Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

domingo, 4 de novembro de 2012


A SEGURANÇA DAS URNAS ELETRÔNICAS

Eu quero ter certeza que meu voto será válido e à prova de fraude. Ninguém em sã consciência pode assegurar que as urnas são invulneráveis. Isso é dogma. A criação humana, por mais perfeita que seja se exaure e começa a ser discutida. Sempre foi assim e graças a isso evoluímos. O Brasil vem desenvolvendo seu processo eleitoral e apresentando inegáveis avanços. Passo a pensar a gama de desconfiança que tem gerado o atual sistema de urnas eletrônicas, principalmente ao se saber que diariamente se tem notícia de violação de cartões eletrônicos, sistemas bancários, o que não permite acreditar que as urnas eleitorais possam ser eternamente invioláveis. Até onde votar assim, não é votar no escuro? Qual é a certeza de que seu voto foi corretamente computado para seu candidato? É verdade que o sistema encontra em aperfeiçoamento contínuo, logo, mais uma razão para crer na vulnerabilidade do sistema. Quantas pessoas juram ter votado em determinado candidato e seus votos não aparecem computados? Pode ser que estejam tentando justificar-se, mas, se estiverem falando a verdade? A tecnologia da informação não é infalível. Todas essas ferramentas têm um tempo. Um ciclo. Em comum, depois de um determinado período passam a revelar faces então desconhecidas. Quando as urnas eletrônicas surgiram, sem qualquer dúvida, revolucionaram o processo eleitoral no Brasil, mas já aquele tempo se contestava a sua segurança. 

Lembro de Leonel Brizola, pronunciando-se a respeito. O tempo passou e sempre existe uma margem, uma sombra que teima em colocar o sistema em dúvida, quanto a sua infalibilidade. Em 2012, com todos os avanços das tecnologias de informação, ainda se ouve falar de urnas que não funcionaram, processamento que demorou horas, e outros problemas pontuais. Parem. Ninguém está defendendo a volta aos votos nas cédulas de papel, mas todos concordam que o eleitor precisa ter reconhecido o direito de manter para si, uma cópia que confirme o seu voto e caso não seja computado, possa contestar a apuração. Pode ser apenas minha impressão. Pode ser que eu esteja equivocada, mas democracia é isso. Tenho o direito de não sentir segurança nesse sistema, até prova em contrário. Quem está escrevendo é uma eleitora. Uma cidadã como tantas outras ou outros que ficaram perplexos e não podem fazer absolutamente nada, senão acreditar que se discutindo esse dogma da infalibilidade do sistema, talvez, aja a superação e um outro seja erigido, porque é assim que se desenvolve a humanidade.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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