Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!
sábado, 22 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A DEMOCRACIA
O regime democrático é aquele que se aperfeiçoa com o tempo,
com a participação, com a vivência.
Há uma intensa movimentação em todo o país?
As razões ou motivações são as mais diversas.
Todas possuem a
sua legitimidade.
Nesses dez anos de PT no governo houve significativos
avanços.
Não todos.
As pessoas mais desavisadas podem até acreditar que tudo
está errado.
O simples fato de poderem manifestar-se diz o contrário e muito
dessa condição se deve aos que lutaram pela redemocratização e outro tanto aos
que estão imbuídos na construção de uma nação de livres.
Existem exageros ou
exagerados? Em qualquer lugar, ou situação, podem haver aqueles que se excedem,
o que não tira a legitimidade dos movimentos surgidos das bases. Várias
reflexões esse movimento irá ocasionar, mas sem dúvida, apesar da intenção da
direita em capitalizar para si méritos que não possui, mais uma vez, a
sociedade manifesta-se em prol de ideais que indicam um caminho para a melhor
distribuição de renda, de respeito à cidadania e da inclusão social.
E o PT
pode ser contra?
Nunca foi.
Basta observar o número de moradias construídas, do
número de pessoas que estão tendo acesso à universidade, ao trabalho e o valor
do salário mínimo.
Vale lembrar que antes de todo esse movimento, a presidenta
Dilma já determinava a redução de carga tributária para que fosse repassado aos
preços das tarifas de transporte.
Demorou a ação dos governos locais em exigir
que esses percentuais se materializassem. As razões precisam ser analisas, caso
por caso. A grande verdade é que pela primeira vez na história existe uma
preocupação com a construção de uma política pública para o transporte de
pessoas.
Me dirão que isso só será construído por causa desse movimento?
Existe
verdade nisso.
São as demandas nascidas da sociedade e ninguém melhor que os
movimentos populares para o dizerem, que possuem a legitimidade para proporem
mudanças, correções e direcionamentos.
E a direita?
Apenas quer se aproveitar
para se tirar dos ataúdes aquelas criaturas sanguinolentas que não possuem a
mínima intenção de adotar melhor distribuição dos benefícios do
desenvolvimento.
Sabem o que pensam do Bolsa família e de outros programas
sociais?
Veja quanta ironia.
Afinal, quem tem a mesa farta, por certo não irá
gostar de falar da necessidade de comida.
E o que devemos fazer com eles?
Nada.
Viver na democracia impõe que aprendamos a conviver com aqueles que pensam e
agem de modo diverso ao que consideramos apropriados.
Resta, por fim,
parabenizar aos que foram às ruas e pacificamente puderam manifestar o que
pensam e o que gostariam que se realize para um Brasil com qualidade de vida.
Saibam quem está verdadeiramente ao lado dos movimentos e das classes
populares.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Alexandre César apoia manifestações e diz que oposição tenta tirar proveito
Alexandre César apoia manifestações e diz que oposição tenta tirar proveito
O deputado estadual Alexandre César, líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, falou sobre a onda de protesto que ocorre em todo o país e destacou que estes movimentos populares ainda carecem de interpretação dos próprios políticos, principalmente os da oposição. Ele ressaltou ainda que o Partido dos Trabalhadores saúda os protestos e considera legítimo o direito de manifestação.
O parlamentar lembrou ainda que o PT está há 11 anos no comando do país e promoveu uma profunda transformação social no Brasil com a ascensão social de 40 milhões de pessoas, a redução das desigualdades sociais, a geração de mais de 20 milhões de empregados com carteira assinada, dentre inúmeros outros significativos avanços para toda a sociedade.
Porém, Alexandre César reconhece que ainda é possível avançar muito mais e destaca que muitas das reivindicações feitas pela população nas manifestações já são lutas antigas da sigla petista, como, por exemplo, a insatisfação em relação às instituições e aos partidos políticos. Para o parlamentar, isto mostra que a população está cansada com o jeito tradicional de fazer política e reforça a necessidade de uma ampla reforma do sistema político-eleitoral.
O deputado lembra, então, que o PT já está realizando uma campanha para recolhimento de assinaturas para apresentação de um projeto de iniciativa popular para realizar a reforma política, garantindo o financiamento público de campanha para evitar os abusos econômicos nas campanhas que a cada ano ficam mais caras.
A população também tem reivindicado mais investimentos em educação. Alexandre César lembra que o governo federal enfrenta dificuldade em garantir a aprovação da Medida Provisória que destina 100% dos royalties do petróleo à educação no Congresso.
Outra bandeira do PT é a democratização da comunicação e as manifestações mostram a inconformidade da população com o tratamento dado pelo mídia conservadora aos movimentos sociais, inclusive pelo fato de, num primeiro momento, ter criticado a passividade da polícia.
O deputado disse apoiar as manifestações e destacou que a presidenta Dilma Roussef (PT) está sensível a ouvir a população e ressaltou que as reduções de tarifas, como a que ocorreram em Cuiabá e no transporte intermunicipal de Mato Grosso, só foram possíveis devido à medida do governo federal que elimina a incidência de PIS/Cofins sobre a receita das empresas de transporte urbano rodoviário, metroviário e ferroviário. A alíquota anterior era de 3,65%.
Alexandre César defendeu ainda que a oposição não conseguiu promover avanços no longo período que governou o país e agora tenta tirar proveito e se infiltrar nas manifestações na tentativa de emplacar o projeto de retornar ao comando. Porém, os atos ainda precisam ser melhor compreendidos pela classe política, principalmente, pela oposição, pois, os manifestantes não querem partidos, nem políticos.
“Os manifestantes estão cansados da velha política oportunista, de memória seletiva, que usa a maioria para interesses pessoais ou de pequenos grupos econômicos e querem dizer para o governo e para os políticos que buscam mudanças”, afirmou.
Assessoria de imprensa
Alline Marques
PARABÉNS IEDA MARIA VARGAS!
Jantar reunirá misses de diferentes gerações em Gramado
Foto: Cibele Peccin / Divulgação
Já se vão quase 50 anos desde o dia 20 de julho de 1963, quando Ieda Maria Vargas conquistou o título de Miss Universo. Para lembrar a ocasião, um evento homenageará a gaúcha e reunirá misses de diferentes gerações no dia 21 de junho, no Hotel Casa da Montanha, em Gramado.
Quem prepara o jantar é o renomado chef Floriano Spiess, que criará pratos inspirados nos títulos que Ieda ganhou ao longo da carreira: Rainha das Piscinas POA, Miss POA, Miss RS, Miss Brasil e Miss Universo. Além disso, uma exposição com itens pessoais de Ieda, como vestidos, faixas, troféus, prêmios e fotografias, será realizada no hotel.
Quem prepara o jantar é o renomado chef Floriano Spiess, que criará pratos inspirados nos títulos que Ieda ganhou ao longo da carreira: Rainha das Piscinas POA, Miss POA, Miss RS, Miss Brasil e Miss Universo. Além disso, uma exposição com itens pessoais de Ieda, como vestidos, faixas, troféus, prêmios e fotografias, será realizada no hotel.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Aula na rua
Não há como não enxergar algumas ótimas lições destas manifestações
É cedo para estabelecer qualquer cenário definitivo, mas não há como não enxergar algumas ótimas lições decorrentes desta onda de manifestações pelas ruas e avenidas de várias cidades do Brasil.
A pauta de reivindicações é amplíssima, contudo, ao que parece, parte de uma vontade tremenda de gritar por uma sociedade melhor, e que seja resultado de uma democracia participativa e não apenas representativa. Existe um descontentamento evidente com os sistemas político e econômico, que isolam grande parte da população dos momentos decisivos quanto ao presente e ao futuro do país e a transformam em mera massa consumidora. E isso pode ser dimensionado, também, nas instâncias municipais e estaduais.
A pauta engloba o descontentamento com os volumes de investimentos relativos à realização de grandes eventos, a saber, sobretudo, à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, em detrimento ao que se aplica em áreas cruciais do Brasil, como a saúde e a educação. Brasil melhorou a olhos vistos nesses setores em relação à plataforma neoliberal antes instituída no país, assim como na geração de emprego e renda e implementação de programas sociais. No entanto, a população quer mais.
Por isso a pauta de reivindicações incorpora a necessidade de se acabar ou diminuir a força do lobby do setor privado da saúde e fortalecer a quantia de investimentos, rapidez e qualidade no atendimento do Estado nesta área. Engloba a importância de que o Congresso Nacional aprove a obrigatoriedade de o Orçamento Geral da União destinar à educação 10% do PIB, o que corresponde a uma forte reivindicação dos sindicatos de trabalhadores da área.
Acrescentaria a histórica reivindicação de trabalhadores sindicalizados, de redução da jornada de trabalho, de 44 horas semanais para 40 horas, sem diminuição do valor do salário. Também: a garantia de demarcação de terras indígenas; a criação de impostos sobre fortunas; a implantação de uma política pública de regulação de preços, evitando que “atravessadores”, comercianteempresários e industriais de médio e grande portes faturem em cima de pequenos produtores e dos consumidores. Além disso, o fortalecimento do mercado consumidor e produtor nacional, diminuindo a influência de especuladores nacionais e internacionais.
A pauta de reivindicações precisa partir de uma consciência de classe social, ideológica, que leva em conta as raízes dos problemas nacionais, os embates que existem em busca dos rumos da nação. Afinal, só para exemplificar, é ilusão (ou bem difícil) imaginar que latifundiários e sem terra estarão na mesma manifestação por melhoria de vida no campo e na cidade. Um lado defende concentração de terras, outro, distribuição. Por isso é fundamental ter consciência de classe (dizer de que lado está) para não ser massa de manobra de articulações que querem vender o “discurso do fim do mundo”, de que o Brasil nunca esteve pior, pois isto tem o objetivo maior de reverter votos em 2014.
Novo tipo de liderança
Outro elemento possível de se enxergar é que as movimentações sociais não têm uma linha de condução tradicional, com um comando fechado, que dá orientações de cima para baixo, o que reproduziria uma lógica também representativa, ainda que em outro espaço de organização.
As direções para as quais os protestos caminham, ideologicamente e quanto às suas definições mais pragmáticas, no que diz respeito a horários, locais de concentração e trajetos, se dão de modo mais coletivo, distante da ideia de cúpula ou grupo central. Há mais participação e mais vontade de contribuir; uma liderança de tipo dissolvido, espalhado, de cunho horizontal (menos hierárquico). Apesar disso, para que as cobranças sejam efetivas e surtam efeitos consistentes, é preciso ter argumentos sólidos e dirigir as reivindicações a quem tem poder e dever institucional para atendê-las.
Pessoas que participam e estão filiadas a partidos políticos podem e devem estar nas ruas, porque as manifestações são democráticas, contanto a linha de condução não parte de uma deliberação de agremiação.
Aula sobre e nas ruas
Esse tom mais contemporâneo, menos centralizador, contagia a juventude. Pois não é à toa que em sala de aula ontem (segunda-feira, 17), o conteúdo de Ética e Legislação Jornalística teve de ser adequado às inquietações que os estudantes trouxeram quanto aos protestos espalhados pelo país. Até tentei seguir o planejado, com a análise de um caso emblemático na cobertura jornalística mato-grossense, porém vi que a aula era outra e estava sendo dada não por mim, todavia pela turma.
Perguntas acerca das manifestações, a consulta constante a celulares e computadores portáteis para saber o que “rolava” em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, deram o tom pedagógico e metodológico da disciplina.
E como foi importante saber que um dos estudantes tem dormido só duas horas por dia, dedicando seu empenho psicológico e intelectual a acompanhar e replicar vídeos sobre as manifestações, sobretudo de origem alternativa e contestatória à cobertura da chamada mídia tradicional. Soco no estômago da Globo, Bandeirantes, Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e demais.
Ele está louco para pegar um ônibus e ir para São Paulo, mas talvez se contente, por ser fim de semestre (avaliações finais) e pela condição financeira, em organizar e participar de um protesto em Alto Araguaia ainda esta semana. Afinal, a força do grito de uma nação se compõe de manifestações em cidades espalhadas por seu território, com pautas regionalizadas e, ainda assim, conexas com um sentimento amplo, maior.
Também foi importante ouvir de uma estudante que atos tidos como ilegais muitas vezes representam uma fúria contida há muito tempo e que sua tipificação, como irregular, pode não passar de uma forma de inibir alterações no sistema. O caso exposto em sala de aula foi o das pichações ocorridas durante os protestos. Antes visto pela turma prioritariamente como algo negativo, o ato de pichar passou a ser enxergado de outra forma, partindo da situação em que se dá e de seu objetivo maior.
Transporte
Por fim, toco no tema que iniciou os protestos em São Paulo e que ainda é mencionado nas manifestações, mas não mais como carro-chefe. O transporte coletivo é um problema muito sério no Brasil e não se restringe a aumento de tarifas, tal qual o recente na capital paulista, de R$ 3,00 para R$ 3,20.
A qualidade do serviço recebe reclamações em todas as regiões do país, o que invariavelmente significa preços caros, má qualidade das frotas, superlotações e dificuldade em cumprir horários. Também são constantes as denúncias de existência de cartel e superfaturamento das tarifas, como se acompanha em Cuiabá desde 2005.
Planilhas com valores de combustível, lubrificantes e pneus em patamares de varejo e não de atacado são práticas repelidas pelos movimentos que se organizam na cidade e se tornaram inclusive ações judiciais apresentadas pelo Ministério Público Estadual.
Portanto, a decisão da prefeitura de Cuiabá de reduzir o preço da passagem de R$ 2,95 para R$ 2,85 não deve ser comemorada sem antes “se estudar o estudo” que a administração municipal fez para se chegar a tal conclusão. Isso significa também que os protestos preparados para ocupar as ruas da cidade não devem cessar, visto que a caminhada é longa e o buraco é bem, bem mais embaixo. Pois um dos recentes movimentos na história de Cuiabá que mobilizou a sociedade em torno desse assunto, o Comitê de Luta pelo Transporte Coletivo (CLTP), sempre teve como fortes bandeiras a redução da tarifa, a ampliação do passe livre e a estatização do setor.
Por fim, em São Paulo, origem das recentes manifestações de grande porte, o prefeito Fernando Haddad (PT) comete um grave erro ao condicionar redução da tarifa do transporte à diminuição de investimentos em saúde e habitação. Parece até uma cópia requintada do que, no início ano, o alcaide de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), disse em relação à reivindicação de que se revogasse o aumento do IPTU. Ele falou que se não elevasse o valor do imposto não teria condições de construir um novo hospital municipal. Pois, por pressão, teve que revogar o aumento do IPTU e abandonar o discurso ameaçador. É apenas um aviso, Haddad.
GIBRAN LUIS LACHOWSKI é jornalista e professor do curso de Comunicação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UnematAlto Araguaia)
A pauta de reivindicações é amplíssima, contudo, ao que parece, parte de uma vontade tremenda de gritar por uma sociedade melhor, e que seja resultado de uma democracia participativa e não apenas representativa. Existe um descontentamento evidente com os sistemas político e econômico, que isolam grande parte da população dos momentos decisivos quanto ao presente e ao futuro do país e a transformam em mera massa consumidora. E isso pode ser dimensionado, também, nas instâncias municipais e estaduais.
A pauta engloba o descontentamento com os volumes de investimentos relativos à realização de grandes eventos, a saber, sobretudo, à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, em detrimento ao que se aplica em áreas cruciais do Brasil, como a saúde e a educação. Brasil melhorou a olhos vistos nesses setores em relação à plataforma neoliberal antes instituída no país, assim como na geração de emprego e renda e implementação de programas sociais. No entanto, a população quer mais.
Por isso a pauta de reivindicações incorpora a necessidade de se acabar ou diminuir a força do lobby do setor privado da saúde e fortalecer a quantia de investimentos, rapidez e qualidade no atendimento do Estado nesta área. Engloba a importância de que o Congresso Nacional aprove a obrigatoriedade de o Orçamento Geral da União destinar à educação 10% do PIB, o que corresponde a uma forte reivindicação dos sindicatos de trabalhadores da área.
Acrescentaria a histórica reivindicação de trabalhadores sindicalizados, de redução da jornada de trabalho, de 44 horas semanais para 40 horas, sem diminuição do valor do salário. Também: a garantia de demarcação de terras indígenas; a criação de impostos sobre fortunas; a implantação de uma política pública de regulação de preços, evitando que “atravessadores”, comercianteempresários e industriais de médio e grande portes faturem em cima de pequenos produtores e dos consumidores. Além disso, o fortalecimento do mercado consumidor e produtor nacional, diminuindo a influência de especuladores nacionais e internacionais.
A pauta de reivindicações precisa partir de uma consciência de classe social, ideológica, que leva em conta as raízes dos problemas nacionais, os embates que existem em busca dos rumos da nação. Afinal, só para exemplificar, é ilusão (ou bem difícil) imaginar que latifundiários e sem terra estarão na mesma manifestação por melhoria de vida no campo e na cidade. Um lado defende concentração de terras, outro, distribuição. Por isso é fundamental ter consciência de classe (dizer de que lado está) para não ser massa de manobra de articulações que querem vender o “discurso do fim do mundo”, de que o Brasil nunca esteve pior, pois isto tem o objetivo maior de reverter votos em 2014.
Novo tipo de liderança
Outro elemento possível de se enxergar é que as movimentações sociais não têm uma linha de condução tradicional, com um comando fechado, que dá orientações de cima para baixo, o que reproduziria uma lógica também representativa, ainda que em outro espaço de organização.
As direções para as quais os protestos caminham, ideologicamente e quanto às suas definições mais pragmáticas, no que diz respeito a horários, locais de concentração e trajetos, se dão de modo mais coletivo, distante da ideia de cúpula ou grupo central. Há mais participação e mais vontade de contribuir; uma liderança de tipo dissolvido, espalhado, de cunho horizontal (menos hierárquico). Apesar disso, para que as cobranças sejam efetivas e surtam efeitos consistentes, é preciso ter argumentos sólidos e dirigir as reivindicações a quem tem poder e dever institucional para atendê-las.
Pessoas que participam e estão filiadas a partidos políticos podem e devem estar nas ruas, porque as manifestações são democráticas, contanto a linha de condução não parte de uma deliberação de agremiação.
Aula sobre e nas ruas
Esse tom mais contemporâneo, menos centralizador, contagia a juventude. Pois não é à toa que em sala de aula ontem (segunda-feira, 17), o conteúdo de Ética e Legislação Jornalística teve de ser adequado às inquietações que os estudantes trouxeram quanto aos protestos espalhados pelo país. Até tentei seguir o planejado, com a análise de um caso emblemático na cobertura jornalística mato-grossense, porém vi que a aula era outra e estava sendo dada não por mim, todavia pela turma.
Perguntas acerca das manifestações, a consulta constante a celulares e computadores portáteis para saber o que “rolava” em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, deram o tom pedagógico e metodológico da disciplina.
E como foi importante saber que um dos estudantes tem dormido só duas horas por dia, dedicando seu empenho psicológico e intelectual a acompanhar e replicar vídeos sobre as manifestações, sobretudo de origem alternativa e contestatória à cobertura da chamada mídia tradicional. Soco no estômago da Globo, Bandeirantes, Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e demais.
Ele está louco para pegar um ônibus e ir para São Paulo, mas talvez se contente, por ser fim de semestre (avaliações finais) e pela condição financeira, em organizar e participar de um protesto em Alto Araguaia ainda esta semana. Afinal, a força do grito de uma nação se compõe de manifestações em cidades espalhadas por seu território, com pautas regionalizadas e, ainda assim, conexas com um sentimento amplo, maior.
Também foi importante ouvir de uma estudante que atos tidos como ilegais muitas vezes representam uma fúria contida há muito tempo e que sua tipificação, como irregular, pode não passar de uma forma de inibir alterações no sistema. O caso exposto em sala de aula foi o das pichações ocorridas durante os protestos. Antes visto pela turma prioritariamente como algo negativo, o ato de pichar passou a ser enxergado de outra forma, partindo da situação em que se dá e de seu objetivo maior.
Transporte
Por fim, toco no tema que iniciou os protestos em São Paulo e que ainda é mencionado nas manifestações, mas não mais como carro-chefe. O transporte coletivo é um problema muito sério no Brasil e não se restringe a aumento de tarifas, tal qual o recente na capital paulista, de R$ 3,00 para R$ 3,20.
A qualidade do serviço recebe reclamações em todas as regiões do país, o que invariavelmente significa preços caros, má qualidade das frotas, superlotações e dificuldade em cumprir horários. Também são constantes as denúncias de existência de cartel e superfaturamento das tarifas, como se acompanha em Cuiabá desde 2005.
Planilhas com valores de combustível, lubrificantes e pneus em patamares de varejo e não de atacado são práticas repelidas pelos movimentos que se organizam na cidade e se tornaram inclusive ações judiciais apresentadas pelo Ministério Público Estadual.
Portanto, a decisão da prefeitura de Cuiabá de reduzir o preço da passagem de R$ 2,95 para R$ 2,85 não deve ser comemorada sem antes “se estudar o estudo” que a administração municipal fez para se chegar a tal conclusão. Isso significa também que os protestos preparados para ocupar as ruas da cidade não devem cessar, visto que a caminhada é longa e o buraco é bem, bem mais embaixo. Pois um dos recentes movimentos na história de Cuiabá que mobilizou a sociedade em torno desse assunto, o Comitê de Luta pelo Transporte Coletivo (CLTP), sempre teve como fortes bandeiras a redução da tarifa, a ampliação do passe livre e a estatização do setor.
Por fim, em São Paulo, origem das recentes manifestações de grande porte, o prefeito Fernando Haddad (PT) comete um grave erro ao condicionar redução da tarifa do transporte à diminuição de investimentos em saúde e habitação. Parece até uma cópia requintada do que, no início ano, o alcaide de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), disse em relação à reivindicação de que se revogasse o aumento do IPTU. Ele falou que se não elevasse o valor do imposto não teria condições de construir um novo hospital municipal. Pois, por pressão, teve que revogar o aumento do IPTU e abandonar o discurso ameaçador. É apenas um aviso, Haddad.
GIBRAN LUIS LACHOWSKI é jornalista e professor do curso de Comunicação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UnematAlto Araguaia)
Maria do Rosário critica aprovação do projeto "cura gay" e defende criminalização da homofobia
A Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, se pronunciou através de rede social sobre o projeto apelidado de "cura gay" aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias CDHM, presidida pelo pastor Marco Feliciano, nessa terça-feira.
"Enquanto presido reunião ordinária do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) que hoje debate uma pauta muito relevante para afirmação dos Direitos Humanos e enfrentamento da violência, com uma resolução para não utilização de armamentos menos letais em manifestações e cumprimento de decisões judiciais, recebo a notícia de que a Comissão da Câmara aprovou o projeto absurdo da chamada cura gay".
Para a ministra, essa movimentação em torno do projeto que a bancada evangélica defende,"trata-se de um movimento absolutamente contrário a esse momento que o Brasil vive, de mobilização social por direitos e contra os fundamentalismos".
"É um retrocesso que o Parlamento brasileiro não pode deixar passar. Faço um apelo aos parlamentares e estarei dialogando com as bancadas para que esse projeto seja rejeitado nas demais comissões da Câmara. O que precisamos no Brasil é de leis para criminalização da homofobia e reconhecimento dos direitos da população LGBT, não de retrocessos como este", ressalta Maria do Rosário.
Proposta sobre 'cura gay' é aprovada em comissão presidida por Feliciano
Mundo tenta entender 'esquizofrenia' dos protestos no Brasil, diz jornal espanhol
"Por que surge agora um movimento de protesto, se o país está melhor do que há 10 anos?", pergunta jornalista. Reposta, diz ele, pode estar nos milhões que melhoraram de vida e agora querem mais
por Redação RBA publicado 18/06/2013 17:51
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São Paulo – Em análise publicada hoje (18) no jornal espanhol El País, o jornalista Juan Arias, correspondente internacional do diário no Brasil, afirma que o mundo acompanha com "perplexidade" as notícias sobre as manifestações em várias cidades brasileiras, entendidas lá fora como "uma espécie de esquizofrenia ou paradoxo"
"Por que surge agora um movimento de protesto com os que já estão de volta em outros países do mundo quando, durante dez anos, o Brasil viveu como que anestesiado por seu êxito compartilhado e aplaudido mundialmente? O Brasil está pior hoje do que há dez anos? Não, está melhor. Pelo menos é mais rico, tem menos pobres e mais milionários. É mais democrático e menos desigual", comenta.
Depois de lançar uma série de perguntas parecidas, Arias conclui que, "paradoxalmente, a culpa é de quem deu aos pobres um mínimo de dignidade" - milhões de pessoas que deram um salto qualitativo e que agora querem mais.
"Querem o impossível? Não. Ao contrário dos movimentos de 68, que queriam mudar o mundo, os brasileiros insatisfeitos com o que já alcançaram, querem que os serviços públicos sejam como os do primeiro mundo. Querem um Brasil melhor. Nada mais", diz.
Leia a íntegra:
Por que o Brasil e agora?
Por Juan Arias, do El País
Está gerando perplexidade, dentro e fora do país, a crise criada repentinamente no Brasil pelos protestos nas ruas, ocorridos primeiramente em cidades ricas, como São Paulo e Rio de Janeiro, e agora estendidas a todo o país e a brasileiros no exterior.
Neste momento, as perguntas para entender o que está acontecendo são mais numerosas que as respostas. Existe somente um certo consenso que o Brasil, até agora invejado internacionalmente, vive uma espécie de esquizofrenia ou paradoxo que ainda deve ser analisada e explicada.
Comecemos por algumas das perguntas.
Por que surge agora um movimento de protesto com os que já estão de volta em outros países do mundo quando, durante dez anos, o Brasil viveu como que anestesiado por seu êxito compartilhado e aplaudido mundialmente? O Brasil está pior hoje do que há dez anos? Não, está melhor. Pelo menos é mais rico, tem menos pobres e mais milionários. É mais democrático e menos desigual.
Então, como se explica que a presidenta Dilma Rousseff, com um consenso popular de 75% - um recorde que chegou a superar à popularidade de Lula - possa ser vaiada repetidamente na inauguração da Copa das Confederações, em Brasília, por quase 80 mil torcedores da classe média que puderam se dar ao luxo de pagar quase 400 dólares por uma entrada?
Por que saem às ruas para protestar contra o aumento dos preços dos transportes públicos jovens que normalmente não usam esses meios porque já tem carro, algo impensável dez anos atrás?
Por que protestam estudantes de famílias que, até pouco tempo, não haviam sonhado ver seus filhos pisando em uma universidade?
Por que aplaude aos manifestantes a classe média C, recém-saída da pobreza e que, pela primeira vez em sua vida, pode comprar uma geladeira, uma televisão e até uma moto ou um carro de segunda mão?
Por que o Brasil, sempre orgulhoso de seu futebol, parece estar agora contra o mundial, chegando a ofuscar a inauguração da Copa das Confederações com uma manifestação que produziu feridos, detenções e medo aos torcedores que compareceram ao estádio?
Por que protestos, alguns deles violentos, em um país invejado até pela Europa e Estados Unidos por seus desemprego quase nulo?
Por que se protesta nas favelas onde seus habitantes têm visto duplicada a sua renda e recuperada a sua paz, que havia sido roubada pelo narcotráfico?
Por que, de repente, se levantaram em pé de guerra os indígenas que possuem já 13% do território nacional e tem o Supremo Tribunal Federal sempre ao lado de suas reivindicações?
Será que os brasileiros são desagradecidos a quem os fez melhorar?
As respostas a todas essas perguntas que produzem uma espécie de perplexidade e assombro a tantos, começando pelos políticos, poderiam ser resumidas em poucas questões.
Em primeiro lugar se poderia dizer que, paradoxalmente, a culpa é de quem deu aos pobres um mínimo de dignidade: uma renda não miserável, a possibilidade de ter uma conta em um banco e acesso ao crédito para poder adquirir o que sempre foi um sonho para eles (eletrodomésticos, uma moto ou um carro).
Talvez o paradoxo se deva a isso: ao haver colocado os filhos dos pobres na escola, da qual gozaram seus pais e avós; ao haver permitido aos jovens, a todos - brancos, negros, indígenas, pobres ou não, ingressar em uma universidade; ao haver dado para todos um acesso gratuito à saúde; ao haver livrado aos brasileiros do antigo complexo de culpa de "vira-latas"; ao haver conseguido tudo aquilo que converteu o Brasil, em apenas 20 anos, em um país quase de primeiro mundo.
Os pobres chegados a uma nova classe média tem tomado consciência de terem dado um salto qualitativo na esfera do consumo e agora querem mais. Querem, por exemplo, alguns serviços públicos de primeiro mundo, que não o são; querem uma escola que, além de os acolher, prepare-os para o trabalho no futuro.
Querem hospital com dignidade, sem meses de espera, sem filas desumanas, onde sejam tratados como pessoas. Querem que, em 15 dias, não morram 25 recém-nascidos em um um hospital de Belém, no Pará.
E querem, sobretudo, o que lhes falta politicamente: uma democracia mais madura, em que a polícia não siga atuando como fazia na ditadura; querem partidos que não sejam, na expressão de Lula, um "negócio" para enriquecer; querem uma democracia onde exista uma oposição capaz de vigiar o poder.
Querem políticos com menor carga de corrupção; querem menos esbanjamento em obras que consideram inúteis quando ainda falta moradia para 8 milhões de famílias; querem uma justiça com menos impunidade; querem uma sociedade menos abismal em suas diferenças sociais. Querem os políticos corruptos na cadeia.
Querem o impossível? Não. Ao contrário dos movimentos de 68, que queriam mudar o mundo, os brasileiros insatisfeitos com o que já alcançaram, querem que os serviços públicos sejam como os do primeiro mundo. Querem um Brasil melhor. Nada mais.
Querem definitivamente aquilo que lhes foi ensinado para serem mais felizes (ou menos infelizes) do que foram no passado.
Escutei alguns dizerem "O que mais essa gente quer?" A pergunta me lembra aquela feita por algumas famílias em que os filhos se rebelam, mesmo depois de terem recebido tudo.
Às vezes, os pais se esquecem de que faltou algo que é essencial aos jovens: atenção, preocupação pelo que ele deseja e não pelo que às vezes se oferece a ele. Necessitam não apenas ser ajudados e protegidos, levados pela mão, querem aprender a ser eles os protagonistas.
E aos jovens brasileiros, que cresceram e tomaram consciência não apenas do que já tem, mas também do que podem alcançar, falta justamente que lhes deixem ser mais protagonistas de sua própria história, mais ainda quando demonstram ser tremendamente criativos.
Que o façam, isso sim, sem aumentar a violência - que já sobra neste país maravilhoso que sempre preferiu a paz à guerra. E que não se deixem cooptar por políticos que tentarão se aproveitar dos protestos para esvaziá-los de seu conteúdo.
Ontem, se lia em um cartaz: "País mudo é um país que não se muda". E também dirigido à polícia: "Não disparem contra os meus sonhos". Alguém pode negar a um jovem o direito de sonhar?
Tradução: Alessandra Goes Alves
Dilma: “Meu governo também quer mais”
“A
população brasileira mandou uma mensagem direta aos governantes:
queremos mais cidadania, melhores escolas e hospitais e direito à
participação nos rumos do País. Essa mensagem direta das ruas mostra a
exigência de transporte público de qualidade e a preço justo. Essa
mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisões de todos
os governos, do Legislativo e do Judiciário. Essa mensagem direta das
ruas é de repudio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público e
meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança".
“Meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social" |
Assim
a presidenta Dilma Rousseff definiu, durante discurso no Palácio do
Planalto, as manifestações desta segunda-feira (17) que reuniram cerca
de 250 mil pessoas em 12 capitais e outras cidades pelo País.
"Eu
quero dizer que o meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança.
Meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social",
afirmou, elogiando o caráter pacífico da manifestação e a atuação
tranquila da Polícia, que, salvo em alguns casos específicos, controlou a
situação sem demonstrações de violência.
A
presidenta também disse que o Brasil "acordou mais forte" depois dos
protestos que ocorreram em dezenas de cidades na segunda-feira. "Essas
vozes (dos manifestantes), que ultrapassam os mecanismos tradicionais,
os partidos políticos e a própria mídia, e precisam ser ouvidas",
afirmou em discurso durante lançamento do novo marco da mineração no
Brasil.
"A
minha geração sabe quanto isso (liberdade para se manifestar) nos
custou, disse e, demonstrando estar muito atenta ao que ocorreu, disse
que a mobilização comprova a energia da democracia brasileira. Depois
comentou: “ontem, eu vi um cartaz muito bonito que dizia: desculpe o
transtorno, estamos mudando o País”. E concluiu: o meu governo também
quer mais”.
Nessa
segunda-feira, em breve nota oficial, a presidente Dilma Rousseff
defendeu as manifestações, desde que pacíficas. "As manifestações
pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens
se manifestarem", afirmou a presidente em texto divulgado pela
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Com informações do Blog do Planalto e das agências de notícias
Blog da Dilma é invadido por Vândalos
É assim que o Movimento do Passe Livre quer conquistar o povo brasileiro com baderna, não respeitando a democracia e o livre pensamento???? Depois da quebradeira no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, e em São Paulo, quando tentaram invadir a força o Palácio dos Bandeirantes?? O Blog da Dilma defendeu, denunciou e apoio o Movimento do Passe Livre, e ainda assim foi invadido por vândalos. Link do Blog da Dilma: http://blogdadilma.com.
Veja o que essa gente escreveu:
Porque nosso governo anda agredindo tanto o povo? afinal o que fizemos de tão ruim ?
Afinal, vivemos ou não em uma democracia? o LIMITE acabou!! INFLAÇÃO, CORRUPÇÃO, REPRESSÃO, CENSURA, TARIFAS, IMPOSTOS?
e COPA? PRA QUEM ? a educação não vale? a segurança não vale? e a SAÚDE? não vale investimentos? que se dane a copa do mundo
eu não vou fingir para "inglês" ver, e você DILMA? porque chateada com vaias? seu governo não vale 1% do nosso sangue e impostos!!
VAI TOMAR NO CU!!
CHEGA DE COPA !! CHEGA DE DITADURA MODERNA !! #ACORDAMOS
+ SAÚDE
+ EDUCAÇÃO
+ OPORTUNIDADES
+ JUSTIÇA
Quem tá patrocinado esses "vândalos" que não respeitam a Liberdade de Expressão???
Veja o que essa gente escreveu:
Porque nosso governo anda agredindo tanto o povo? afinal o que fizemos de tão ruim ?
Afinal, vivemos ou não em uma democracia? o LIMITE acabou!! INFLAÇÃO, CORRUPÇÃO, REPRESSÃO, CENSURA, TARIFAS, IMPOSTOS?
e COPA? PRA QUEM ? a educação não vale? a segurança não vale? e a SAÚDE? não vale investimentos? que se dane a copa do mundo
eu não vou fingir para "inglês" ver, e você DILMA? porque chateada com vaias? seu governo não vale 1% do nosso sangue e impostos!!
VAI TOMAR NO CU!!
CHEGA DE COPA !! CHEGA DE DITADURA MODERNA !! #ACORDAMOS
+ SAÚDE
+ EDUCAÇÃO
+ OPORTUNIDADES
+ JUSTIÇA
Quem tá patrocinado esses "vândalos" que não respeitam a Liberdade de Expressão???
sexta-feira, 14 de junho de 2013
VIDA, SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE
VIDA....
Na minha infância e não faz tanto tempo assim - algumas décadas apenas se passaram – tive a oportunidade de conhecer espécimes que atualmente estão sob o risco de extinção.
Muito se deve a ausência de uma política pública para o meio ambiente, muito mais preocupados estavam os governantes em multar ou proibir. As multas pouca gente sabe o destino que lhes atribuíram e o ato de proibir – perdoem-me – passou batido. Os argumentos dessa omissão deliberada são vários. Nos estados com grande cobertura vegetal, por exemplo, houve o incentivo pela derrubada das matas, sem muitos regramentos, para que fosse substituída por agricultura ou pecuária.
O plantio ou o passo do boi estão – quase – dentro do leito dos rios, córregos e nascentes que vão minguando até deixarem de existir. Tudo era encantamento. Aumento da produção e lucro, mas, um dia a conta chegaria. Chegou amarga, trazendo com ela a constatação científica de uma dependência cada vez maior de adubos e de agrotóxicos, reduzindo a margem de lucro e aumentando a margem de riscos a sustentabilidade. Somos amplamente favoráveis ao aumento da produção, pois quando mais alimento produzido é tendência que seja igualmente mais rica a mesa do trabalhador, ou pelo menos, mais acessível sejam os bens essenciais a vida.
No entanto, produção de alimentos não significa a necessidade de colocar em risco demasiado a vida das pessoas que trabalham no campo, nem decretar a extinção de espécies nativas pela ofensa a qualquer regramento que imponha reserva legal e área de preservação permanente. É possível produzir mais e sustentavelmente nas mesmas áreas, inclusive com a recomposição das áreas degradadas e que deveriam compor aquele conjunto de bens voltados a preservação da vida humana e de espécies fundamentais para o equilíbrio e também para estudos científicos.
O motosserra deve ser aposentado, não há mais espaço para ele num mundo de racionalidade e sustentabilidade. Não é só ele. Repare bem que onde existe monocultura, sempre há um rico (ou mais) e muitas pessoas em situação de pobreza ou miserabilidade. Deixando muito explícito que existe uma apropriação legal ou não, de uma parcela de bens, sem retorno para a sociedade onde eles são produzidos. Não há sustentabilidade. O principal interessado é vítima desse sistema, ou alguém pensa diferente que essas agressões ao meio ambiente pode deixar ileso o ser humano? Que alguém anda se apropriando de bens considerados constitucionalmente como bem comum, sem qualquer contrapartida?
No caso da recomposição, nem sempre possível, a ideia de compensação parece razoável, mas ainda assim, temerosa. As áreas de compensação nem sempre terão as mesmas características ou espécies, ainda que sejam próximas. Volto a dizer, a ideia não é má e pode ser um interessante instrumento para que se promova uma política pública de meio ambiente. Sugiro, assim, que as áreas despovoadas ou apropriadas indevidamente sejam objeto da compensação, ou seja, que aqueles que desequilibraram o meio ambiente, sejam chamados a compensá-lo, com outra área e com a adoção de medidas de segurança para que o dano aos bens ambientais não se expandam. Em outras palavras, que a compensação não seja uma autorização em branco para que se atinja impunemente o meio ambiente e, portanto, todos nós, direta ou indiretamente.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Muito se deve a ausência de uma política pública para o meio ambiente, muito mais preocupados estavam os governantes em multar ou proibir. As multas pouca gente sabe o destino que lhes atribuíram e o ato de proibir – perdoem-me – passou batido. Os argumentos dessa omissão deliberada são vários. Nos estados com grande cobertura vegetal, por exemplo, houve o incentivo pela derrubada das matas, sem muitos regramentos, para que fosse substituída por agricultura ou pecuária.
O plantio ou o passo do boi estão – quase – dentro do leito dos rios, córregos e nascentes que vão minguando até deixarem de existir. Tudo era encantamento. Aumento da produção e lucro, mas, um dia a conta chegaria. Chegou amarga, trazendo com ela a constatação científica de uma dependência cada vez maior de adubos e de agrotóxicos, reduzindo a margem de lucro e aumentando a margem de riscos a sustentabilidade. Somos amplamente favoráveis ao aumento da produção, pois quando mais alimento produzido é tendência que seja igualmente mais rica a mesa do trabalhador, ou pelo menos, mais acessível sejam os bens essenciais a vida.
No entanto, produção de alimentos não significa a necessidade de colocar em risco demasiado a vida das pessoas que trabalham no campo, nem decretar a extinção de espécies nativas pela ofensa a qualquer regramento que imponha reserva legal e área de preservação permanente. É possível produzir mais e sustentavelmente nas mesmas áreas, inclusive com a recomposição das áreas degradadas e que deveriam compor aquele conjunto de bens voltados a preservação da vida humana e de espécies fundamentais para o equilíbrio e também para estudos científicos.
O motosserra deve ser aposentado, não há mais espaço para ele num mundo de racionalidade e sustentabilidade. Não é só ele. Repare bem que onde existe monocultura, sempre há um rico (ou mais) e muitas pessoas em situação de pobreza ou miserabilidade. Deixando muito explícito que existe uma apropriação legal ou não, de uma parcela de bens, sem retorno para a sociedade onde eles são produzidos. Não há sustentabilidade. O principal interessado é vítima desse sistema, ou alguém pensa diferente que essas agressões ao meio ambiente pode deixar ileso o ser humano? Que alguém anda se apropriando de bens considerados constitucionalmente como bem comum, sem qualquer contrapartida?
No caso da recomposição, nem sempre possível, a ideia de compensação parece razoável, mas ainda assim, temerosa. As áreas de compensação nem sempre terão as mesmas características ou espécies, ainda que sejam próximas. Volto a dizer, a ideia não é má e pode ser um interessante instrumento para que se promova uma política pública de meio ambiente. Sugiro, assim, que as áreas despovoadas ou apropriadas indevidamente sejam objeto da compensação, ou seja, que aqueles que desequilibraram o meio ambiente, sejam chamados a compensá-lo, com outra área e com a adoção de medidas de segurança para que o dano aos bens ambientais não se expandam. Em outras palavras, que a compensação não seja uma autorização em branco para que se atinja impunemente o meio ambiente e, portanto, todos nós, direta ou indiretamente.
Hilda Suzana Veiga Settineri
quinta-feira, 13 de junho de 2013
VIVA SANTO ANTÔNIO!
Oração para os NAMORADOS/AS
Meu grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos enamorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante, digno e alegre. Que eu encontre um amor que me agrade, seja trabalhador, virtuoso e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social. Que meu amor seja feliz e sem medidas. Que todos os enamorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.
Oração para OBTENÇÃO DE GRAÇAS
Glorioso Santo Antônio, que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me deste mesmo Jesus a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça).
Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os pecados de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido. Amém.
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ONÇA PINTADA
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