Por José Dirceu
Silêncio gritante: na cobertura da CPI mídia não fala de suas ligações com crime organizado
Há um assunto que ronda a CPI do Congresso sobre Carlinhos Cachoeira que praticamente não aparece na mídia tradicional, embora esteja bombando nas redes sociais: as trocas de informações e favores entre o grupo do empresário e veículos de imprensa, com destaque para a revista VEJA. A cortina de silêncio que a mídia mantém sobre o assunto é quebrada raramente.
A TV Record foi uma exceção quando tratou do tema de forma explícita, o que já destacamos aqui no blog (veja o programa). A Folha de S.Paulo intercalava longos silêncio com, vez ou outra, um registro do escândalo e das relações deste com a mídia. Ontem e hoje, ela trata diretamente do tema.
Antes a Folha reproduziu trechos de declarações do deputado Paulo Teixeira (SP), ex-líder do PT e membro da CPI, em que ele afirma que jornalistas cooptados pelo esquema Cachoeira deveriam ser ouvidos.
Matéria completa:
A mídia, a direita e o jornalismo de esgoto
Ao ler a Carta Capital que está nas bancas neste sábado sinto-me com a alma lavada. Não só pela capa, brilhante, que coloca a foto de Robert Civita com o título “Nosso Murdoch (vocês vão ver logo o porquê), mas pela profundidade e pertinência, pela forma inteligente como coloca o debate sobre a questão da mídia e do jornalismo no Brasil.
Começo por uma citação de Lorde Puttnam, membro do Partido Trabalhista inglês e que foi presidente da comissão do Parlamento que analisou a Lei de Comunicação de 2003. Não vou transcrever todo o artigo, publicado originalmente no The Observer, sob o título “Pelo bom jornalismo” , que merece ser lido por todos os que têm interesse no fortalecimento da democracia brasileira.
Lorde Puttnam escreve exatamente sobre como os políticos transformaram-se em reféns de uma mídia que, praticando um tipo de jornalismo de esgoto, graças à fragilidade da regulação e à tibieza dos próprios políticos, acabaram facilitando o trabalho de Murdoch e fortalecendo a direita.
Dois trechos do artigo de Lord Puttnam
Começo por uma citação de Lorde Puttnam, membro do Partido Trabalhista inglês e que foi presidente da comissão do Parlamento que analisou a Lei de Comunicação de 2003. Não vou transcrever todo o artigo, publicado originalmente no The Observer, sob o título “Pelo bom jornalismo” , que merece ser lido por todos os que têm interesse no fortalecimento da democracia brasileira.
Lorde Puttnam escreve exatamente sobre como os políticos transformaram-se em reféns de uma mídia que, praticando um tipo de jornalismo de esgoto, graças à fragilidade da regulação e à tibieza dos próprios políticos, acabaram facilitando o trabalho de Murdoch e fortalecendo a direita.
Dois trechos do artigo de Lord Puttnam
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