Alexandre Haubrich (texto, especial para Sul21) e Ramiro Furquim (fotos)
Organizado pelo Comitê Carlos de Ré, um ato no fim da tarde desta quinta-feira intensificou a luta por Memória, Verdade e Justiça. Entre gritos que exigiam punição aos torturadores e assassinos que agiram em nome da Ditadura Militar brasileira, jovens gaúchos de diversas organizações, especialmente da juventude do PT e do PSOL e do movimento Juntos, estiveram em frente à antiga sede do DOPS na rua Santo Antônio, em Porto Alegre. Foram cerca de duzentas pessoas mobilizadas e presentes.
O vereador Pedro Ruas, coordenador do Comitê Gaúcho, puxou a manifestação, sempre ao lado da também vereadora Fernanda Melchionna e do ex governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra. Foi Olívio quem colou no chão o primeiro dos cartazes que apontavam aquela rua como local de torturas durante a Ditadura. “Aqui, nessa rua, pessoas foram torturadas e mortas durante a Ditadura Militar no Brasil! Os assassinos estão livres. Exigimos punição!”, diziam os cartazes.
“Verás que um filho teu não foge à luta” era a frase que contornava a foto de Dilma Rousseff no cartaz mais presente entre os manifestantes. Não uma foto qualquer. A imagem que estava no centro dos cartazes era a famosa e representativa foto da Dilma presa política, não da Dilma presidenta.
As marcações e divulgação dos locais onde a Ditadura Militar e os agentes que atuaram sob ela cometeram seus maiores crimes já são uma tradição em outros países da América Latina, assim como o desagravo público a esses agentes. Com o avanço do debate em torno da Comissão da Verdade no Brasil, alguns movimentos sociais têm usado essa fórmula para chamar a atenção da população para a História de seus vizinhos, como aconteceu recentemente em atos que se espalharam pelo Brasil.
Veja mais fotos da mobilização, registradas pelo fotógrafo do Sul21 Ramiro Furquim:
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