Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

BRASIL, MAIS E MAIS






BRASIL, MAIS E MAIS
Pensar um país, sem particularizar. Pensar nas pessoas a partir das mais necessitadas.
 Acreditar fazendo no exercício diário o esforço para a sua realização. Como fazer tanto e para tantas pessoas tão diferentes e tão necessitadas? 
Pessoas que nasceram, cresceram, trabalharam e pouco e nem sequer tiveram o direito de sentir o que é dignidade. Outras tantas, que também nasceram, viveram, trabalharam e nem sequer tiveram o direito de ousar realizar um ou outro sonho? Será que somos tão diferentes? Ou será que nos fazem pensar nas diferenças para nos afastar e fragilizar os elos que mantemos?
 Quais são os sonhos dos brasileiros mais necessitados? 
Quem está trabalhando, empenhando-se para realizá-los ou criar as condições para sua realização? A história quase sempre tenta repetir-se, pregando peças aos desavisados. 
 O que diferencia e demonstra o grau de evolução é quando se olha, se compreende o passado e muda mais, cada vez mais. 
É o andar em direção com direção ao futuro que dá segurança de que mais sonhos podem ser realizados. 
 Qual era o sonho de você brasileiro (a) 15, 14, 13 anos?
 Lembro de como acharam impossível gerar tantos empregos como Lula prometia.
 Não sei, mas talvez você que agora esteja lendo, seja um(a) daqueles (as) que entravam nas enormes filas e ao final do dia, cansados e estressados, retornavam aos seus lares, desempregados. 
 Como era ruim não ter muitas esperanças e somente não desistir porque a coragem nunca nos faltou. 
Pode ser, quem sabe, um (a) trabalhador (a) que nasceu sob o aluguel de moradia, cresceu e  viveu trabalhando por este sonho que mais parecia impossível. 
 Emprego, moradia e um prato de comida.
 Pouca coisa, mas que trazem um sentido de resgate de dignidade como nenhum outro.
 É preciso somarmos ainda nesse revigoramento de lembranças o tamanho do salário mínimo, dos programas sociais...
 Parece que há entre o hoje e o passado um mar enorme separando-os. 
Várias gerações começavam a estudar, uns concluíam o fundamental ou um pouco mais e logo a necessidade de trabalho e a oferta e custo das vagas em universidades, desestimulavam o aprendizado.  Ninguém pensava no FIES, no PROUNI, no PRONATEC. 
Hoje os tempos são outros.
 O passado teima em querer nos impor as piores lembranças e desavergonhadamente, sem o menor pudor, procura tumultuar a compreensão e nos levar ao erro. Já dizia minha avó que a sabedoria está em compreender as artimanhas, os embustes e até respeitar os embusteiros porque cumprem seu papel, é de sua natureza o exercício de enganar.
 Não se pode transformar óleo em água, nem sal em açúcar, ainda que tenham semelhanças, suas naturezas são completamente diferentes.
 Cuidar de um Brasil para trabalhadores e trabalhadoras, necessariamente, há de ser por alguém que tenha essa origem, essa natureza, obviamente não será um patrão por mais generoso que seja que irá defender interesses de trabalhadores e trabalhadoras, porque essa não é sua natureza. 
 Por isso, eu sou Dilma. 
Hilda Suzana Veiga Settineri

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