Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

quinta-feira, 31 de março de 2011

O golpe de 64 e o direito à verdade

Carta Maior: Um padre amigo me citou certa vez um trecho do Evangelho de São João: “queiram a verdade, porque a verdade vos tornará livres”. Ou então o que dizia o notável Gramsci: aos revolucionários só interessa a verdade, nada mais do que a verdade. Simples assim. A verdade sobre o regime militar, mais cedo ou mais tarde, deverá ser exposta porque liberta. Vejo como uma purificação da alma brasileira. Uma catarse necessária, fundamental. Temos de olhar para os monstros que torturaram e mataram sem piedade, reconhecê-los. Ao menos isso. O artigo é de Emiliano José.
O 47º aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964 é uma boa oportunidade para refletirmos sobre uma grande mancha, uma nódoa moral que mancha a alma brasileira. O golpe militar violentou o Estado de direito, derrubou um presidente constitucional, desrespeitou as liberdades individuais e coletivas e, sobretudo, submeteu o país aos interesses do grande capital nacional e internacional, capital que se acumpliciou inteiramente com o golpe. Os responsáveis pelo golpe militar cometeram um crime de lesa-pátria. E com o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, os militares radicalizaram a ditadura, institucionalizando o terror de Estado, acabando com quaisquer vestígios de legalidade, e atentando, a partir daí de modo cotidiano, contra os direitos humanos.
Alguns historiadores concluíram, numa explicação rasa, simplista, que a anarquia militar deu origem à ditadura e ao terrorismo de Estado. Penso que não. A ditadura militar e o terrorismo de Estado foram resultado de um planejamento na Escola Superior de Guerra (ESG) que reproduziu pensamentos de guerra de escolas norte-americanas, que não admitiam um governo democrático reformista, progressista, porque era essa a natureza do governo Goulart. Todos os generais-presidentes eram foras-da-lei. Cúmplices na derrubada de um governo constitucional, e também na criação de um ordenamento jurídico autoritário e espúrio.
Esses generais-presidentes, por mais de 20 anos, comandaram o martírio imposto aos jovens estudantes, aos operários, a todos os que se opuseram ao regime militar das mais variadas maneiras e adotando as mais diversas formas de luta. Os generais-presidentes são criminosos. Não podemos, a Nação não pode, eximi-los da responsabilidade dos crimes de prisão, tortura, assassinato, desaparecimento de opositores ocorridos dentro das instituições das forças armadas e nas ações chamadas de combate.
Lamentavelmente, temos que dizer que as forças armadas brasileiras, as daquele período histórico, têm as mãos sujas de sangue. Essa gente tem nome e sobrenome. Daí a importância do resgate da verdade. Se ainda estão vivos, torturadores e assassinos precisam ser punidos, e o primeiro passo é o conhecimento da verdade. Não há prescrição para esse tipo de crime. Não pode haver. À luz do direito internacional, do nosso direito e à luz dos direitos humanos.
Esclareço, embora me pareça óbviom, que ao fazer isso ninguém está pretendendo julgar os militares brasileiros de hoje, que se encontram cumprindo suas funções constitucionais. Mais: creio que às Forças Armadas atuais deveria interessar que toda a verdade viesse à tona, que se desse nome aos torturadores publicamente, de modo a separar o joio do trigo, a enterrar de vez aquele período, e a não permitir de modo nenhum que tais Forças Armadas voltassem a se envolver em políticas terroristas, como ocorreu durante a vigência da ditadura militar inaugurada em 1964.
Um padre amigo me citou certa vez um trecho do Evangelho de São João: “queiram a verdade, porque a verdade vos tornará livres”. Ou então o que dizia o notável Gramsci: aos revolucionários só interessa a verdade, nada mais do que a verdade. Simples assim. A verdade sobre o regime militar, mais cedo ou mais tarde, deverá ser exposta porque liberta. Vejo como uma purificação da alma brasileira. Uma catarse necessária, fundamental. Temos de olhar para os monstros que torturaram e mataram sem piedade, reconhecê-los. Ao menos isso.
Direito à verdade. Direito à memória. Temos que reconhecer que lamentavelmente grande parte de nossa juventude de hoje não tem a menor idéia do que aconteceu nos porões da ditadura. É preciso que a sociedade medite sobre o que aconteceu, sobre a covardia que é submeter à tortura prisioneiros de qualquer natureza. É curioso assinalar que nem mesmo a legislação da ditadura, nem mesmo ela, admitia que a tortura fosse admissível. Eles não quiseram passar recibo. Mas, não adianta: a história registra as coisas. Na pele, no corpo, na alma de milhares de brasileiros ficaram gravadas as garras dos assassinos da ditadura. Não é panfletarismo gratuito: é que eram assassinos, e da pior espécie, e além de tudo covardes. A tortura é um ato de covardia, para além de monstruoso.
Do ponto de vista jurídico não há impedimento para o julgamento dessas pessoas, militares e civis. Pelo sistema de direitos humanos sacramentado pela ONU, pela OEA, não há prescrição para crimes deste tipo. Não é objetivo da Comissão da Verdade, sei, até porque impossível, até porque fora de suas atribuições, promover quaisquer espécies de julgamento. Ela quer apenas e tão-somente conhecer, garantir que a sociedade brasileira conheça a verdade. Saiba sua própria história.
Quando o General De Gaulle assumiu o governo provisório, após a libertação da França na Segunda Guerra Mundial, fez uma declaração singular: sua primeira medida seria instituir tribunais regulares para julgar os colaboracionistas, porque a França jamais poderia encarar o futuro com confiança se não liquidasse as contas do passado. Poderíamos acusá-lo de revanchista? Certamente não. Em nosso caso, não liquidamos as contas do passado e isso prolonga a nódoa moral criada pelo terrorismo de Estado.
Não apenas não liquidamos as contas, como o fizeram tantos países latino-americanos, como o Argentina, o Chile, o Uruguai, que viveram ditaduras também. Na Argentina, os carrascos, maiores e menores, amargam prisões, depois de julgamentos regulares, sob um Estado democrático. Jorge Videla está na prisão. Nós, nem ainda conhecemos toda a verdade.
Essa impunidade histórica alimenta um vício secular na política brasileira. O vício de um sentimento de imunidade do poder. No poder, os autoritários, fardados ou não, se julgam inatingíveis, se corrompem, traem os interesses nacionais, entregam as riquezas do país, relativizam atrocidades cometidas, como se os fins justificassem os meios. Creio que estamos mudando. Que no governo Lula, houve prisão de gente de colarinho branco, embora sob protestos de parte de nossa elite. Mas, ainda temos muito que avançar para acabar com quaisquer imunidades ou impunidades. Todos estão ou devem estar submetidos à lei. Ninguém tem o direito de torturar ninguém, e quem o fizer nunca deixará de estar ao alcance da lei.
A mídia anunciou que o Exército Brasileiro retirou da agenda a “comemoração” do 31 de março. Se corresponde aos fatos, ainda há esperança. Só temos a saudar tão sábia decisão. Chega a ser trágico que os novos militares cultuem com ordem unida e desfile público os crimes cometidos pelos generais do passado. Não dá para construir uma verdadeira democracia com esse tipo de tradição. O 31 de março só merece repúdio. Nunca comemoração. Ao fazer isso, creio, se de fato o fizeram, se acabaram com tais celebrações, as Forças Armadas atuais se incorporam definitivamente ao ideário democrático, se adequam aos novos tempos do Estado democrático.
A Comissão da Verdade quer apenas a verdade, o exercío do direito à verdade, à memória. O direito que tem qualquer pai, qualquer mãe de família, qualquer parente de saber o que ocorreu com seus entes queridos, muitos deles desaparecidos, milhares torturados pelos criminosos fardados ou não sob as ordens dos generais-presidentes entre 1964 e 1985.
Porta-vozes dos criminosos do passado tentam carimbar a Comissão da Verdade como revanchismo. Ela não tem esse caráter. Ela segue o caminho de todos os países que enfrentaram regimes genocidas, ditaduras terroristas, como foi o nosso caso. Queremos justiça, apenas justiça. Quer resgate de uma dívida do Estado brasileiro, na letra e no espírito da Constituição Federal. Quer o direito coletivo à verdade, um direito das vítimas da ditadura, um direito dos brasileiros.
Aqui, minha saudação aos bravos militantes brasileiros que tombaram na luta contra a ditadura de 31 de março de 1964. Minha saudação aos que lutaram e sobreviveram. E que não querem se esquecer do que houve. E ao manter na memória aqueles tempos não o fazem por qualquer espírito revanchista. Agem assim primeiro porque quem passa pela tortura, pela prisão, e sobrevive, nunca mais se esquece. E segundo, ao não se esquecerem e ao lembrarem publicamente dos crimes da ditadura, advertem as novas gerações que devem prezar muito as liberdades democráticas, valorizar a democracia, firmar a convicção de que ditadura nunca mais.
(*) Jornalista, escritor, deputado federal (PT/BA), e ex-preso político.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O valor da vida não depende do numero de dias vividos, mas da obra cumprida nesse tempo.

O valor da vida

Estamos tristes.
No final de algo grandioso que todos desejavam que não houvesse fim.
De repente um vazio parece tomar conta.
Neste país de tantas alegrias, onde a dor e a tristeza são motivos para ir em frente e nunca desistir, estamos fragilizados.
Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, bem que gostaria de ter apertado sua mão e agradecido por ter-se constituído em exemplo de conduta.
Vai-se guerreiro, junte-se a constelação de tantos brasileiros que habitam nossas lembranças e eternizados pelo que representaram.
A jornada finda, o exemplo fica.
Dorme em paz! O Brasil te agradece.
Hilda Suzana Veiga Settiner

Onde estão nossos heróis?

Artigo do jornalista Messias Pontes - messiaspontes@gmail.com
Na próxima sexta-feira 1º - dia da mentira -, a quartelada que depôs João Goulart, o presidente constitucionalmente eleito, completa 47 anos. Durante longos 21 anos os brasileiros viveram uma verdadeira tragédia, um dos períodos mais sombrios da nossa História.
Para atender aos interesses do imperialismo norte-americano e das oligarquias tupiniquins, os militares golpistas rasgaram a Constituição do País, subvertendo portanto a ordem constitucional, e instalaram uma feroz ditadura em 1º de abril de 1964. Em 13 de dezembro de 1968, os militares golpistas deram outro golpe, dessa vez instituindo o terrorismo de Estado com o famigerado Ato Institucional nº 5.
Durante os 21 anos de supressão da liberdade, os militares golpistas cometeram os crimes mais bárbaros, piores até que os cometidos pela Polícia Política de Felinto Müller durante a ditadura do Estado Novo (1937/1945). Nesse período (1964/1985), milhares de democratas brasileiros, inclusive militares que não concordavam com a subversão da ordem, foram perseguidos, ilegalmente presos,seqüestrados, torturados, estuprados, exilados e assassinados nos porões dos órgãos de repressão – DOI-Codi, Deops, Polícia Federal e quartéis das três Armas.
Quase duas centenas de famílias ainda alimentam a esperança de poder dar uma sepultara digna a seus entes queridos, cujos corpos foram ocultados pelos militares assassinos que teimam em não revelar o paradeiro de todos eles. Esses continuam subvertendo a ordem e deveriam ser punidos pelo crime cometido e também por desobediência.
Se durante a ditadura militar a luta dos democratas e patriotas brasileiros era para pôr fim à ditadura, agora o que se coloca na ordem do dia é a busca da verdade e da memória. Para tanto tramita no Congresso Nacional mensagem governamental dispondo sobre a criação da Comissão Nacional da Verdade, objetivando esclarecer como, quando, onde e por quem foram assassinados e qual o destino de seus corpos.
Setores recalcitrantes das Forças Armadas teimam em esconder a verdade e falseiam a realidade quando afirmam que a Lei da Anistia de agosto de 1979 é válida para torturados e torturadores. Cinicamente dizem que a Comissão da Verdade visa tão somente a vingança e que ela “vai abrir uma ferida do passado”. Tudo balela, pois a ferida continua aberta e só irá cicatrizar quando toda a verdade vier à tona. A Nação precisa se encontrar consigo mesma.
Agora, por incrível que pareça, o jornal Folha de São Paulo que tanto corroborou com os golpistas, inclusive cedendo suas veraneios para transporte de presos políticos para a tortura, traz à baila documentos assinados pelo comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Edmundo Drummond Bittencourt, e pelo contra-almirante Paulo Gonçalves Paiva, ordenando matar todos os guerrilheiros, mesmo depois de presos. Portanto crimes de guerra.
Como o Estado brasileiro ainda não esclareceu nem puniu os seus agentes que cometeram crimes de lesa humanidade, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
As viúvas da ditadura militar tergiversam porque sabem muito bem que não se trata de vingança. Ninguém pretende cometer os mesmos crimes de lesa humanidade; ninguém sequer cogita seqüestrar, torturar, estuprar e muito menos matar e ocultar o corpo dos s seus algozes.
Setores organizados da sociedade começam a reagir à excrescência que são equipamentos públicos, ruas e praças levarem o nome de militares e civis golpistas. No final da tarde da última segunda-feira 28, o Centro Social Urbano Presidente Médici , aqui em Fortaleza, foi rebatizado e agora leva o nome do estudante Edson Luiz, covardemente assassinado pela repressão política durante manifestação no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1968. O ato foi organizado pelo Coletivo Cultural Aparecidos Políticos.
Amanhã, a Praça 31 de Março será rebatizada com o nome de Praça Dom Helder Câmara. Isto já deveria ter ocorrido há mais de dois anos, já que a Câmara Municipal de Fortaleza aprovou projeto de lei do vereador João Alfredo (Psol). No entanto a prefeita Luizianne Lins não o sancionou, e agora quer batizar a praça, que está sendo reformada, de Praça do Futuro.
Outra grande iniciativa para resgatar a verdade e a memória, em nível nacional, está sendo desenvolvida pela Caros Amigos Cia. de Teatro, da Cooperativa Paulista de Teatro, em parceria com o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que realiza apresentações gratuitas do espetáculo “Filha da Anistia” em seis capitais.
Semana passada foram realizadas quatro sessões – duas quarta-feira e duas no sábado – no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, e agora a peça será apresentada em Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Teresina e Brasília. As apresentações são seguidas de debates com a participação do público, do elenco e de convidados locais – ex-presos políticos -, com curadoria do Núcleo de Preservação da Memória Política.
Segundo os autores e excelentes atores Alexandre Piccini e Carolina Rodrigues, o principal objetivo é contribuir de uma maneira artística para que o Brasil avance na consolidação do respeito aos Direitos Humanos, sem medo de conhecer e reconhecer a sua história recente.
O que todos querem saber é onde estão os nossos heróis?

terça-feira, 29 de março de 2011

1931 - 29/03/2011 - JOSÉ DE ALENCAR!


Confesso que fui um dos que olharam com desconfiança, em 2002, a escolha de um homem com o perfil de José de Alencar para vice de nosso LULA.

Não parecia pertencer ao nosso time, ex-diretor da FIEMGE, grande industrial, riquíssimo, enfim, parecia mais um ET dentro de nossa Frente Popular!

Aos poucos fui mudando de opinião ao verificar em suas ações uma fidelidade extrema ao projeto que o elegeu, reelegeu e - para desespero do demo-tucanato - ainda auxiliou muito a eleição da sucessora do exemplar governo que ele e Lula fizeram pelo Brasil.

Em 2006, ao contrário, já era fiel incentivador de que continuasse sua gestão - séria e comprometida - e acompanhei, desde sempre sua hercúlea luta contra a cruel doença que, enfim, o levou.

Homens públicos como ele são difíceis de encontrar. A começar pela sua não necessidade - devido a sua brilhante carreira como empresário - de almejar cargo público.

Mesmo assim não só os honrou - tanto de senador como de vice-presidente - como nos deixa com aquele nó na garganta e com os olhos marejados além do enorme vazio que a perda desta envergadura provoca em todos nós.

É com lágrimas nos olhos que digito estas palavras, desejando aos seus familiares e amigos - entre os quais nosso querido ex-presidente LULA - que se espelhem em sua vida, em suas ações e que cada vez mais se entreguem na luta pela construção de um Brasil grande, do tamanho deste GUERREIRO!

JOSÉ DE ALENCAR, você permanecerá vivo em nossos corações.

Levas também um beijo e as orações de minha GUERRILHEIRA, SUZANA.

Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA

"O luar do novo PV" por Luizianne Lins

Luizianne Lins - Jornalista e Prefeita de Fortaleza
Muitos ainda acreditam que as mulheres não gostam de futebol. Não é verdade. Basta vermos o aumento do número de mulheres que vão aos estádios e o avanço do futebol feminino (que nos diga a Rainha Marta!). Mesmo as que não têm o hábito de ir ao estádio torcem por algum time. Seja por simpatia, cultura familiar, tradição, afinidade com o parceiro ou demarcação de espaço.
Eu, por exemplo, torço pelo glorioso Ferrim. Nada de ser uma forma de não me posicionar diante dos principais times do Estado: Fortaleza e Ceará! Sou Ferroviário porque nasci e cresci no Mondubim, na mesma rua em que morava o então Presidente do clube, Waldemar Caracas. Com 103 anos, vovô Caracas (como eu o chamava) é até hoje o Presidente de Honra do Ferroviário.
Na esquina de sua casa ficava a parada de ônibus da rua. Comumente, ele passava na sua Variant cor de gema de ovo, me via esperando o ônibus e gritava: “Quer carona, netinha?” E lá ia eu ouvindo as conquistas do Ferrim. Criei afeição!
Por falar nisso, foi justamente um jogo entre Ferroviário e Trainways que inaugurou o Estádio Presidente Vargas há 70 anos. De lá para cá, nenhuma reforma estrutural, nenhuma manutenção preventiva foi realizada no PV, e o estádio foi condenado, em 2009, por uma situação gravíssima em sua infraestrutura. Por isso estamos falando de um novo PV. Além de sua fachada, que decidimos preservar nesta reforma, pouca coisa restou do gigante de 1941.
Agora, o PV está passando por uma grande reforma e modernização. Ganhou mais de 20 mil assentos – exigência da CBF para jogos do Campeonato Brasileiro - e está acessível com elevadores e rampas. O muro e o alambrado foram substituídos por um paredão de vidro inquebrável. Os novos e modernos placares possuem displays de LED, atualizando as informações em tempo real. O novo PV voltará a ser um cartão postal de Fortaleza. Foi reconstruído para o futuro de uma cidade que cresce e se moderniza com pressa. Do PV de antes, restará apenas a lembrança e o belo luar nos dias de jogos. Fonte: Jornal O Povo.

Oposição nega e Lula ganha aprovação externa



Enquanto a oposição passou os 8 anos de governo Lula - e continua nos últimos três meses, após ele transmitir o cargo - negando reconhecimento aos méritos do ex-presidente como governante, eles são reconhecidos pela comunidade internacional que continua a atribuir vários prêmios ao ex-chefe do Estado e do governo brasileiro.


E, vejam, o reconhecimento vem exatamente pela prioridade ao social com que o ex-presidente se desempenhou à frente do governo. Nos próximos dias 29 e 30, ele recebe duas comendas em Portugal,

o Prêmio Norte-Sul, do Conselho da Europa; e o título de Doutor Honoris Causa da secular Universidade de Coimbra.



O prêmio Norte-Sul é concedido ao ex-presidente num reconhecimento internacional, mais do que justo, por sua incansável luta pela promoção do desenvolvimento econômico e a igualdade social durante os oito anos de seu governo (2003-2010).

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2

segunda-feira, 28 de março de 2011

PRIVATIZAÇÃO É ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA





Alguns anos atrás um Presidente da república desencadeou um processo de liquidação do patrimônio público mediante o que se convencionou chamar de privatização.
O argumento era o mesmo: o Estado não dispunha de recursos para investir em determinadas áreas, a estrutura administrativa do Estado consumia todos os recursos, etc.
Não conseguiu terminar o seu mandato sem precisar do aval do sucessor, para buscar recursos, justamente aquele que combatia a privatização.
O ostracismo político que se encontra esse ex-presidente é a comprovação do equivoco cometido.
Não bastasse isso, o seu sucessor se reelegeu, elegeu a Presidenta Dilma como sucessora e emplaca altos índices de popularidade.
Apesar de tudo isso, teimosamente o Governo do Estado de Mato Grosso, com apoio da Assembléia Legislativa e com o discurso
inflamado do Secretário de Estado da Saúde, parecem ter contagiado inclusive, o caótico sistema municipal de saúde de Cuiabá.
A população mato-grossense saberá lembrar de quem vendeu seu patrimônio.
O nome de cada um dos deputados, secretário de saúde e a chancela do governador estarão marcados como responsáveis pela comercialização da saúde pública, tendo na tumba política que estão entrando, ao lado de seu nome a epígrafe:
Aqui já um vendilhão.
Ninguém é bobo.
Todos sabem que o que as OS (Organizações Sociais) querem é o dinheiro público e o que o Estado quer é eximir-se da responsabilidade por incompetência.
A onda privatizante surgiu da incapacidade do atual e dos antigos secretários de saúde e com a conivência com a atual e antiga composição da Assembléia Legislativa, que tinham o dever de cuidar do interesse público e negligenciaram.
A população não é culpada pela incompetência dos gestores – apesar de muitos terem votado neles – por isso, é injusta a comercialização da saúde pública.
A Constituição brasileira não proíbe o sistema privada, nem a filantropia, ou atividades desenvolvidas através de organizações sociais desde que não seja a custa da saúde pública.
Qualquer organização social pode construir e gestar um hospital, sem que seja necessário liquidar aquele que foi construído com o dinheiro público.
Se as organizações sociais tem dinheiro para investir, que construam, que comprem unidades hospitalares, que doem equipamentos, e atendam outras necessidades e certamente toda a sociedade mato-grossense será agradecida.
No que diz respeito aos gestores públicos, estão assinando seu atestado de incompetência e de total desprezo ao interesse público.
Hilda Suzana Veiga Settineri

DIRETO DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL!


Secretaria Agrária do PT-RS diz que proposta de Rebelo para Código Florestal é retrocesso histórico

A Secretaria Agrária do PT do Rio Grande do Sul divulgou um documento criticando a proposta do substitutivo do PL n° 1.876/99, do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), modificando o atual texto do Código Florestal.

“Neste momento, preocupa-nos a proposta do substitutivo do PL nº 1.876/99, do Deputado Aldo Rebelo (PCdoB) que modifica e flexibiliza o atual Código Florestal (Lei nº 4.771/65), contrariando a posição da presidenta Dilma, que assumiu compromisso de reduzir o desmatamento. Igualmente, isso vai contrário ao compromisso do Brasil, em reduzir as emissões de gases de efeito estufa, expresso na Lei nº 12.187/09 da Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC”, diz o documento aprovado após plenária da Secretaria, realizada dia 24 de março.

O texto qualifica a proposta apresentada pelo relator como um “retrocesso histórico na questão ambiental”. “Em seu relatório, Aldo Rebelo, privilegiou o interesse do negócio agropecuário, não considerando os interesses da totalidade da população, nem que a legislação ambiental é para proteger o patrimônio ecológico brasileiro e dar a dimensão ambiental ao desenvolvimento econômico. Na nossa avaliação é equivocado e arriscado demais, sobrepor os interesses imediatos e setoriais aos estratégicos de uma nação, e para nós, é justamente isto, que ora se coloca para decisão política no Congresso Nacional”, afirma.

Na avaliação da Secretaria Agrária do PT gaúcho, o substitutivo de Aldo Rebelo desconsidera de forma intencional a Lei n° 11.326/06, que define a agricultura familiar e estabelece os parâmetros socioeconômicos que a caracterizam e servem de base para enquadramento nas políticas públicas. “Aldo Rebelo considera “agricultor” tanto o agricultor familiar que tem dez hectares e luta pela sobrevivência como aquele que planta dez mil e é um próspero empresário ruralista do agronegócio. Ao conceder o mesmo tratamento a segmentos socioeconômicos -profundamente -desiguais, o Deputado Aldo Rebelo, incorre em um grave equívoco e produz uma distorção”, assinala ainda o documento.

O texto defende que essa distinção seja considerada de forma explícita na proposta, “pois são interesses, necessidades e modos de vida diferenciados que devem ter da parte do Estado e do Governo um tratamento diferenciado”:

“Temos a convicção de que não é a agricultura familiar que destrói o meio ambiente, mas sim o grande agronegócio ao buscar a sua expansão permanente. Infelizmente, para nossa decepção, o Deputado Aldo Rebelo não considerou a Lei nº. 11.326/06, nem a representação plural da agricultura familiar, não deu relevância para os estudos das universidades que pesquisam os ecossistemas brasileiros, nem ao movimento ambientalista, e, em nossa opinião, o mais grave, assumiu a expressão política dos interesses ideológicos e econômicos do setor ruralista, mas, felizmente, a mobilização social, o Congresso Nacional e o Governo Federal, podem, plenamente, reverter isso”.


by RS URGENTE

domingo, 27 de março de 2011

Paulo Henrique Amorim participará do I Enconro de Blogueiros no Ceará

O jornalista da Rede Record de Televisão e blogueiro do Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim participará do I Encontro de Blogueiros pela Democratização da Mídia, dias 28 e 29 de maio, no Cuca Che Guevara pertencente a Prefeitura Municipal de Fortaleza. O tema central será Marco Regulatório da Mídia. Outros nomes participarao: Franklin Martins, deputada Luiza Erondina, jornalistas Georgia Pinheiro e Plínio Bortoloti(Sistema O Povo de Comunicação, Deputado do PT Rachel Marques. É esperado um público de mais de 400 pessoas. As incrições podem ser feitas pelos e-mail blogdadilma13@gmail.com (totalmente gratuita).

Fortaleza em Contexto - 14 a 20 de março

FORA REDE GLOBO. A GLOBO SE F...

quarta-feira, 23 de março de 2011

REFORMA POLÍTICA: AVANÇOS E RETROCESSOS


REFORMA POLÍTICA

Estive a observar algumas propostas que estão sendo votadas no Senado da República. Interessou-me particularmente, aquela referente ao fim das coligações.
Entendo que nenhum... partido político terá ident...idade com essas estranhas e perigosas composições.
Não se alia em termos de programa, mas, da mera conveniência.
São partidos ditos de esquerda ou socialistas compondo com partidos de direita chamados de liberais ou progressistas e vice-versa.
Queira Deus que isso passe e valha já para a próxima eleição.
Por outro lado, lá estava também a chamada ditadura ou monopólio dos diretórios através do que eles chamam de lista.
A idéia não é ruim mas, é indecente.
Sim, isso mesmo em um país onde em quase todas as cidades e estados os partidos políticos tem donos, coronéis, ou outro termo mais apropriado, é um golpe.
Estes mesmos, disseram que eram contra o parlamentarismo porque tirava o direito do eleitor, agora querem eles, escolher os seus protegidos.
Nessa lista não valerá a intenção do eleitor em eleger João ou José, mas a ordem que ele estiver na lista, ou seja, o eleitor assume a condição de otário.
Nas várias propostas está tramitando o chamado voto distrital com ele, o eleitor escolhe candidatos do seu distrito, o que pode ajudar a motivar a responsabilidade no voto.
Mas, as “otoridade” ou simplesmente os “notáveis” que se elegeram agora se acham no direito de retirar – pasmem – o seu direito de eleger mediante um sistema que parece um embuste, onde você pensa que elegeu, mas apenas acredita nisso, porque o poder cartorial estará nos diretórios dos partidos.
Veja quem está no diretório do seu partido e veja o que pode acontecer.
Tem mais ainda, os escândalos que estão sendo mostrados de medalhões e seus filhotes se usucapindo do dinheiro público ou em estranhos conchavos em troca de favores, chama agora para o financiamento público de campanha.
Pode até ser mas, qual será o limite?
Que valores serão disponibilizados?
Como será a fiscalização para evitar o ingresso de dinheiro privado camuflado em operações pouco claras?
Mas, e você o que pensa de tudo isso?
Alguém já lhe perguntou? Não estão nem ai.
Você já os elegeu agora agüente, se tiver forças, faça barulho, denuncie e chame todos para a discussão.
Vamos preservar os avanços e afastar os retrocessos, o Brasil merece e quer um sistema limpo, justo para que as conquistas da democratização não sejam perdidas por manobras estranhas.
Hilda Suzana Veiga Settineri

terça-feira, 22 de março de 2011

Dep. Rachel Marques(PT) e o Encontro de Blogueiros Progressistas

DIA MUNDIAL DA ÁGUA E A PRIVATIZAÇÃO DA SANECAP

DIA MUNDIAL DA ÁGUA




Ecoavam nos corredores da Câmara Municipal de Vereadores inflamados discursos sobre o Dia Mundial da Água, curiosamente em um dia que ninguém em Cuiabá pode reclamar pela sua falta: choveu muito.
Mais eis então que essas vozes bradavam sobre a sua essencialidade para a vida, como parte intrínseca dos direitos humanos, justamente aqueles que estão aderindo a tese privativista do vice-prefeito no exercício da função.
Parece-me uma contradição.
Como se pode dizer que a água é algo inalienável, que é patrimônio de todos e depois a entrega para a exploração comercial de uma empresa?
Mas, vários desses vereadores poderiam acrescentar ao seu nome também “contradição”. Fazem nos bairros e na televisão poderosas defesas do direito do cidadão e depois se reúnem entre abraços e sorrisos com o alcaide nesse jogo de cena que o eleitor é apenas um espectador chamado ao final para pagar a conta.
Onde anda a capacidade de abastecimento da água que antes da famosa ETA Tijucal já servia boa parte da cidade e que com aquela por muitos anos não deveria faltar em nenhuma residência o precioso líquido?
Como é possível aprovar as contas do de cujus, que lega em seu espólio um município sem dinheiro, sem asfalto, sem sistema de coleta e tratamento do lixo, sem saneamento, sem tantas outras coisas que enganosamente prometeu nos palanques eleitorais?
Quais seriam as razões éticas e morais que alguns vereadores acham-se na obrigação de aprovar?
E o interesse público?
O sucateamento da Sanecap, a negligência deve ser proposital, vez que não acredito que sejam tão incompetentes que não conseguem resolver problemas de rompimento de rede de distribuição que, por vezes, demora uma eternidade para ser consertada, enquanto jorra uma quantidade inimaginável de litros de água tratada.
A situação é grave e neste dia da água, vejo que grande parte do esgoto ainda é lançado nos córregos que serpenteiam o perímetro urbano da Capital mato-grossense.
Mas, quem sabe um pouco dessa água que dadivosamente Deus manda sobre a cidade de Cuiabá possa descortinar a mente desses vereadores, pelo menos daqueles que não devem obediência ao alcaide e fazerem duas coisas que ninguém irá esquecer: rejeitar as contas do de cujus e não permitir a entrega do patrimônio público que é a Sanecap para o lucro fácil a custa de todos nós. Não há água que seja capaz de melhorar a imagem daquelas contas do ex-prefeito de triste memória, tampouco será capaz de clarificar a nodoa que será impingida em seus nomes ao votarem pela privatização da Sanecap.
Hilda Suzana Veiga Settineri

segunda-feira, 21 de março de 2011

I Encontro de Blogueiros no Ceará - Inscrição gratuita

Grandes nomes do cenário jornalístico e político participarão como palestrantes do I Encontro de Blogueiros e Mídias Socias no Ceará, nos dias 28 e 29 de maio. O Marco Regulatório, liberdade de imprensa, banda larga, mídias alternativas, blogs, twitter, fecebook, orkut, Sistemas e mídias digitais, Mídia converncional e outros temas farão parte de debates do evento. Já ultrapassamos 120 inscritos. Nossa expectativa é chegar aos 500 pessoas.



[caption id="attachment_63640" align="aligncenter" width="574" caption="Paulo Henrique Amorim, Franklin Martins, Luiza Erundina, Geórgia Pinheiro, Rachel Marques e Plínio Bortoloti"][/caption]


ENTRADA FRANCA
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé” – núcleo Ceará e Revista Nordeste 21 promoverão nos dias 28 e 29 de maio, I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA. Local: Centro Urbano de Cultura, Ciência, Esporte e Arte (CUCA), em Fortaleza. O tema principal será o Marco Regulatório da Mídia.
Observação: O evento é aberto à blogueiros, tuiteiros, usuários de redes sociais da internet e internautas interessados no debate sobre a democratização da comunicação. Quando você for se inscrever, informe seu nome e endereço completos, telefones, idade, profissão, e caso tenha blog, twitter, orkut, facebook ou outras mídias sociais, também. Queremos saber como você tomou conhecimento do I Encontro de Blogueiros e Mídias Sociais no Ceará. As inscrições poderão ser feitas pelo e-mail blogdadilma13@gmail.com ou pelo fone: 85-96207430(TIM) falar com o Daniel.

Para se inscrever, serão necessários os seguintes dados:
* Nome/nicknane, profissão, * E-mail * Endereço do blog *Twitter ou outra rede social, caso participe. Preencha com a URL completa * Telefone *Endereço residencial/Cidade/Estado

Como chegar ao CUCA Che Guevara(Centro Urbano de Cultura, Ciência, Esporte e Arte) de ônibus:
Endereço: Avenida Presidente Castelo Branco, 6417 – Barra do Ceará – Fortaleza – CE
052. Grande Circular II (Papicu-Papicu)
070. CUCA Barra/Parangaba/Centro (Barra do Ceará-Parangaba)
101. Beira Rio (Bairro-Centro)
942. Antônio Bezerra/Barra do Ceará (Antônio Bezerra-Barra Ceará)

José Dirceu: A favor do voto em lista

O ex-secretário-geral da Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso Eduardo Graeff publicou nas páginas deste O Estado de S. Paulo o artigo Contra o voto em lista (23/2, A2), cujo objetivo se observa no título, mas que tem como resultado revelar a verdadeira face da oposição hoje no Brasil: a falta de um projeto alternativo de país. Ao atacar o modelo de lista fechada, o tucano atinge as próprias fraquezas de seu partido. Nas linhas do texto, fica evidente que a oposição é um aglomerado sem propostas e despida de base social sólida a que representar. Está, enfim, à deriva.
A fragilidade do fio condutor das críticas ao voto em lista é tão grande que colabora para soterrar as ponderações mais razoáveis. Afinal, sustentar que esse modelo não pode ser aprovado porque favoreceria o Partido dos Trabalhadores (PT) é recorrer a um não argumento, que, de resto, esquece que o PT já vem crescendo há duas décadas, ampliando suas representações, seu volume de votos e número de governantes eleitos. E isso ocorre não porque o modelo favorece, mas, essencialmente, porque o PT tem propostas amplamente discutidas dentro do partido e com a sociedade e possui elevada capacidade de comunicação e mobilização. A relação do PT com a sociedade é especial, de diálogo permanente, daí os resultados nas urnas.
Justificar que o voto em lista causaria confusão entre partidos e eleitores, desacostumados ao sistema, significa, na verdade, defender o modelo atual, pois todas as demais mudanças deixariam os eleitores confusos. Trata-se de argumento que ofende a inteligência do cidadão e minimiza o papel dos meios de comunicação na difusão das informações. Além disso, o voto distrital misto, defendido por José Serra nas eleições, é mais complexo do que o voto em lista.
Na verdade, a preocupação com a reforma política não se deveria voltar para um cálculo hipotético sobre quais forças se beneficiam desta ou daquela proposta, pois o resultado já é conhecido: a reforma não é aprovada. O que deve nortear o debate é que sentido - ou quais sentidos - deve ter o sistema político-partidário e eleitoral do Brasil nas próximas décadas. Queremos um modelo pautado na figura do candidato ou que valorize os programas dos partidos? Que dimensão o voto deve assumir com vista a aproximar o eleitor do partido? Como adotar mecanismos capazes de limitar o espaço que o poder econômico tem hoje nos resultados eleitorais? Essas são algumas das reais questões que temos de enfrentar na discussão da reforma política.
É preciso incutir no debate a perspectiva de que todos os modelos têm prós e contras, ou seja, as mudanças a serem realizadas poderão dirimir as falhas do nosso atual sistema na medida em que apontarem para os mesmos sentidos. Se a preocupação é com a criação de espaços de estrangulamento da pluralidade da representação política, há meios de se evitarem tais efeitos colaterais. O que não se pode admitir é que o Brasil caminhe para um modelo em que se amplia a importância das personalidades em detrimento dos programas políticos. Essa é uma tendência que precisa ser combatida.
O voto em lista prevê que o eleitor escolha as melhores propostas, votando nos partidos - e não nas pessoas. Ao contrário do que se tenta transformar em verdade, para vetar previamente a ideia, há mais de um jeito de fazer a composição dessa lista: pode ser exclusivamente da direção do partido; pode ser da direção, atendendo à proporcionalidade de votações dos militantes; pode ser resultado de votações nominais dentro do partido. É importante, enfim, que esse processo seja acompanhado e fiscalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O consenso sobre como será a mecânica ainda está por se fazer, em processo que passa por amplo debate com a sociedade e no Congresso Nacional.
Mas a principal vantagem do voto em lista é, sem dúvida, pôr em debate na sociedade os projetos que os partidos representam. O cerne da disputa são os projetos, as concepções de condução da coisa pública e os rumos que queremos para o futuro. No fundo, é isso que está em jogo numa eleição, não a pessoa do candidato. E devemos valorizar isso no novo sistema eleitoral. A variante do voto distrital misto acaba por conferir menos espaço aos programas partidários do que o voto em lista, e o voto distrital puro - ou ideias como o "distritão" - fere os princípios da proporcionalidade e da soberania do voto, que conferem maior liberdade ao cidadão para votar e escolher seus representantes.
Além desse, os outros pontos essenciais da reforma que atendem aos mesmos objetivos do voto em lista são: o fim da coligação proporcional, a instituição para valer da cláusula de desempenho e, especialmente, a fidelidade partidária e o financiamento público das campanhas. São questões que ainda carecem de debate, e a sociedade tem de se apoderar desses temas para indicar os caminhos das mudanças. O desejável é que os partidos se articulem e funcionem como irradiadores de informação e centros de discussão.
Felizmente, há integrantes da oposição que estão interessados em discutir o que é melhor para o eleitor e para o País. O grau de avanço do texto da reforma passa pelo tamanho da participação dos atores políticos do campo governista e de oposição. Para mim, parece claro que a nossa direção deve ser a de um sistema que estimule um debate eleitoral de melhor nível, de viés programático, não personalista, que fortaleça os partidos como instituições representativas e que impeça a predominância do poder econômico.
Não há por que temer os avanços democráticos. Esse é o motivo de ser da reforma política.
JOSÉ DIRCEU - ADVOGADO, MEMBRO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT, FOI MINISTRO DA CASA CIVIL

domingo, 20 de março de 2011

LEI DE INCENTIVO À CULTURA




A velha mania de dar o nome do autor de um projeto transformado em lei, acabou por emprestar a Lei de Incentivo à Cultura o nome de Lei Rouanet.
Particularmente, acho uma ovação desnecessária.
Todos estes que estão com mandatos ou em função pública são regiamente remunerados para tanto.
Não fazem mais que a obrigação semelhante a qualquer trabalhador de fazer bem a sua função.
Estes dias tem sido discutido o emprego dessa lei para projetos culturais de artistas famosos.
Infelizmente, o Estado subsidia de forma indireta, através do desconto de impostos, sem que o órgão gestor da cultura possa opinar.
Não é um dinheiro das empresas propriamente porque serão descontadas daquilo que seria recolhido ao erário e que permitiria o desenvolvimento de políticas públicas de cultura.
Entendo que o Estado não deve ser um fazedor de cultura, mas, estar de tal modo aparelhado em seu órgão gestor de medidas e políticas capazes de viabilizar a produção.
Há algum tempo defendo artistas de rua, produções amadoras, mas, que trazem no seu DNA a essência da alma, tal seu grau de brasilidade.
Vejo com receio a Lei de Incentivo à Cultura ser aplicada de formas tão estranhas como patrocinar espetáculos caça-níqueis ou mesmo produções valiosas, mas que concentradas em determinado eixo, enquanto isso, a grande massa fica refém dos enlatados que diariamente é obrigada a consumir através da TV aberta.
Defendo a existência de uma lei de incentivo, sem dúvida, contudo, deve estar em sintonia com uma política pública e que contemple as massas, que chegue de norte a sul, atingindo grandes cidades até pequenos vilarejos, pois estes últimos, são justamente aqueles que mais necessitam seja como forma de desenvolvimento, seja como lazer, mas, sobretudo, como respeito a dignidade humana.
A Lei de Incentivo a Cultura não deve ser uma espécie de terceirização das públicas que o Estado brasileiro deve desenvolver, uma maneira de isentar-se, sem sofrer desgastes.
Mandatos novos de senadores e deputados, chegou o momento de oferecer meios legais do Ministério da Cultura reassumir seu papel institucional de desenvolvimento das ações e políticas públicas.
Não se trata de extinguir, retaliar, mas direcionar a captação de recursos públicos através de dedução fiscal, para projetos mais sensíveis e para populações e produtores culturais mais carentes.
Antes de terminar, tem muito artista no Congresso Nacional, tomara que saibam representar o papel que o voto lhes destinou.
Hilda Suzana Veiga Settineri

Polícia Militar reprimindo manifestação CONTRA OBAMA. Rio 2011

REFORMA POLÍTICA




Segundo me parece já está tudo acertado.
Concordo plenamente com o fim da reeleição para todos os mandatos, seja executivo ou legislativo
Sim.
Vereador não deve ir a reeleição.
Se for bom poderá ser candidato a deputado, governador, senador ou presidente e caso contrário, o afastamento político será sua maior contribuição para a sociedade.
Deputado Federal, Senador, Governador e Presidente.
E tem mais, já passou da hora do mandato dos senadores ser abreviado.
Oito anos é demais.
Imaginem aqueles que se reelegem duas, três ou mais legislaturas?
O oxigênio da democracia é a renovação de pessoas e propostas.
Impossível com essa “vitaliciedade” dos senadores.
Acredito que a idéia de cinco anos é consensual, então vamos aprová-la.
Outra coisa, creio que deve ser o fim das coligações para a disputa de eleição.
Isso irá forçar o fortalecimento dos partidos autênticos e o fim daqueles que só servem para emprestar sigla e tempo de horário eleitoral.
Partido que é partido deve ter programa, nomes para disputa e não precisa sobreviver a reboque.
Essas idéias que lanço seguidamente deveriam ser debatidas mais amplamente no âmbito dos partidos e suas bases para que toda a sociedade opinasse, mas enquanto isso, a reforma segue sem que se saiba a quem ela serve.
Tem uns malucos que querem que o eleitor vote em lista.
É o fim.
Pode ser que seu candidato esteja no fim da fila (lista) e mesmo que tenha uma grande intenção de voto, será descartado.
Eu defendo o voto com valor de voto.
Voto no candidato e voto no partido e mais ainda, nada de trocar o mandato de vereador, deputado ou senador por um cargo no Executivo.
Isso é estelionato eleitoral e deveria ser motivo de cassação.
Mas, enfim, vou refletir e depois trarei novas idéias.
Hilda Suzana Veiga Settineri

sábado, 19 de março de 2011

FORA OBAMA

A ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, Rosa da Fonseca e o Crítica Radical fizeram um ato de repúdio contra Governo Imperialista dos Estados Unidos, representado pelo seu presidente, Barack Obama na praça do Ferreira, centro de Fortaleza. Algumas centenas de pessoas compareceram. O Blog da Dilma estava lá.

Banquete Conservador - Maurício Dias

Carta Capital n˚ 638
Coluna Rosa dos Ventos – Maurício Dias
Banquete Conservador- segundo economista Gonçalves, o ditador Médici é o rei do PIB
A presidenta Dilma Rousseff comemorou o crescimento de 7,5% em 2010, ano que marcou a despedida do presidente Lula. Simultaneamente, ela alertou que a porcentagem não se repetiria este ano.
O aumento foi importante. Significou, entre outras coisas, que a riqueza material do País cresceu mais do que a população, gerou mais empregos etc. E tal. No entanto, o que os governos fazem com isso é que é – como se dizia outrora – o “ó do borogodó”. Note-se que sem a vogal a palavra não existe. Esse “ó” é o cidadão, que deve ser a razão de se governar uma nação.
Sobre este crescimento alentado, circula nos meios políticos, econômicos, acadêmicos e jornalísticos estudo feito pelo economista Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, figura de prestígio em parte da esquerda carioca. Ele foi formulador e militante do PT até a “diáspora”que houve no PT, provocada pelo chamado “mensalão”.
O trabalho de Gonçalves tem um paladar inconfundível. Foi um banquete para a direita e, por isso, abriu espaço para que o autor debutasse na tela da Globo, em horário nobre, e discorresse sobre o tema no Jornal Nacional.
A cobiça conservadora em torno do artigo tem como um dos focos a posição de Lula no ranking comparativo do PIB elaborado pelo economista. Lula ocupa a 19a. Posição, na lista de 29 ex-presidentes elencados por Gonçalves, com o modesto crescimento médio anual de 4%.
“O desempenho do governo Lula é fraco pelos padrões históricos brasileiros”, afirma o economista e “muito fraco” quando comparado com outros presidentes, são duas das conclusões do trabalho.
As taxas de crescimento por períodos administrativos oferecem possibilidade para determinar a escolha do presidente melhor sucedido ao gosto do freguês. O topo do elenco organizado pelo professor Gonçalves é ocupado, por exemplo, por um ditador: Emílio Garrastazu Médici, expoente dos anos de chumbo. É o rei do PIB.
O general era da linha dura, mas não era bobo. O colunista, mesmo a contragosto, registra a frase dele: “A economia vai bem, mas o povo vai mal”. Poderia ser gravada no diploma de alguns economistas.
Durante o período Médici, o salário-mínimo real teve queda de 18%, segundo o Dieese. Depois de Getúlio Vargas na fase constitucional, foi no governo Lula que o mínimo teve o maior crescimento: 50% em termos reais.
E a economia foi bem em 2010. O povo continuou mal. Poderia, no entanto, estar pior. Isso porque, na administração Lula, quase 13 milhões saíram da miséria. Um número inédito, no espaço de seis anos, segundo dados do Ipea.
Em 2003, Lula assumiu o poder com um total de 26.069.035 miseráveis no País. Em 2009, esse número tinha caído para 13.474.983. Talvez não haja razão para comemorar enquanto houver algum brasileiro indigente. Mas esses números dimensionam a preocupação do governo com o problema social.
O estudo de Gonçalves, segundo alguns economistas, tem um erro metodológico eliminatório. Não leva em conta a população de cada período. Eles sugerem que o melhor seria estabelecer a renda média per capita.
Se a má vontade do professor Reinaldo Gonçalves com Lula fosse um pouco maior, ele poderia empurrar o ex-presidente petista do 19˚ para o 21˚ lugar. Bastava, para isso, incluir no ranking os ex-presidentes Carlos Luz (governou por 4 dias) e Delfim Moreira (excluído da lista de Gonçalves, embora tenha ficado 8 meses no poder e superado Jânio Quadros, incluído com menos de 7 meses), com uma simples conta pro rata. Enviado pelo editor do Blog da Dilma em São Paulo, Júlio Amorim - jotamorim@gmail.com.

sexta-feira, 18 de março de 2011

REFORMA POLÍTICA, POR QUEM E PARA QUEM?

REFORMA POLÍTICA,




Movimentam-se as forças políticas pela reforma na legislação eleitoral.
No momento de pedir o voto, não me recordo de nenhum deles dizer claramente o que pensavam a respeito. Julgo, portanto, que não possuem legitimidade para representar ninguém. Se a reforma deve sair e, creio ser necessária.
É preciso que o povo seja ouvido.
Esclarecido sobre os malefícios da reeleição, sobre a conveniência de mandatos de cinco anos para todos os níveis de poder, sobre o que é financiamento de campanha, a necessidade de proibir coligações tão nefastas ao interesse público, vetar eleitos para cargos no Legislativo assumirem funções no Executivo sem renunciar e perder a elegibilidade para o mandato seguinte.
Considero importante a discussão dentro dos partidos, mas se ela se resumir a isso é um natimorto.
Algo putrefado que mesmo envolto e com todas cerimônias que lhe são devidas, ninguém deseja ter para si.
Democraticamente votei nessas eleições e nenhum daqueles que levou meu voto, eleito ou não, disse o que defenderia nessa reforma política.
Talvez, você ai, tenha votado em alguém que defendia a reforma política e disse quais seriam suas bandeiras. Desejo, honestamente, que ele represente o seu pensamento e, mais ainda, que tenha a capacidade de não defender o eterno direito de perpetuar-se no Poder.
Quantas famílias que parecem dinastias, desde avós chegam aos netos e assim por diante, se perpetuando no Poder e dizendo que desejam renovação, transformação e oportunidade para todos, mas se agarram ao Poder como tábua de salvação.
Ainda que a atual Constituição (1988) seja relativamente nova, fizeram tantas emendas e amputaram tantos preceitos estipulados, embora não desejável, já começam a me convencer da necessidade de uma nova Constituição.
Acho sim, que essa reforma política é apenas para atender os interesses de políticos.
Ou terá outra finalidade?
Quem será promovido?
Nem vou perguntar.
Vai causar pisoteamento, uns tentando passar a frente dos outros, sem qualquer escrupuloso, apenas para ter a “glória” de aparecer na foto.
Hilda Suzana Veiga Settineri

quinta-feira, 17 de março de 2011

ELES ESTÃO POR AÍ!

Aconteceu no domingo e desde lá penso em escrever.

Estava saindo de Pelotas, onde tinha ido para levar meu enteado a uma prova do TRT, me preparando para uma longa viagem à Tapes, onde me encontro nestes dias. Parei numa casa de doces - famosos doces de Pelotas que detonam qualquer regime - quando peço licença à GUERRILHEIRA e seu filho para pitar meu cigarrinho no lado de fora.

GUERRILHEIRA & Gustavo - meus companheiros de viagem

Aceso o "pito" vejo um senhor, pouco mais velho que eu, ao lado de uma potente moto e, para quebrar a monotonia, fiz a pergunta se ele sabia de algum caminho mais curto para meu destino - a rodovia Br 116 estava bloqueada em dois pontos, entre Turuçu e São Lourenço do Sul, devido às fortes chuvas que ocorreram, inclusive causando vítimas fatais e um enorme número de desabrigados - ao que me respondeu que a estrada da Dilma estava fora de serviço e era um horror ter um governo que nos fizesse percorrer um caminho tão longo para chegarmos aos nossos destinos - ele tinha vindo de Porto Alegre e gastara 4 horas nisso, pois tinha que ir a um evento no Uruguai, na casa do Mercosul. Que não havia outro caminho para mim, a não ser voltar a Porto Alegre e daí seguir a Tapes (o que dobraria meu trajeto normal).

Lembrei ao motoqueiro que era realmente um horror, principalmente por ser uma rodovia privatizada pelo (des) governo Britto e que pela fortuna que nos cobra de pedágios, deveria já ter sido consertada no mesmo dia, ao que me aparteia dizendo eu ser Dilmista.

(Não, não tirei foto, não perguntei o nome)

E diz mais, que ele seria funcionário público ligado à segurança e/ou exército (não confirmei qual) e que não se conformava com nossa presidenta ao mesmo tempo que dizia que a liberdade de expressão era um direito de todos.

Concordei com ele, neste preceito que acho imprescindível - mesmo pensando no íntimo quantas liberdades que o grupo, que ele me parecia pertencer, haviam suprimido por décadas ao nosso povo.

Agora contente por não ter a GUERRILHEIRA ao meu lado, pois a mesma - como ela mesmo admitiu mais tarde - teria teria ficado indignada e "pulado no pescoço dele" visto ela ter tantos conhecimentos sobre os desatinos e truculências praticadas contra nosso povo, inclusive contra nossa Dilma.

Lembrei a ele que, enquanto cidadão, ele tinha o direito à estas liberdades, mas enquanto profissional - que inclusive tinha dito que ao "chefe dele" ele tinha obediência pois não pertencia ao mesmo tipo de gente - lembrei-o que nossa Dilma era sua "Comandante em Chefe", sendo o conceito de obediência devida uma obrigatoriedade.

O senhor então veio, ao ver-se encurralado, dizer que quem tinha pedagiado a estrada tinha sido o Tarso - nosso governador recém empossado - coloquei os pontos nos iis e, aproveitando a saída da GUERRILHEIRA e seu filho e com medo da conversa continuar por aqueles rumos causando a reação que temia da minha companheira, entrei no carro, acenei uma despedida e nos dirigimos para nosso destino.

Comentei com meus acompanhantes o ocorrido e, ao mesmo tempo que dissuadia a GUERRILHEIRA de voltarmos para que ela chamasse às falas o direitista, fiquei pensando na questão tão discutida na blogosfera que é a existência destes personagens, mais cegos que qualquer um, que muitos acham extintos.

Ah, a título de informe digo que não precisei fazer o caminho que ele tinha indicado, pouco antes de Encruzilhada do Sul dobrei em direção a Dom Feliciano de onde fui para Camaquã e dali foi um pulo até minha casa - 120 Km a menos que pelas orientações do distinto!

Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA

Inscrição gratuita: I Encontro de Blogueiros com Paulo Henrique Amorim - Fortaleza

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052. Grande Circular II (Papicu-Papicu)
070. CUCA Barra/Parangaba/Centro (Barra do Ceará-Parangaba)
101. Beira Rio (Bairro-Centro)
942. Antônio Bezerra/Barra do Ceará (Antônio Bezerra-Barra Ceará)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Grandes nomes da imprensa nacional e da política brasileira participarão do I Encontro de Blogueiros no Ceará

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942. Antônio Bezerra/Barra do Ceará (Antônio Bezerra-Barra Ceará)

A volta oficial de Zé Dirceu alvoroça a mídia

 
A convenção nacional do PT registrou, segundo o noticiário do jornal O Globo, edição de domingo, uma segunda figura mais ovacionada pelos convencionais e participantes do grande evento que lançou a Ministra Dilma pré-candidata ao cargo de Presidente da República pelo Partido dos Trabalhadores. O mais aplaudido foi mesmo o presidente Lula, e o segundo mais aplaudido, foi José Dirceu, um político histórico, ex presidente da sigla petista, por décadas, na verdade, uma lenda na vida não só das lides do seu partido, mas também um ícone influente e polêmico do quadro político brasileiro, nas últimas décadas, haja vista a importância que a mídia lhe confere e atribui.
Políticos, os há, de toda sorte, ordem, origem, identificação ideológica, trajetória baseada em sorte ou oportunidade, perseverança, estilo próprio, carisma que vem de berçoo, ou crescente ao longo dos anos, com simpatia respeitável ou questionável antipatia, arrogância detestada ou coragem admirada, liderança reconhecida, capacidade de engendrar estratégias e de conciliar acordos, narcisismo acalentado, poder de persuasão, olhar futurista, sorriso largo ou contido, palavra amena ou arrebatadora, postura e presença constantes, arroubos defensivos e ataques desfechados para atiçar ou derrubar inimigos.
Um dos personagens em questão poderia ser qualquer bom profissional da política internacional ou nacional, com o nome citado nas primeiras páginas dos principais jornais que informam sobre a vida que circula nos meandros do poder de nações ou povos ao redor do mundo, ou, mais precisamente, nos bastidores da performance eleitoral que o Brasil assume em regime de arregimentacão de votos.
É fato que a busca eleitoral implica em atrair simpatizantes que gerem votos para que se atinja objetivos plenos de vitórias em pleitos espalhados em cidades, estados, regiões, rincões longínquos, lugares onde a brasilidade sacuda idéias e fomete expectativas, sob a égide do embate de idéias, atitudes, propostas, n/umeros sonhados ou alcancados, índices atingidos, qualidade de vida ampliada ou melhorada e ainda a vida desejada por centenas de milhares de criaturas cuja necessidade maior parece alicersar-se na confiança que depositará em alguém que os protegerá muito mais do que os representará em postos ou cargos de comando.
Percebe-se que há desses politicos, em forma e conteúdo, sim, deles, existem aos milhares, pelo mundo, nas histórias contadas em livros biográficos ou romanceados, e nos relatos memoráveis dos bastidores, que um dia, podem virar heróis de filmes de grande circuito, porque as histórias de políticos lendários como é o caso do Zé Dirceu, rendem sinopses atraentes ao mesmo tempo em que incitam a curiosidade dos públicos mais diversos e atentos.
Um brasileiro cuja história pessoal se confunde com as últimas cinco décadas da vida nacional, tal a sua vocação de fênix a ressurgir dos rolos compressores em que se viu metido ao longo dos tempos, nas perseguições da ditadura militar, na vida clandestina, na cassação, no ressurgimento à luz do comando do PT, por dezenas de anos, no papel fundamental que exerceu durante as campanhas que levaram o presidente Lula ao topo do Poder.
Ainda, há o efeito avassalador que a informação e a contra-informação exerceram no episódio apelidado de "mensalão", que, a partir de 2005, espoucou com se fora um meteoro gigante a bombardear a vida republicana em pleno mandato do poder petista, prato cheio para a oposição aturdida.
Interessante ler e reler o noticiário que esta semana explode na mídia nacional trazendo a figura do Zé Dirceu para o primeiro plano novamente:
"José Dirceu diz que vai subir no palanque ao lado de Dilma", O Globo; Dilma sobre Zé Dirceu, "Ele é um dirigente do partido e como tal ... Jornal Feira Hoje; Lula diz: "Dilma é para 2 mandatos, e acrescenta:quando aconteceram todos os problemas que levaram o companheiro José Dirceu a sair do governo, eu não tinha dúvida de que a Dilma tinha o perfil para candidatar-se".
Mais : O Globo 09/02/10 : "Dirceu sai para o confronto com FHC; "A volta de Dirceu:" A Tarde On Line - ‎25/01/2010‎, Os adversários do PT, tem na “reabilitação” do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, uma boa artilharia. Zé Dirceu circulou recentemente como um ícone, etc...
Ler sobre o Zé Dirceu implica em reler sua própria história na vida brasileira com altos e baixos e com pinceladas, ora romanceadas, ora realistas, e, na maioria das vezes, entremeadas com releituras sobre a fúria e a intensidade com que a os veiculos o assediam, o abordam, o reinterpretam, o nomeiam, tentam desvendá-lo e ainda, no auge da comunicação massificada, tentam enquadrá-lo a modelos pré-estabelecidos.
O que se passa é que o Dirceu, politico, ex-presidente e fundador do PT, ex-ministro do Lula, ex-deputado federal, atual dirigente do seu partido, militante assumido das suas idéias, em última anánlise, foge aos modelos convencionais.
Ele tem no seu caminho tanto pedregoso como vitorioso, uma certa e bem peculiar capacidade de estarrecer e surpreender, exercendo a magia dos bruxos, a competência dos bons estrategistas ou o dominio consciente e inquietante dos guerreiros, para a satisfacao dos seus correligionários e a perda do sono das noites dos seus adversários.
Sua volta alvoroçaa a mídia e aquece as falas dos especialistas, mas sobretudo, demonstra que ainda há muito a rever, reler ou renascer a partir desta figura lendária da política nacional, chamada José Dirceu de Oliveira e Silva. Cida Torneros.
COMPANHEIRO ZÉ DIRCEU
O Blog da Dilma parabeniza o grande amigo da democracia e do Socialismo por mais uma data de aniversário. Longa vida! Saúde e garra para lutar por esse querido Brasil.
O Banner acima foi criado pela editora Lili Abreu .

Um mandato verdadeiramente popular

Messias Pontes - jornalista, membro do PCdoB no Ceará e do Barão de Itararé
O analfabeto político costuma afirmar que tem ódio a política e que político não serve pra nada. Segundo o dramaturgo, poeta e escritor alemão Bertolt Brecht, este é o pior dos analfabetos. Contudo existem Político e político, e aí é que está a diferença.
Um exemplo de Político com P maiúsculo é o deputado federal Chico Lopes, do PCdoB, que tem dedicado toda a sua vida e seus mandatos às causas maiores do povo.
Como vereador, desfraldou bem alto a bandeira da defesa do direito do consumidor, tendo criado e presidido a Comissão de Defesa do Consumidor e instituído o Balcão do Consumidor na Câmara Municipal de Fortaleza. Sua atuação, também na defesa intransigente da educação e de outras causas populares o credenciou a ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa do Ceará, onde também teve atuação destacada na defesa do consumidor. O reconhecimento pelo seu incansável trabalho o fez alçar voo mais alto e está cumprindo seu segundo mandato de deputado federal. Na Câmara Federal ele é membro titular da Comissão de Defesa do Consumidor.
Esse trabalho do deputado federal comunista teve prosseguimento na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa por Lula Morais, defendendo a mesma causa e conseguindo importantes vitórias. O trabalho de Chico Lopes e Lula Morais na Câmara Municipal está sendo seqüenciado pela também comunista Eliana Gomes no Legislativo Municipal da capital cearense.Dentre outros, ela apresentou projeto de lei dispondo sobre o tempo máximo de 20 minutos de espera nas filas de supermercados, hipermercados e estabelecimentos similares, matéria debatida na última segunda-feira com entidades do comércio local, entidades populares e órgãos de defesa do consumidor.
Com pouco mais de um mês do seu atual mandato na Câmara Federal, Chico Lopes já conseguiu se destacar desfraldando duas importantes bandeiras de luta na defesa do consumidor brasileiro: a campanha pela devolução da vultosa soma de R$ 8 bilhões cobrada indevidamente pelas empresas de energia elétrica de todo o País entre os anos de 2002 e 2009, e também a mobilização pelo fim da injustificável cobrança do famigerado “roaming” por parte das empresas de telefonia, uma herança maldita deixada pelos neoliberais tucanos.
Ontem foi comemorado o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor e o deputado Chico Lopes foi homenageado na Assembléia Legislativa por todas as entidades cearenses atuantes na área. Ele foi elogiado por todos os oradores, merecendo destaque para a procuradora-geral de Justiça, Socorro França, que enfatizou a sua dedicação à causa do consumidor. Foi uma homenagem das mais justas e muito emocionante. Aliás não é a primeira vez que o parlamentar comunista é homenageado. Quando a crônica política de Fortaleza escolhia os melhores da política e da administração, Chico Lopes foi indicado como um dos quatro melhores vereadores da Capital.
Afinal, o seu mandato é verdadeiramente popular.

Fortaleza Bela: As obras do Hospital da Mulher

O Blog da Dilma denuncia jogo sujo do PIG CEARENSE. Há mais de 3 anos, a imprensa cearense dominado pelos empresários Tasso Jereissati, Familia Queiroz e Miguel Dias vem manipulando notícias na tentativa de manchar a imagem da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. Veja a verdade dos fatos da Fortaleza Bela:
Moradoras de conjuntos habitacionais e delegadas do OP visitam obras do Hospital da Mulher
A atividade integra a programação preparada pela Prefeitura em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
“Hoje a noite vai ser pouca pra eu contar tudo o que vi”. Com estas palavras, dona Raimunda da Silva, de 75 anos, descreveu o avanço das obras do Hospital da Mulher de Fortaleza. Reunida num grupo de 120 mulheres, entre moradoras de conjuntos habitacionais da cidade e delegadas do Orçamento Participativo (OP), dona Raimunda, moradora da comunidade Maravilha há 51 anos, participou de uma visita à obra, na tarde desta segunda-feira (14).
A atividade, que integra a programação preparada pela Prefeitura em alusão ao Dia Internacional da Mulher, foi realizada através da parceria entre Coordenadoria de Políticas para as Mulheres, Coordenação do Projeto do Hospital da Mulher, OP e Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor).
“É importante que as mulheres conheçam como vai funcionar esse equipamento, para esclarecerimento delas e das outras pessoas, sabendo o que ele vai representar para a cidade”, destacou a coordenadora do Projeto do Hospital da Mulher, Lourdes Góes, durante a visita. A secretária de políticas para as mulheres de Fortaleza, Raquel Viana, reforçou: “As mulheres precisam se apropriar do Hospital, pois é uma conquista nossa”.
Dona Raimunda saiu do local satisfeita. “Está melhor do que eu esperava: muito bonito e bem encaminhado”. Em 284 anos de história, é a primeira vez que a cidade de Fortaleza terá um equipamento de saúde totalmente voltado para atender as mulheres. Além de chamar atenção por ser uma obra de grandes dimensões, o Hospital da Mulher tem se destacado por sua proposta inovadora: atender a saúde da mulher e seus direitos sexuais e reprodutivos, garantindo uma assistência universal, sem distinção de classe, raça, credo, nacionalidade, orientação sexual.
O Hospital está sendo construído em um terreno de 70.746,32 m², equivalente a pouco mais de sete campos de futebol oficiais. A área total construída representa 26.465 m² e será dividida em quatro blocos. O primeiro, o mais avançado do projeto, será dividido em duas etapas. A primeira parte, onde funcionarão a Administração, Consultórios, Laboratórios e Centro de Imagens, está quase totalmente concluída e encontra-se em fase de finalização. Na segunda parte do bloco, funcionarão: Pronto-Atendimento; Parto Cirúrgico; Centro Cirúrgico; Parto Normal; UTIs Neonatal, Médio Risco e Adulto; e Centro de Terapias Alternativas. O Hospital como um todo terá 184 leitos (incluindo 20 leitos de UTIs, sendo 10 UTIs Neo-natal e 10 UTIs Adulto).
Mulheres pedreiras - inserção no mercado de trabalho
Um destaque na construção do Hospital da Mulher é o Programa Mulheres Pedreiras. Graças à iniciativa, atualmente 10 mulheres pedreiras trabalham na obra, numa ação afirmativa que rompe a segregação ocupacional. É realizado um acompanhamento das operárias, com oficinas quinzenais de auto-estima e prevenção de violência doméstica e sexual. O trabalho se estende aos homens lotados na obra, que também são orientados sobre esses assuntos. O objetivo é garantir a integridade física, emocional e psicológica das mulheres pedreiras. Escrito por Ronny Câmara.

ESTRANHAS LÓGICAS OU ESTRATÉGIAS DISSIMULADAS?

ESTRANHO


Algumas lógicas da atividade empresarial devem estar atormentando muitas pessoas em Cuiabá e no Estado de Mato Grosso.
Ninguém é tão “bonzinho” de comprar algo irrecuperável, nem estaria disposto a realizar gratuitamente aquilo que o Estado arrecadou para fazer e não fez.
É preciso compreender estranhos movimentos que, embora não usem esse termo, pretendem efetivamente terceirizar a saúde.
Fico me perguntando de onde sairão essas Organizações Sociais tão briosas e competentes capazes de resolver o problema que ai está?
Talvez, não seja má idéia dar seu cargo para um destes, afinal são capazes de gestar algo que, pelo que estou a entender, não quer fazer ou não sabe como fazer.
É preciso que se diga, não há nenhuma segurança de que essa intentada aventura de privatizar através de organizações sociais dê certo.
Seria interessante que essas organizações sociais passassem a construir hospitais, farmácias, laboratórios, etc.
e viessem a somar com o que o Estado atualmente é capaz.
Essa adição de serviços reduziria a demanda e permitiria que o Estado gerisse melhor e pudesse também oferecer a qualidade no atendimento que ainda não se mostrou competente.
Imagine, na sua cidade ou região mais um hospital construído e mantido com recursos de empresas socialmente responsáveis cujos recursos captados por organizações sociais oferecem gratuitamente o atendimento tão necessário?
Não sonhe com isso.
O que eles querem é dividir para desmobilizar algo que começam a perceber que é a conscientização e capacidade de mobilização de categorias e que através dela passam a sensibilizar a sociedade, mostrando a realidade do atendimento, os valores que estão envolvidos e outros temas que nem o Estado, nem a Secretaria de Saúde tem o interesse de tornar transparente a todos cidadãos.
O temor é que outras categorias do serviço público tão duramente criticadas passem também a se organizar e mostrar a todos como e porque a qualidade do serviço não é a ideal.
Assim, é preciso desarticular esse movimento que tende a ser um insuflador de ventos capazes de promover as transformações que a sociedade tão reclama.
Hilda Suzana Veiga Settineri

segunda-feira, 14 de março de 2011

INTRAESTRUTURA






Neste início de ano o Brasil enfrentou problemas típicos de regiões tropicais e da falta de planejamento que durante muito tempo esteve longe de ser destinado a resolver problemas estruturais.
Ainda que a Presidenta Dilma tenha atuado no governo de Lula, a equipe teve modificações e precisava ser ajustada a filosofia de trabalho e a dinâmica que dele se espera.
É natural alguns descompassos e que surjam críticas, pertinentes ou não são típicas de um governo democrático e devem ser respeitadas.
No que se refere a infra-estrutura, antes de pontuar, deve-se dizer que o Brasil cresceu em todos os aspectos e por isso, precisa em escala maior e mais acelerada de alguns bens e serviços.
O que poderia ser tratado como uma vantagem política para o governo, aqueles que anteriormente não fizeram, utilizam como instrumento para críticas muitas infundadas e outras com fundamentação e úteis.
Nem tudo o que vem da oposição é ruim.
Mas, vejam o exemplo da superprodução e do aumento das exportações.
Muito bom para a balança comercial brasileira e para o equilíbrio das contas.
Ocorre que a malha viária é insuficiente e o asfalto tem tempo de vencimento e capacidade de uso.
Em determinado momento, ainda que se façam operações emergenciais, ele não responde adequadamente.
Justamente no momento em que a produção brasileira cresce.
Daí, todos aqueles ligados a segmentos da oposição vem com uma ferocidade tratando o aumento das exportações como se fosse uma ineficiência do governo.
Uma estrada demora tempo.
A opção do governo em optar também pelos trilhos em substituição quando possível e complementar a malha viária, requer planejamento, investimentos e tempo para execução.

Não há condições, ainda que se deseje, da utilização de uma varinha mágica.
É preciso seguir os trâmites normais.
Alguns extremamente morosos mas necessários.
Durante o governo Dilma serão reformados, ampliados e melhorados 12 aeroportos junto às cidades-sede da Copa de 2014.
Pode parecer pouco, mas estes aeroportos estarão ao nível dos mais modernos do mundo.
Serão 12 portas de entrada de negócios e investimentos que devem gerar renda e empregos, melhorando a qualidade de vida das pessoas.
Os portos brasileiros também passarão por um processo de melhorias e de ampliação de sua capacidade.
Não se trata apenas de destinar recursos, todos esses canais ou janelas para o mundo, precisam estar interconectados.
Infra-estrutura nesse Estado moderno que o Brasil começa a ser, não se resume em obras, mas, a dotação de uma política pública que seja capaz de incentivar todos os atores do processo de desenvolvimento.
Ninguém se iluda.
Falta muito.
O Estado que Dilma e o PT desejam, a partir da magnífica herança deixada por Lula, promover os avanços em todos os setores, através de incentivos, de estrutura de armazenagem, de escoamento, de distribuição e de exportação.
Claro que a tarefa é gigantesca e nem será possível realizar tudo em 4 anos mas, com certeza, grande parte dessa infra-estrutura necessária para o desenvolvimento, a Presidenta Dilma faz questão de entregar, boa parte já antes de 2014 e outra parte antes de 2016, permitindo que o Brasil possa, finalmente, não precisar de referências de modernidade além das fronteiras mas, encontrar aqui, todos os setores prontos para os desafios dos novos tempos.
Sem qualquer desculpa, boa-vontade e competência a Presidente Dilma têm, só precisa do tempo e da confiança de todos.
Hilda Suzana Veiga Settineri

ONÇA PINTADA

UM BLOG ONDE EU POSSA ENSINAR O POUCO QUE SEI E APREENDER MUITO, COM TODOS OS QUE FIZEREM UMA VISITA, NÃO DEIXEM DE COMENTAR, OK