Quando um líder parte é natural todos ficarem tristes.
Hoje a dimensão da palavra humanidade ficou menor.
Sem a pretensão de ser herói, sendo, de ser líder, de ser revolucionário, sempre sendo, Mandela mudou a história de seu povo e serviu como exemplo para o mundo.
Abro uma página qualquer desses jornais que estão por ai.
O que vejo são pessoas que o tempo todo querem estar em evidência, mas falta-lhes aquele conteúdo que somente aos que trabalham por ideal e que possuem bandeiras podem ostentar e nem precisam da bajulação comercial.
Toda vez que falam, haverá pessoas disposta a ouvi-los e segui-los.
Nem é preciso alarde.
Silenciosos, paradoxalmente, proferem os mais eloqüentes discursos.
Aprisioná-los?
Aprisionam o corpo.
A alma, as idéias, a mensagem é algo que não se aprisiona.
Nenhuma amarra é capaz de segurar uma verdade.
Quantos anos de prisão?
E cada vez mais haviam pessoas que queriam ouvi-lo e a multidão se multiplicou que as grades cederam e a liberdade ganhou corpo.
O sonho de um país sem diferenças começou a ser construído.
Mandela foi o líder de um momento impar na história da África do Sul, cujos reflexos se disseminaram pelo mundo.
Quem é capaz de dizer que brancos e negros não podem conviveram no mesmo ambiente?
Que não podem frequentar a mesma escola, terem os mesmos direitos?
Todas essas asneiras criadas pelas elites foram demolidas pela personalidade Mandela, testemunho vivo de que é possível resistir e mudar.
Mandela sempre quis um país livre para que todos pudessem cultuar a liberdade como um patrimônio individual e coletivo, conquistado e não doado e cujas conseqüências levam a sensibilização de que pensamento e ação são combustíveis para fazer a revolução capaz de demolir estruturas que foram impostas, mas que a resistência cultural jamais engoliu.
Hoje, Mandela deixa a condição de homem comum e sob ao panteão dos Heróis.
Hoje, Mandela passou de uma grande pessoa para ser o símbolo de um momento histórico.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Fotos da rede, Cartum do Quino
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