Uma bandeira é uma pátria representada através de um pedaço de tecido.
É a imagem mais sagrada da identidade nacional e que seus cidadãos defendem-na, inclusive com a vida. Atingida, também a alma de um povo torna-se ferida.
Anualmente, no dia 25 de agosto, em todo o Brasil, jovens prestam juramento à bandeira, cuja tradução literal do ato é a defesa intransigente do território, da soberania e de tudo aquele que esteja relacionado a identidade nacional.
Cada um daqueles jovens representa o povo tomando para si essas responsabilidades.
Não consigo imaginar brasileiro queimando a bandeira do Brasil. Muito menos acreditar que existam entre os insufladores políticos ou mesmo que haja algum tipo de apoio de instituições. Não faz tanto tempo assim.
Ao ser hasteada a bandeira todos paravam e cantavam o Hino Nacional, não importava se eram da esquerda ou da direita.
Eram brasileiros que devotavam naquele símbolo todo o amor que tinham pela sua pátria. Acho que seria interessante alguém propor que para se tomar posse em qualquer função ou mandato público a pessoa conhecesse a letra de seu hino e as cores da bandeira.
Imagino que poderia ser perigoso causar um vácuo com a possibilidade de se constatar tantos inabilitados.
Não encontro sentido em queimar a bandeira nacional para chamar a atenção e ganhar espaço na imprensa.
Devo lembrar que ao chegar ao território nacional, Pedro Álvares Cabral, já encontrou brasileiros e, pelo que consta, em momento algum qualquer destes, transferiu títulos de propriedade, nem se legitimou a ocupação.
Somos de algum modo, portanto, invasores.
A posse da terra tem sido historicamente construída por atos de força.
Curiosamente, sempre nesses atos a posse é simbolicamente assegurada através de uma bandeira.
É apavorante o espírito de nacionalidade que guiam certos interesses sobre posse e propriedade, muitas pertencendo a empresas ou organizações multinacionais que se ungem de desbravadores, redentores e artífices de um novo tempo, enquanto conservam interesses que não podem ser revelados.
Insultam nossa nacionalidade, enquanto querem que a lei desse país que afrontam, venha lhes oferecer guarida.
Entre alienados e mal intencionados sela-se um pacto e busca-se instaurar conflitos, com os primeiros acreditando piamente que esses “bondosos senhores” venham dadivosamente agir na defesa daquilo que entendem constituir-se em seu direito e estes, serve-se para consolidar seu poder político e econômico naquela região.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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