capital. Amanhã, 30/11, 9hs, o Conselho Seccional da OAB/CE se reunirá para definir os nomes que comporão a lista sêxtupla a ser encaminhada ao TRT/CE. A Sociedade Brasileira exige nos Órgãos públicos, tanto no Executivo, Legislativo e Judiciário profissionais éticos, honestos e com espírito público, como é o caso de Marcelo Uchoa. Veja abaixo nota de solidariedade dos movimentos sociais: 

NOTA DE SOLIDARIEDADE
Caro Dr. Marcelo Uchôa,
Reconhecendo sua competência, probidade e dedicação com as causas que lhe são confiadas. Além disso, sua notável contribuição como importante defensor dos direitos humanos e dos trabalhadores no Estado;
Confiando que o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará saberá ser grande e justo, inclusive considerando sua notável colocação na consulta aos advogados realizada no último dia 29 de setembro, sendo o segundo mais votado em todo Ceará e vencedor nas urnas da capital;
Vimos expressar publicamente nossos votos de que o digníssimo Conselho Seccional da OAB/CE inclua seu nome na lista sêxtupla que será encaminhada ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Sétima Região para fins de preenchimento da vaga de Desembargador decorrente do quinto constitucional da advocacia.
Atenciosamente,
Fortaleza, 28 de novembro de 2012.
01. Rede Nacional de Advogados e Advogadas Popular (RENAP)
02. Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa
03. Comitê Cearense pelo Direito à Memória à Verdade e à Justiça
04. Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Popular Frei Tito/AL
05. Associação Anistia 64/68
06. Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza
07. Instituto Maria da Penha (IMP)
08. Instituto Frei Tito de Alencar
09. Centro de Defesa pela Vida Hebert de Sousa (CDVHS)
10. Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos
11. Movimento Hip Hop Organizado do Ceará (MH2O)
12. Instituto da Juventude Contemporânea (IJC)
13. DCE do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE
14 Diretoria da UNE no Cerará
15. Diretoria da UBES no Ceará
16. ONG Artitude de Rua
17. ONG Embaixada Social
18. Associação Beneficente O Pequeno Nazareno
19. Associação de Pequenos Negócios do Conjunto Ceará (APENCCE)
20. Frente de Assitência a Criança Carente (FACC)
21. Movimento Nacional da população em Situação de Rua - Ceará
22. Movimento de Juventude Fora da Ordem
23. União da Juventude Socialista-UJS
24. Juventude Negra Kalunga
25. Associação Comunitária dos Moradores da Terra Prometida
26. Federação dos Movimentos Comunitários do Pirambu
27. Grupo de Amor e Prevenção pela Vida (GAP Vida)
28. Movimento de Travestis e Transsexuais de Maracanaú
29. Coletivo Enegrecer
30. Elo Feminista
31. Unegro
32. Rede de Jovens do Nordeste (Veja matérias do Jornais: O Povo e Diário do Nordeste, clicando acima em fotos.).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Revelações digitais


Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior Memorialista

Pela primeira vez na vida não subi nos palanques dos comícios do
PT. Uma das coisas q mais adoro na vida.

E vou dizer a razão como
prometi a inúmeros companheiros: Na Parangaba, no lançamento oficial da campanha do Elmano, fui barrado no acesso ao palanque, por um segurança, que esbravejou: O Sr. não entra! – O que!? Retruquei e o peguei pelas bitacas e o afastei longe. Entrei, não consigo imaginar onde arranjei forças para tanto. Indignado, meu coração doía literalmente. Em seguida o presidente da guarda municipal veio me
pedir desculpas.

E disse: não é você não Arimar Rocha.
Eles agora estavam querendo censurar. Era a minha presença!



Tudo começou bem antes, há alguns poucos anos, no aniversário do PT.
Na fila do caixa eletrônico na sede do Poder Executivo Municipal, o pre sidente do PT de Fortaleza, Raimundo Angelo, chega gratuitamente e diz: Sabe o artigo que você mandou para o site do PT: Não vai ser
publicado não. Eu disse - que presente é este? Que você esta me dando no dia do aniversário do PT? Aquilo tinha me deixado mais indignado ainda, doía. Minutos depois liguei pra ele dizendo que ele não podia
fazer aquilo... Ele disse que não tinha decidido só, que tinha um conselho.... Fiz um requerimento protocolei no Diretório Municipal e entreguei cópias durante reunião do Diretório... No Diretório Estadual
encaminhei ao Ilário Marques... Protocolei à Luizianne Lins...



Queria saber a composição do conselho? Quando se reuniam? Se era possível defesa? De quanto foi o placar? Quanto ganhavam?
Eram mais de 14 perguntas... Nunca me deram uma unica resposta. A não ser a secretaria de comunicação do PT, Ticiana Studart, que disse-me na Confraria do Raimundo do Queijos ter sido ela quem censurou meus artigos. Ela e o Raimundim, são as únicas pessoas que formam esse tal conselho de censura do PT de Fortaleza? A muito o Raimundim se arrepende e quer que eu ponha de volta no site os artigos meus que mandei tirar da página do PT municipal. Já a Ticiana só se orgulha e repete por aí que é censora, apesar de ter dito a ela que pegava mal era para o partido. Ela para mim é aquela pessoa que chega para outra cochicha algo e depois alguém vem e diz pra você: - Esse é um lugar reservado às autoridades. Ou então: aí não pode entrar. Pare. Volte. Saia. Não é permitido. O senhor esta convidado a se retirar. E por aí vai...
A estória dela é não deixar você fazer a sua.
Mais naquele dia no lançamento da candidatura do Elmano recebi um o primeiro planfleto que entre outras manchetes dizia: PARA CUIDAR DAS PESSOAS COMO O LULA ENSINOU
Aquilo dali estava errado no tempo do verbo. E incompleto no conteúdo.
Pensava que a correção daquilo seria o passaporte para conversar com o Duda Mendonça ou a equipe dele. Afinal eu sem querer já tinha contribuído com a vinheta da campanha do Collor. Eles gravaram minha
conversa no telefone e fizeram a vinheta do super homem como um trem bala destruindo os blocos de desemprego, corrupção, violência... O texto que o Mario Lago fala no programa eleitoral do Lula, depois de um direito de resposta conseguido pelo programa político eleitoral do FHC 80% foi baseado em texto de minha autoria. O Duda agradeceu minha colaboração.
No outro dia entrei porta adentro da Reunião do Núcleo Duro.
E disse olha aqui o erro na frase Luizianne, se continuar assim vão deduzir que o Lula morreu ou se aposentou!!!??? e esta incompleto. E sugeri que deveria ser:
Para cuidar das pessoas como Lula ensina e a Dilma Faz
Ela concordou no ato e disse que estava correto e ia tomar providências. Nada aconteceu, muito pelo contrário a expressão:



“...como Lula ensinou”. Iria se tornar o slogan da campanha e figurar nos muros, adesivos, pichamentos, planfletos, santinhos. A expressão no passado continuava lá, carimbada e a minha colaboração esquecida e
desconsiderada. A não ser por mim e pelo Luiz Pinto Façanha que lá de Aracaju todo dia tinha o zelo de corrigir o que a campanha matava ou aposentava o Lula todo dia o Façanha corrigia e remetia de volta e eu
passava a replicar no facebook a correção feita por ele, nas peças publicitárias do Elmano. O mote que trabalhávamos era: Cuidar das pessoas como Lula ensina e Dilma faz. Mas não foi só este erro,
fizeram duas campanhas, a da Luizianne para o governo e a do Elmano para prefeito. Se era necessário combater a rejeição à Luizianne, não era preciso colocar o Elmano como mero continuísmo dela. Apesar de
afirmar que o Elmano é um cara diferente! Entenda quem puder.
Diferente exige complemento. Vazio assim, diferente é palavra de ordem do LGBT, o que seguramente não se aplica com essa magnitude a campanha eleitoral, deixa pra lá. A bem da verdade, também mostrou a Bela Fortaleza que a mídia a serviço do sistema desconhece, encobre, distorce e difama. Nisso a campanha resgatou a imagem de Fortaleza e esta de parabéns.
Mas o maior erro foi não dá a resposta a inserção do poste. Foi isso, talvez, um dos maiores pecados que levou a derrota de Elmano, nas últimas horas da decisão.
Ela deveria dizer logo em seguida o que disse o Lula sobre o poste que diziam ser a candidata dele. “A Dilma é melhor que eu”. Não disse: E foi ai que sobrou vaidade e faltou humildade. Ou o Duda não
viu?
Aquele “olho no olho” é bom demais, mas passou demais da conta. E tudo que é demais é veneno, diz a minha Vovó Coty.
Eles deveriam ter dado mais ênfase ao sintetismo pragmático das colocações do Heitor. Deviam ter combatido o voto nulo,(só quem fez isso fui eu e mais uma vez com a parceria de Luiz Pinto Façanha que
emoldurou de forma magnifica um pequeno texto que fiz contra o voto nulo e postamos no facebook) a abstenção, o voto em branco... deviam ter combatido a crimilização da política, enfim, deveriam ter alertado
sobre a compra de votos. Foi muito erro e isso ai não é nem a metade.
Sabe subir no salto alto? - Pois subiram. Diga aí como é que pode ganhar o 1° turno e fazer com que todos os outros partidos se juntem ao adversário?



Só fui a um comício na periferia porque o candidato a vereador Dr.Amilcar Ximenes foi à minha casa me convidar. Fui à inauguração do comitê da Aldeota porque o Queiroz veio lá do Pirambu me buscar. E só
fui ao encontro com o Lula porque o Garces e o Muniz me levaram e lá percebendo que o esquema de Parangaba continuava na Praça do Ferreira, pulei uma grade, atravessei por uma fresta outra cerca para chegar ao salão e subi as escadas na moral. Mas quando foi para ir ao espaço onde Lula se encontrava, fui barrado. Não foi pelo segurança de Parangaba, nem pelos homens do Lula, foi pelo PT daqui mesmo. Eu não estava disposto a colocar meu coração de novo em risco. Fiquei ali naquele corredor pensando eles na certa acham que o Lula não vai querer conversar com um cara que escreveu um artigo como título de:
Lula três passos para trás. Se o lula soubesse o que eles acham dele.
Meu Deus. E lá vem o Lula descendo a rampa. Eu debaixo de um boné e atrás de uma câmara de filmar esperava e ele veio e me reconheceu: Arrudão, precisamos conversar mais. E ali olho no olho me lembrei da
primeira conversa com ele, em 1979, estava no grupo da Convergência Socialista e queríamos convence-lo que devíamos dar o nome do partido de Partido Socialista. Ele me convenceu com uma frase: Como é que
vamos construir um partido com o nome de socialista no meio de uma ditadura militar? Quem é que vai acreditar que é? Naquele momento passei para o lado dele e esta aí o Partido dos Trabalhadores. Era o
mesmo Lula que quando da expulsão da Maria Luiza Fontenele depois de ouvir minha opinião disse: Olha aí nos dois ficando de cabelos brancos por causa destas coisas no PT. O PT daqui é o que mais trabalho me
dá... Era o Lula das gostosas gargalhadas na carneirada com polenta no aniversário do Zé Ibraim em São Bernardo, e no natal do sítio do Dr. Silvio Braz em Mesejana... Ele deve ter sabido do artigo sim; mas
creio que desta vez ele concordava comigo. Era como traduzia o abraço arrochado que recebi dele.

sábado, 24 de novembro de 2012

Filho de Ciro Gomes é preso com drogas

O filho do ex-ministro Ciro Gomes, Ciro Saboya Ferreira Gomes, de 27 anos, foi detido na manhã desta deste sábado (24) por porte de droga, após se envolver em acidente de trânsito que deixou uma pessoa ferida. Segundo a polícia, após o acidente foi descoberta uma pequena quantidade de maconha

Luizianne almoça com Elmano e Dilma em Brasília

A prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, o ex-candidato a prefeito Elmano de Freitas e a presidente Dilma Rousseff almoçaram juntos na tarde desta sexta-feira (23) no Palácio da Alvorada, em Brasília. Durante o encontro, foram discutidos assuntos como o futuro político de Luizianne e o balanço de sua gestão frente à Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF).
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeita, o almoço durou cerca de três horas e os petistas conversaram sobre a política durante a gestão de Luizianne, falaram sobre o futuro político da atual prefeita de Fortaleza e sobre o papel político dela no Nordeste e no País após o fim do seu mandato.
Esse foi o primeiro encontro da atual prefeita de Fortaleza com Dilma após as eleições de 2012. Durante a campanha de Elmano, Dilma se recusou a gravar depoimentos e participar de comícios com o ex-candidato. A presidente se esquivou da campanha do petista para não se envolver no pleito entre dois aliados. Lula veio no lugar dela e marcou presença na campanha de Elmano.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nota do PT sobre a Ação Penal 470



Rui Falcão (D), presidente nacional do PT,junto com o secretário de Comunicação, André Vargas (PT-PR) - Foto: Luciana Santos/PT

Leia o documento aprovado nesta quarta-feira durante reunião da Comissão Executiva Nacional do PT, em São Paulo


O PT E O JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470
O PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
O STF negou aos réus que não tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente consagrado.
A Constituição estabelece, no artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte. E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter permanente.
Foi por esta razão que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha decidido em sentido contrário no caso do “mensalão do PSDB” de Minas Gerais.
Ou seja: dois pesos, duas medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
Vale lembrar, finalmente, que em quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância – todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez.
Por isso mesmo, o PT considera legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
2. O STF deu valor de prova a indícios
Parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma “pouco ortodoxa” (segundo as palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas, transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções, inferências e a transformação de indícios em provas.
À falta de elementos objetivos na denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias – fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou provas cabais.
Cabe à acusação apresentar, para se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa—papel que competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
O STF deu estatuto legal a uma teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina, considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização. Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a condenação.
Ao lançarem mão da teoria do domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu “tinha como não saber”...
Ao admitir o ato de ofício presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva, o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não pelo que teria feito.
Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
4. O risco da insegurança jurídica
As decisões do STF, em muitos pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança jurídica no País.
Pairam dúvidas se o novo paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
Doravante, juízes inescrupulosos, ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
Quanto à suposta compra de votos, cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
Ao instaurar-se a insegurança jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal 470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião. Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
5. O STF fez um julgamento político
Sob intensa pressão da mídia conservadora—cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e propagam a repulsa de uma certa elite ao PT - ministros do STF confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
Único dos poderes da República cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal - assim como os demais poderes e todos os tribunais daqui e do exterior - faz política. E o fez, claramente, ao julgar a Ação Penal 470.
Fez política ao definir o calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para compensar a escassez de provas.
Contrariamente a sua natureza, de corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus julgamentos.
No STF, venceram as posições políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).
Embora realizado nos marcos do Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT. Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas, principalmente, condenar alguns pela “compra de votos” para, desta forma, tentar criminalizar o PT.
Dezenas de testemunhas juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para servir aos objetivos da condenação.
Alguns ministros procuraram adequar a realidade à denúncia do
Procurador Geral, supostamente por ouvir o chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
A luta pela Justiça continua
O PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal 470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente - que o PT luta para transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional - não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei e dos poderes que emanam do povo.
Na trajetória do PT, que nasceu lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros. No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
A despeito das campanhas de ódio e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
Abriram-se novas oportunidades para todos, o Brasil tornou-se a 6a.economia do mundo e é respeitado internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
Tanto quanto fizemos antes do início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal.
Ao mesmo tempo, reiteramos as resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos coletiva ou individualmente.
É com esta postura equilibrada e serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema político - o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais - e pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e corrigidas.
Conclamamos nossa militância a mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.
São Paulo, 14 de novembro de 2012.
Comissão Executiva Nacional do PT.

Eleição em Fortaleza: Amarelo-suio S.A.

(ou como a 4a. capital do país foi tomada de assalto por um golpe eleitoral)
Por Rafael Tomyama e Aila Marques* - AECeará
Mesmo ainda sendo muito cedo para uma análise distante do calor dos acontecimentos, seguem alguns elementos centrais para uma primeira leitura da guerra eleitoral encetada em Fortaleza.
A anunciada "virada" do candidato do PSB, Roberto Cláudio, por uma diferença de quase 75 mil votos sobre Elmano de Freitas do PT, no segundo turno da eleição em Fortaleza, não é exatamente uma "surpresa" inexplicável.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

TOPBLOG: Vote no Blog da Dilma até o dia 10

Queridos leitores e queridas leitoras do Portal do Blog da Dilma
Até o dia 10(sábado) você ainda pode votar no Blog da Dilma no Concurso TOP BLOG - Fase Final.Você poderá votar até 03 vezes por dia, 01 voto por e-mail, 01 voto por facebook e 01 voto por twitter. Nossa gratidão a todos que votaram e elegeram em 2009, 2010 e 2011, o BLOG DA DILMA, o melhor blog político do Brasil. Agora, só depende de você.
Link para a votação:
http://www.topblog.com.br/2012/index.php?pg=busca&c_b=171387
Agradecemos o apoio e o carinho.

Voce sabia que: Quinto dos Infernos


Durante o século XVIII, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.
Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% da produção.
Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaia principalmente sobre a nossa produção de ouro.
O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam... "O Quinto dos Infernos".
Essa é a origem da expressão, e isso virou sinônimo de tudo que é ruim.
A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Vídeo: Fabio Comparato abre o "verbo" em Brasília

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Romper com os Ferreira Gomes é questão de hora

Os cardeias do PT do Ceará pensam que o eleitorado cearense e a militância petista são "bobos" ou "otários". Depois de sermos humilhados pela Família dos Ferreira Gomes, e tudo como aconteceu no dia 28 de outubro, dia da eleição do 2º Turno, em Fortaleza, e agora o Deputado José Nobre Guimarães querer o retorno da aliança do PT com Cid, Ivo e Ciro Gomes.. É dose pra Leão. Dessa maneira, o PT vai perder toda sua militância.
Veja alguns comentários no Facebook do Daniel Pearl Bezerra:
Weslenya Godinho: O PT já tem perdido pessoas de sua militância há certo tempo em Fortaleza...
Malf De La Mancha: Vai perder meu apoio e de muitos se voltar a se aliar ao clã dos Ferreira Gomes...
Daniele Bezerra: GUIMARÃES, VÁ SOZINHO O SR. PARA O PSB!
Norma Muniz Cavalcanti: Próxima eleição abstenção - 2014 - Não saio mais de casa pra votar em p.... nenhuma.Pega o beco dólar na cueca.
Theo Lemos Ribeiro: Ele faz bem o estilo desses partidos, pode ir deputado , vc ta no lugar errado mesmo!!!
Lucia Maria Amora Carneiro: Não quero sentar nessa mesa nunca!
Francisco Garcia: Guimarães e Artur Bruno vão sozinhos para o psb.
Simone Nepomuceno Nepomuceno: nanã...nanã...nanã... já mê de Ferreira Gomes....!
Francisco Garcia :
Tem mais do provas pra impedir que esse filhote do Cid Gomes,seja diplomado pelo TRE,AGORA O TRE DAQUI É UM LIXO.
Durcila Sousa: Apoiado querido Daniel, somos petista e dizemos não aos ferreira gomes.
Marta Rejane Serini: VÃO SE FERRA COM FERRO BATIDO POR ELES MESMOS [PT ]
Matheus Amora: Me desfilio na mesma hora!
Vinicius Lima Gonzaga : nao duvido nada.. principalmente.. vindo de Política
Militancia Petista O PT VAI ESCOLHER NÓS OU ELES!
Matheus Amora Infelizmente existem muitos "Guimarães" no PT!
Savio Aguiar : Essa ideia so podia ter vindo desse deputado! Ele que deu inicio a toda essa politica de alinças cm a direitona e acabou de vez cm o PT em algumas cidades do interior do Ceara!

domingo, 4 de novembro de 2012


A SEGURANÇA DAS URNAS ELETRÔNICAS

Eu quero ter certeza que meu voto será válido e à prova de fraude. Ninguém em sã consciência pode assegurar que as urnas são invulneráveis. Isso é dogma. A criação humana, por mais perfeita que seja se exaure e começa a ser discutida. Sempre foi assim e graças a isso evoluímos. O Brasil vem desenvolvendo seu processo eleitoral e apresentando inegáveis avanços. Passo a pensar a gama de desconfiança que tem gerado o atual sistema de urnas eletrônicas, principalmente ao se saber que diariamente se tem notícia de violação de cartões eletrônicos, sistemas bancários, o que não permite acreditar que as urnas eleitorais possam ser eternamente invioláveis. Até onde votar assim, não é votar no escuro? Qual é a certeza de que seu voto foi corretamente computado para seu candidato? É verdade que o sistema encontra em aperfeiçoamento contínuo, logo, mais uma razão para crer na vulnerabilidade do sistema. Quantas pessoas juram ter votado em determinado candidato e seus votos não aparecem computados? Pode ser que estejam tentando justificar-se, mas, se estiverem falando a verdade? A tecnologia da informação não é infalível. Todas essas ferramentas têm um tempo. Um ciclo. Em comum, depois de um determinado período passam a revelar faces então desconhecidas. Quando as urnas eletrônicas surgiram, sem qualquer dúvida, revolucionaram o processo eleitoral no Brasil, mas já aquele tempo se contestava a sua segurança. 

Lembro de Leonel Brizola, pronunciando-se a respeito. O tempo passou e sempre existe uma margem, uma sombra que teima em colocar o sistema em dúvida, quanto a sua infalibilidade. Em 2012, com todos os avanços das tecnologias de informação, ainda se ouve falar de urnas que não funcionaram, processamento que demorou horas, e outros problemas pontuais. Parem. Ninguém está defendendo a volta aos votos nas cédulas de papel, mas todos concordam que o eleitor precisa ter reconhecido o direito de manter para si, uma cópia que confirme o seu voto e caso não seja computado, possa contestar a apuração. Pode ser apenas minha impressão. Pode ser que eu esteja equivocada, mas democracia é isso. Tenho o direito de não sentir segurança nesse sistema, até prova em contrário. Quem está escrevendo é uma eleitora. Uma cidadã como tantas outras ou outros que ficaram perplexos e não podem fazer absolutamente nada, senão acreditar que se discutindo esse dogma da infalibilidade do sistema, talvez, aja a superação e um outro seja erigido, porque é assim que se desenvolve a humanidade.

Hilda Suzana Veiga Settineri

sábado, 3 de novembro de 2012

Ferreira Gomes e a eleição mais fraudulenta de Fortaleza

Daniele Bezerra - danielebezerra@oi.com.br
(…) O sentimento é de indignação, de estarrecimento e sede de justiça.  Muitos podem pensar que tudo isso é discurso de perdedor, de quem não tem  humildade para perder nas urnas, como dizem  aqueles que vilipendiaram o poder de escolha do cidadão,  alguns colunistas políticos que, certamente, não estiveram nas ruas para acompanhar as eleições, e ainda outros que, mesmo sendo do PT, não se deram conta da gravidade dos acontecimentos.  A questão não é perder, nem ganhar. Quantas e tantas eleições o Partido dos Trabalhadores perdeu e quantas e tantas outras venceu. Inclusive agora, no pleito da cidade de São Paulo, que  foi o exemplo mais exponencial de que mesmo à contragosto da imprensa nada imparcial deste país, o PT elegeu o seu prefeito. Além do mais, o  partido  aumentou o número  de prefeituras. Mas voltemos à questão: E Fortaleza?

ONÇA PINTADA

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