
A criança na fase mais tenra de sua vida precisa de contacto mais próximo de seus entes queridos para facilitar a sociabilidade, desenvolver os laços de afetividade, costumes, enfim, integrar-se ao que se denominou família. Esse é o ambiente ideal para a criança. No entanto, a modernidade e a necessidade da mulher buscar o trabalho, ora para ajudar nas despesas familiares, ora por ser a principal provedora faz exigir adaptações para que a criança sofra menos com essa nova realidade.
Surgiram as creches criadas para que as mães trabalhadoras pudessem deixar seus filhos em um ambiente com segurança e todos os meios para seu desenvolvimento. Como passar do tempo, a creche foi alcançando outras camadas sociais mais providas de recursos e lá se desenvolveu um ambiente muito mais contributivo para o desenvolvimento da criança. No Brasil existe o princípio da igualdade, tendo o Estado a missão de desenvolver políticas igualitárias, ou seja, no sentido de reduzir as diferenças, o que inclui, as creches públicas.

Durante anos, o professor freqüenta bancos de universidades com o intuito de estar melhor preparado a contribuir para a construção dos saberes. Estranhamente, nas creches surgiu uma figura que não se adapta a esse perfil: auxiliar de desenvolvimento infantil – ADI. Nada contra a presença desse profissional. Todavia, se trata de um embuste para dissimular uma situação: trocar o profissional pelo auxiliar, com isso pagar menor salário. Resta saber, a responsabilidade civil em caso de problemas que não deve ser suportada em hipótese alguma pelo funcionário (ADI), já que o empregador sabe que este não está qualificado para determinados atos. Por outro lado, urge a sociedade discutir o principio da igualdade cotejado frente ao ambiente e a qualidade do serviço ofertado às camadas mais necessitadas. Afinal, dignidade humana deve alcançar esses seres humanos que não podem reclamar por si.
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