Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O CONTROLE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO



A palavra controle, em geral, gera calafrios na imaginação de todos os que lutaram pelo restabelecimento do estado democrático de direitos. Remete a memória dos tempos em que abusivamente o Estado fez do controle um Poder sobrenatural que agia sobre todos e tudo. A lei e a suposta ordem que protegiam era um detalhe meramente, o que prevalecia era a vontade manifesta daquele que detinham alguma forma de Poder. Ninguém serviu melhor a esse tempo que determinados meios de comunicação que, ainda hoje, travestidos na defesa das instituições democráticas, nada mais querem, além da manutenção do seu status quo. Não é atoa que tem se esmerada na defesa conservadora das “instituições” e especialmente em oposição a qualquer proposta de quebra do domínio de poucas famílias – pode-se contar numa mão – em relação aos meios de comunicação. O fato é que algumas coisas têm sido extremamente perversas, como é o caso, das emissoras de rádio e televisão, que cada dia são concentradas e transmitem uma programação pasteurizada a nível nacional. Daqui a pouco estaremos perdendo nossos sotaques e valores e “cordeiramente” passaremos a se comportar padronizadamente. Além disso, essas emissoras têm uma programação onde firmam de importação de padrões alienígenas ou de afirmação de uma ideologia oculta. Tudo é igual e não é mera coincidência. É uma bem articulada rede que busca captar e cooptar os incautos com programas “bonzinhos” onde se fazem “caridades” enquanto o merchandising rola solto. Assistir um telejornal tirando o cenário à entonação, as manchetes repetem-se, com o objetivo de sedimentar uma idéia, uma concepção. Não bastasse isso, a grande e senhorial mídia brasileira tenta discretamente infiltrar-se para controlar as chamadas mídias alternativas e quando se fala em discutir e estabelecer qualquer legislação que venha a desmontar esses estratagemas secularmente instituídos, logo se vem às críticas. Nem discutir se permite. Que liberdade é essa que eles querem defender? Já estabelecidos e devidamente “controlados” a grande mídia se revolta e vocifera contra tudo o que signifique marco regulatório e apresenta essas propostas como cerceamento e controle. Curiosamente são os mesmos defensores da Lei e Ordem que agora refutam a lei como meio de restabelecer a democracia e o acesso aos meios de comunicação, preferem deixar tudo ao mercado. Bradam: Censura! Ainda que sejam especialistas nesta matéria, passa longe de qualquer petista a intenção de estabelecer sistemas de controle que se efetivem em instrumento de censura, pois ninguém melhor que aqueles que sofreram os efeitos coercitivos e coativos, para valorizar a liberdade de pensar, falar, escrever, ver e interagir e deixar de ser sujeitos passivos de uma vontade soberana e imperialista. O Brasil precisa sim, discutir as suas comunicações, mesmo que isso desagrade determinados senhores.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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