E a todo momento sinto as unhas da morte na garganta,
o fogo a queimar a alma eterna.
Fico a vagar pelo mundo,
sem esperança, com os olhos sombrios
e sem sonhos.
No moinho da vida, sou a matéria mais suja,
que jogam ao limbo, à volúpia dos vermes.
Minhas lágrimas fecundam o ódio neste chão,
os ratos banham-me de urina, que penetram em
minha carne fria e infectam a noite no meu corpo,
sedento.
Nas grades farpadas, banhadas de sangue, refaço avida, perdida para sempre.
Obs.:Poema enviado ao blog do Nassif pelo médico Eduardo Peduto.Eduardo Peduto, por ocasião da remessa, escreveu: "Essa poesia foi escrita por um adolescente que está há dois anos e cinco meses na FEBEM!!!!! O que cometeu? Pasmem: furtou um relógio de bolso!!!!! Eu o atendi no Ambulatório de Saúde Mental, lá no Complexo Hospitalar do Juqueri. Nós nos tornamos amigos e, no último encontro, João (nome fictício) deu-me de presente a poesia."“Fisgado” do blog de Ivanisa Teitelroit Martins (ver aqui)
.Postado por Blog do Charles Bakalarczyk
Postado por GUERRILHEIROS VIRTU@IS
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