Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:
Embora a história recente aponte que sim, não existe nenhuma normalidade no fato de o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), optar por fechar uma aliança com o ex-prefeito, ex-governador e ex-candidato a presidente da República tucano José Serra. Ao contrário, essa decisão, do ponto de vista político, é um ponto fora da curva.
Em primeiro lugar, porque simplesmente contraria a tática de sobrevivência do recém-criado Partido Social Democrata (PSD). Inicialmente imaginado por Kassab como um “plano B” para Serra, que havia deixado muitas sequelas no PSDB no período eleitoral do ano passado e praticamente inviabilizado um acordo futuro com o DEM, o novo partido acabou instrumentalizado pelos integrantes do ex-PFL que tentavam um caminho menos humilhante de adesão ao governo petista.
O diagnóstico da grande maioria dos demistas que afluíram ao PSD é que eles não teriam condições de sobrevivência no governo; o entendimento de boa parte deles é o de que Serra, não apenas pela derrota eleitoral sofrida para a candidata do PT, Dilma Rousseff, mas principalmente por sua capacidade desagregadora, havia comprometido seriamente as chances de uma oposição já enfraquecida por três derrotas sucessivas na disputa presidencial.
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