segunda-feira, 31 de outubro de 2011
CPI do Sake contra Danielle Penha #blogmundofoz
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Blogueiros e Wikileaks unidos
Kristinn Hrafnsson do WikiLeak com os GUERRILHEIROS VIRTU@IS |
Hrafnsson contou a história do Wikileaks, falou sobre a “lacuna” que se formou no jornalismo nos últimos dez anos, da facilidade de manipulação da informação e a importância do Wikileaks para preencher essa lacuna com informações transparentes. Comentou o risco que a organização correu por trabalhar em conjunto com grandes veículos da mídia tradicional como New York Times e The Guardian e que, se pudessem começar novamente, teriam feito os acordos diretamente com jornalistas e não com as empresas de comunicação.
Finalizou dizendo que os blogueiros são parte fundamental neste novo processo da comunicação. E afirmou ainda que, futuramente, eles poderão ser colaboradores do Wikileaks. “Vocês blogueiros e nós do Wikileaks estamos de mãos dadas, em poucos anos o futuro será definido e nós precisamos fazê-lo com transparência”.
Ramonet alertou ainda sobre o fato de estarmos passando por um período de transformação na comunicação. “Se este debate estivesse acontecendo há cinco anos, nós estaríamos falando do MySpace, hoje estamos falando do fenômeno Twiiter, que provavelmente daqui há 5 anos já terá sido superado por algo mais interessante”.
Para fechar a mesa, o jornalista Luiz Nassif ressaltou o papel das novas mídias no Brasil: “A velha mídia espalha a intolerância. A construção do conhecimento pressupõe você abrir mão da propriedade da informação”, afirmou. Alertou ainda sobre o posicionamento da mídia tradicional brasileira, que não tem uma identidade própria e tenta seguir o modelo da mídia estadunidense.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A carta do PT e a carta de Foz
domingo, 23 de outubro de 2011
NÓS ELEGEMOS DILMA PRESIDENTA, NÃO CONFIAMOS NA MÍDIA
(...) Nós que elegemos a presidenta Dilma confiamos nela e nas suas decisões. Nós não confiamos, não acreditamos e não elegemos a mídia e muito menos a oposição.
Jussara Seixas
Matéria completa:
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com/2011/10/nos-elegemos-dilma-presidenta-nao.html
http://dilma13.blogspot.com/2011/10/nos-elegemos-dilma-presidenta-nao.html
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Seria cômico se não fosse trágico!
Era uma correria de fotógrafos e cinegrafistas, de jornalistas e assistentes de imagens de um lado para outro, todos suados e com as roupas em desalinho, tamanha correria, atrás da confirmação de que o prefeito Chico Galindo estaria visitando o local, para perguntar-lhe sobre a visita do JN no ar por nossa cidade.
Não, infelizmente a reportagem não era sobre alguma nova pesquisa científica, ou de procedimentos revolucionários em novos tipos de tratamento.
Tratava-se de retratar o caos que as administrações municipais (Cuiabá e Várzea Grande) e estadual da saúde de Mato Grosso permitiram que o atendimento de urgência destes municípios alcançasse.
Um total descaso ao nosso povo.
Populares afirmavam que o distinto prefeito estava no local e os jornalistas sedentos por um furo, não mediam esforços atrás do alcaide que não aparecia.
Muitos começaram a afirmar que o mesmo teria se evadido, escondido em um rabecão que foi visto deixando o local em velocidade.
A midia local teve que se conformar com a entrevista com o prefeito de Várzea Grande e esperar a matéria do JN!.
Galindo nem aparece no JN no ar, só o Tião da Zaeli.
Se quiser ver a reportagem que passou no JN clique aqui.
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
Veja as repercussões no Midia News:
"Tanto dinheiro sendo roubado...", diz paciente ao JN
Telejornal da Rede Globo exibiu caos no atendimento do Pronto Socorro de Várzea Grande
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MidiaNews/Divulgação
O Jornal Nacional mostrou o caos, fruto da incompetência administrativa, em Várzea Grande e Cuiabá
DA REDAÇÃOMato Grosso ganhou novamente as manchetes nacionais, nesta sexta-feira (21) à noite: o Jornal Nacional exibiu reportagem especial sobre o caos no atendimento médico no Pronto Socorro de Várzea Grande.
O principal noticiário da Rede Globo mostrou cenas deprimentes e dignas de um campo de concentração: pacientes feridos, espalhados pelos corredores, sem atendimento de qualidade.
A auxiliar de cozinha Carla de Arruda, que teve que levar uma cadeira ao PS de Várzea Grande para se acomodar, resumiu bem a situação: "A gente se sente um lixo. Porque tanto dinheiro sendo roubado e o sistema de saúde essa calamidade".
A situação no local já era ruim e piorou depois que o teto do PS de Cuiabá ruiu. Os pacientes da Capital tiveram que ser encaminhados para a cidade vizinha.
O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), admitiu que não tem condições de repassar dinheiro ao hospital. "O déficit mensal é de R$ 500 a R$ 600 mil por mês", disse.
Superlotado, Pronto-Socorro de VG não recebe pacientes
Por decisão da Justiça, casos de emergência irão para hospitais particulares
-
MidiaNews
Pronto-Socorro não poderá mais receber pacientes para internação, até regularizar sua situação
DA REDAÇÃOA Justiça determinou que os 54 pacientes internados no box de emergência do Pronto-Socorro de Várzea Grande sejam transferidos para hospitais da cidade e da Capital, independentemente de serem conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A liminar foi concedida ao Ministério Público Estadual (MPE), autor do pedido, por meio da Promotoria de Justiça da Cidade Industrial.
Na decisão, proferida na quinta-feira (20) pelo juiz Jones Gattass Dias, o Estado também ficou proibido de promover novas transferências de pacientes para o Pronto-Socorro, até que o atendimento na unidade seja normalizado, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Na ação, o promotor Rodrigo de Araújo afirma que, desde o fechamento das portas do Pronto-Socorro de Cuiabá, as transferências de pacientes para o Pronto-Socorro de Várzea Grande estão ocorrendo, sem que houvesse qualquer planejamento para acomodação e atendimento dessas pessoas.
"Se não bastasse a transferência dos pacientes de Cuiabá, todos os enfermos que chegam do interior do Estado, e de outros Estados, estão sendo encaminhados diretamente para o Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Várzea Grande, o que já atingiu o seu limite de funcionamento e não suportará a demanda", ressaltou o representante do Ministério Público.
O promotor afirmou ainda que o impacto financeiro causado ao Pronto-Socorro com essas internações desordenadas não está sendo considerado pelos gestores públicos de Cuiabá e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Além disso, ele ressaltou que a unidade de Saúde passa por sérios problemas de ordem financeira, uma vez que os recursos destinados à Fundação de Saúde de Várzea Grande, instituição mantenedora do Pronto-Socorro, não estão sendo repassados pelo Estado regularmente.
"Em virtude da falta de recursos na unidade, existem sérias denúncias já em investigação na Promotoria de Justiça de que médicos e funcionários estariam com seus salários atrasados, bem como que pacientes e funcionários estariam fazendo uma espécie de 'cota' para a aquisição de materiais e insumos mais simples, como medicamentos e faixas", disse.
sábado, 22 de outubro de 2011
O Brasil se preparou para uma festa.
Com o rádio colado no ouvido juntaram-se milhões à aqueles que testemunharam o instante em que a lágrima desceu aos olhos.
O gosto amargo da derrota em solo pátrio não se desfez nem mesmo depois de conquistarmos o mundo com o campeonato, o bi, o tri, o tetra e o pentacampeonato mundial de futebol.
Somos uma potência nesse esporte bretão.
Lutamos várias vezes para ganhar o direito de sediar novamente a competição internacional.
A instabilidade econômica e a pouca credibilidade internacional não nos permitiram.
No governo anterior ao do Presidente Lula foi tentado sem sucesso.
Tudo isso viria a mudar com um governo petista.
Retomou-se a credibilidade, houve o crescimento econômico e como num passe de mágica tudo aquilo que parecia impossível está acontecendo: Copa do Mundo, depois Olimpíada.
De novo estamos com os rádios colados aos ouvidos, com os olhos fixos na TV ou navegando na web festejando a essa conquista de um governo petista.
O governo de Lula e agora o de Dilma criaram fontes de financiamento público para que, não apenas estádios fossem construídos.
Em todo o país existem obras sendo executadas.
Em todas elas, independente do discurso que faça o governo local, tem a dinheiro público que se deve a ação política do governo petista.
O trabalho dos governos petistas em todo o Brasil não é apenas fazer obras, fazer crescer cidades e Estados, mas de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Todas essas obras que estão sendo financiadas se destinam a isso.
Quando não está sendo cumpridas essas premissas, a sociedade deve denunciar exigir mudanças e, sobretudo, transparência nos atos da administração pública.
Esses megaeventos são oportunidades de se implantar reformas que se adiavam desde muito tempo, mas não devem parar por ai.
É preciso que haja o comprometimento dos governos locais para que bens públicos sejam o primeiro instante da efetivação das políticas públicas de acesso, de dignificação da pessoa humana e ressignificação do desenvolvimento.
A sociedade deve informar-se e participar tendo em vista que são financiamentos, portanto, devem ser pagos. Fundo perdido é apenas uma parcela, mesmo assim é dinheiro de nossos impostos, portanto, tem que ser bem aplicado.
Exige-se a eficiência na destinação, execução e entrega dos bens a sociedade para que não seja apenas mais uma conta a ser paga, mas sem significado de melhoria da qualidade de vida.
É hora de estarmos com os rádios colados ao ouvido, olhos na TV e navegar na web divulgando e fiscalizando todos os atos que precedem a Copa de 2014, para que a lágrima que caiu em 1950, por causa da perda da competição, não venha a se fazer presente, agora por outros motivos: incompetência, improbidade, negligência, entre outros, devido a governos locais fracos, descompromissados e incompetentes.
Hilda Suzana Veiga Settineri
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Alternativas para um Mundo em Crise e uma Mídia em Crise
Superlotado, Pronto-Socorro de VG não recebe pacientes
Por decisão da Justiça, casos de emergência irão para hospitais particulares
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MidiaNews
Pronto-Socorro não poderá mais receber pacientes para internação, até regularizar sua situação
DA REDAÇÃOA Justiça determinou que os 54 pacientes internados no box de emergência do Pronto-Socorro de Várzea Grande sejam transferidos para hospitais da cidade e da Capital, independentemente de serem conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A liminar foi concedida ao Ministério Público Estadual (MPE), autor do pedido, por meio da Promotoria de Justiça da Cidade Industrial.
Na decisão, proferida na quinta-feira (20) pelo juiz Jones Gattass Dias, o Estado também ficou proibido de promover novas transferências de pacientes para o Pronto-Socorro, até que o atendimento na unidade seja normalizado, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Na ação, o promotor Rodrigo de Araújo afirma que, desde o fechamento das portas do Pronto-Socorro de Cuiabá, as transferências de pacientes para o Pronto-Socorro de Várzea Grande estão ocorrendo, sem que houvesse qualquer planejamento para acomodação e atendimento dessas pessoas.
"Se não bastasse a transferência dos pacientes de Cuiabá, todos os enfermos que chegam do interior do Estado, e de outros Estados, estão sendo encaminhados diretamente para o Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Várzea Grande, o que já atingiu o seu limite de funcionamento e não suportará a demanda", ressaltou o representante do Ministério Público.
O promotor afirmou ainda que o impacto financeiro causado ao Pronto-Socorro com essas internações desordenadas não está sendo considerado pelos gestores públicos de Cuiabá e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
PESCADO DO MIDIA NEWS, POR HILDASUZANA
Além disso, ele ressaltou que a unidade de Saúde passa por sérios problemas de ordem financeira, uma vez que os recursos destinados à Fundação de Saúde de Várzea Grande, instituição mantenedora do Pronto-Socorro, não estão sendo repassados pelo Estado regularmente.
"Em virtude da falta de recursos na unidade, existem sérias denúncias já em investigação na Promotoria de Justiça de que médicos e funcionários estariam com seus salários atrasados, bem como que pacientes e funcionários estariam fazendo uma espécie de 'cota' para a aquisição de materiais e insumos mais simples, como medicamentos e faixas", disse.
Pais e professores devem ficar atentos com enxaqueca infantil
Rosângela Cadidé
As dores de cabeça e enxaquecas estão entre as reclamações infantis mais comuns e, mesmo assim, o problema não tem recebido a devida atenção por parte de alguns pais, pois veem as enxaquecas como um problema exclusivo da idade adulta; e, como muitas crianças reclamam de dores de cabeça durante o ano escolar, os pais muitas vezes acham que elas estão apenas exagerando nos sintomas para não ir à escola. Vale ressaltar que as queixas não devem ser ignoradas, pois pesquisas revelam que cerca de 50% das crianças em idade escolar das séries iniciais do ensino fundamental I, já sofreram ou sofrem de enxaquecas (dores de cabeça repetidas acompanhadas por outros sintomas).
Durante a enxaqueca, diversas mudanças ocorrem no cérebro, causando dilatação de vasos sanguíneos, dor aguda, maior sensibilidade a luz, sons e cheiros, náuseas e vômitos entre outros... Normalmente, a enxaqueca infantil é classificada como Sinusite por alguns pediatras.
Para complicar ainda mais, algumas vezes, as enxaquecas pediátricas não envolvem dores de cabeça. Em vez disso, a criança pode sentir dores abdominais, náuseas ou vertigens. Frequentemente, os pais passam “maus bocados” ao tentar distinguir se as dores de cabeça são reais ou se fazem parte do imaginário da criança. Esse dilema, eu como professora pude constatar neste semestre, em que um dos meus alunos do 3º ano do ensino fundamental I de repente começou a reclamar com frequência, dizendo que estava com uma dor forte do lado direito da cabeça. Outra hora reclamava que o estômago estava ruim com vontade de vomitar ou tonto.
Achei estranho e comuniquei à mãe que o levou ao pediatra. Fez diversos exames e nada aparecia nos resultados. A criança continuava reclamando das fortes dores de cabeça. Mesmo assim, como é um aluno participativo, fazia as atividades de sala de aula. Mas, como o pediatra não deu nenhum diagnóstico preciso, a primeira reação da mãe foi a de pensar que ele estava inventando para não ir para escola e até comentou este fato comigo.
Discordei da mãe, informando que normalmente quando os outros alunos diziam sentir dores de cabeça como pretexto para não estudar não produzia nada em sala de aula, mas ao chegar o horário das atividades recreativas as dores rapidamente desapareciam. Já com ele, era diferente, pois ao vir para escola não mudou sua rotina em sala de aula, fazia todas as atividades apesar de ver que ele não estava bem. Mesmo assim insistia em querer fazer tudo. No entanto, no horário do recreio onde sempre adorava jogar bola, ficava quieto e isolado de todos os colegas. Pedi à mãe que analisasse a situação com cuidado e procurasse um neurologista, pois pensava que poderia ser enxaqueca, porém, a mãe dizia que isso era coisa de adulto e tinha feito vários exames e não tinham dado nada.
Finalmente, a mãe, vendo que a cada dia a situação piorava, procurou um neurologista (especializado em adulto), pois não temos especialistas em enxaquecas infantis. Mesmo assim, com o tratamento voltou a sua rotina diária com as dores de cabeça sob controle. Foram alguns meses de sofrimento (que mudaram drasticamente a vida da criança), de muitas preocupações por parte da família e inclusive minha (por ser sua professora), pois não é fácil ver uma criança sofrendo e não poder fazer nada. Assim, é necessário tanto os pais quanto nós professores, que estamos presentes em boa parte da rotina diária da criança, observarmos com mais atenção, principalmente se há reclamações de dor de cabeça com muita frequência.
Atenção pais! Os pequenos podem, sim, sofrer desse mal. Portanto, por ter passado por essa experiência, recomendo em primeiro lugar acreditar nas reclamações da criança e logo em seguida procurar ajuda médica para não ver agravada a situação.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas (CEAM) e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
ATENÇÃO DILMA!
O que se espera é uma reação vigorosa da Presidenta Dilma, já que somente ela pode acabar com esta coisa maldosa e desonesta da oposição e do PIG. A Presidenta não pode dar ouvidos, não pode se deixar manipular pela oposição que utiliza principalmente a VEJA, a mais venal das publicações golpistas.
Quanto a nós, blogueiros progressistas, precisamos permanecer firmes em nossas trincheiras de luta, porque somos e seremos cada dia mais lidos, somos formadores de opinião. Se ainda não temos o alcance de uma massa significativa do povo brasileiro, por outro lado, formamos a opinião de milhares que pensam por si próprios, que não se deixam manipular pela globalização colonialista.
CADÊ AS PROVAS, JOÃO DIAS FERREIRA?
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Chuva desanima concentração de indignados em SP
Na capital paulista, apenas 70 pessoas participaram do movimento "Democracia Real Já", inspirado no movimento "Ocupe Wall Street", realizado hoje em mais de 950 cidades de 82 países de todo o mundo
Por Agência Estado
(GUERRILHEIROS VIRTU@IS: inspirado na atítese do movimento 'occupy wall street'. O movimento lá defende causas sociais)
15 de Outubro de 2011 às 13:27
A chuva deste sábado desanimou a concentração do movimento "Democracia Real Já", reunindo apenas 70 pessoas no final da manhã, no Largo São Bento, na capital paulista. O movimento, formado por indignados que protestam por uma democracia real e pelo fim da ganância corporativa, está sendo realizado hoje em mais de 950 cidades de 82 países de todo o mundo e foi inspirado no movimento "Ocupe Wall Street", iniciado em Nova York (EUA), e na tomada da praça Puerta del Sol, em maio, em Madri. Apesar do baixo número de manifestantes em São Paulo, Pedro Fuentes, um dos integrantes do movimento, acredita que hoje "é apenas o ponta pé inicial". A ideia é que o grupo acampe no Vale do Anhangabaú e realize oficinas temáticas e atividades artísticas e culturais.
De acordo com Pedro Fuentes, a causa não é partidária, embora ele também seja secretário de Relações Internacionais do PSol. "O capitalismo está se esgotando e o mundo está mudando. Só não sabemos ainda para onde vamos", afirmou. "Hoje, no Brasil, o movimento ainda é pequeno, mas no mundo é muito forte e aqui ele também vai crescer." Em São Paulo, os protestos tem um amplo leque de reivindicações, desde a legalização da maconha e do aborto, passando pelo aumento dos investimentos em Educação, até o 'fora Ricardo Teixeira', presidente da CBF.
De acordo com Maíra Tavares Mendes, professora da rede de cursinhos populares Emancipa, cerca de 200 pessoas devem acampar nesta noite no Vale do Anhangabaú. "Ainda não dá para falar em primavera brasileira", disse ela, reconhecendo que a boa situação econômica do País não atrai tantos indignados, como vem ocorrendo em alguns países da Europa, como Grécia e Espanha, e nos Estados Unidos. "O que une nosso movimento, no Brasil ao restante do mundo, é a rejeição ao neoliberalismo. Além disso, o atual regime político não nos representa."
Maíra Tavares admitiu, porém, que ainda não vê uma alternativa ao sistema capitalista. "Essa alternativa ainda precisa ser construída. Não existe ainda, porém, está surgindo."
Pescado do Brasil 247
GUERRILHEIROS VIRTU@IS:
PSOL, Ponta de Lança da DIREITA!
Enquanto o mundo vê aflorar em mais de 80 países movimentos indignados contra as políticas neoliberais que privilegiam os "de sempre"- aqueles mesmos que sempre foram contra a intervenção do Estado na economia - e que agora se colocam como 'coitadinhos' precisando de auxílio imediato sob a pena de quebrar seus países.
Estes cidadãos com seus estados lacaios - igual àquele que inventou o PROER - querendo despejar em quem causou a própria crise o pouco dinheiro que conseguem alcançar em troca de cortes em programas sociais dos mais diversos países, se negando a permitir perda de direitos trabalhistas duramente alcançados e/ou benefícios sociais na aposentadoria mais do que justos se manifestam nas ruas e nas praças nesta que pode ser a "crise final do capitalismo"!
Ao mesmo tempo no Brasil, aliados ao que há de mais 'capitalista' de nosso estado, completamente oposicionista ao governo brasileiro que, em nenhum momento, cogitou a famigerada palavra-de-ordem de 'apertar os cintos!
É ao lado de 'Cansei's, de DEMos, de PSDBs e de nossa imprensa boquirrota que o PSOL busca mais uma forma de tentar causar desestabilidade.
E os jornalões, escritos, falados e televisados acompanham a onda igualando o pseudo movimento - ínfimo - às grandiosas manifestações mundo afora!
Lá eles são contra todos os cortes nos orçamentos sociais, são contra o desemprego que assola a população jovem, são contras os apoios financeiros às instituições financeiras - tão ao gosto do FHC - que aqui não tem parametros de comparação.
Lula e Dilma já falaram que a crise no mundo não é econômica, mas sim política!
É este sistema secular que não consegue mais se revitalizar. Nas palavras do Manifesto de 1848 - "Cada crise destrói regularmente não só uma parte considerável dos produtos já criados, mas ainda uma grande parte das próprias forças produtivas já existentes. Durante as crises, abate-se sobre a sociedade uma epidemia que, em qualquer época anterior pareceria absurda - a epidemia da superprodução. A sociedade encontra-se subitamente retrotraída a um estado de barbárie momentânea: dir-se-ia que a fome, que uma guerra devastadora mundial a privaram de todos os meios de subsistência; a indústria e o comércio parecem aniquilados. E tudo isto porquê? Porque a sociedade possui demasiada civilização, demasiados meios de vida, demasiada industria, demasiado comércio. As forças produtivas de que dispõe não servem já o desenvolvimento da civilização burguesa e das relações de produção burguesas; pelo contrário, tornaram-se demasiado poderosas para estas relações, que constituem um obstáculo ao seu desenvolvimento; e todas as vezes que as forças produtivas sociais vencem este obstáculo, precipitam na desordem toda a sociedade burguesa e ameaçam a existência da propriedade burguesa. As relações burguesas tornaram-se demasiado estreitas para conter as riquezas criadas no seu seio. Como é que a burguesia vence estas crises? Por um lado, destruindo pela violência uma grande quantidade de forças produtivas, por outro lado, pela conquista de novos mercados e pela exploração mais intensa dos antigos. A que conduz isto? A preparar crises mais gerais e mais violentas e a diminuir os meios de preveni-las."
Caminha o mundo célere para uma nova ordem, para a derrocada do mercado sem peias que foi cantada em verso e prosa pelos capitalistas e seus aliados (até PSOL?).
Não digo que tenhamos a fórmula certa, mas certamente não é a dos movimentos pseudo-democráticos que tentam ocupar algum espaço em nossas mídias: "Occupy Wall Street" não se compara com o pretenso movimento 'livre de partidos' (com partidos por trás) que se apresentam!
Por fim - e não menos importante - deixo minha (do Milton e Fernando Brant) UTOPIA!
UTOPIA
Milton Nascimento e Fernando Brant
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso,um dia se realizar
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
DIA DO PROFESSOR
Hoje, com todo o direito, professor e professora recebem os parabéns.
Sei que cada um gostaria de algo mais. Todos desejam uma valorização da profissão.
Nem o mais conservador político da direita, nem aquele que tem se especializado em se equilibrar para não tomar posição, se escusa em reconhecer a necessidade de melhorar a remuneração, as condições de trabalho e a formação continuada.
O que difere uns e outros não são exatamente as palavras, mas as ações que diariamente são exercitadas.
Não tenho vergonha nenhuma de dizer que sempre estive ao lado do trabalhador, afinal sou uma delas.
O que tem intrigado as pessoas é como uma profissão como essa atrai tanta gente, mas ninguém se apercebe do significado pessoal que tem o ato de ensinar.
Aqueles sinais sinuosos que ninguém entende e o professor vê nele significados e que mais tarde, com muito esforço, serão desvelados ao mundo.
Já disseram que professor não é propriamente uma profissão, mas, um sacerdócio.
Algo que apenas aqueles que têm profunda devoção são capazes de dedicar uma vida inteira, ainda que existam muitas dificuldades e lhes ofereçam outros caminhos menos íngremes.
Ninguém, absolutamente ninguém sabe a alegria que se tem passados anos, aquela criancinha ou jovenzinho gritar: “Professor! Professor”.
E, incrédulo vê diante de si um profissional vitorioso, muitas vezes, um político, se bem que esses têm lapsos convenientes de memória.
Alguém me disse que eles são dotados de memória seletiva: lembram apenas aquilo que lhes interessa, no momento certo. Esquece esses. Não vale a pena.
Bem poderia escrever algumas páginas. Tive bons professores.
Não é o momento. Queria apenas deixar registrado nessas poucas linhas, a admiração e o agradecimento na pessoa de meus professores, toda a categoria.
Hilda Suzana Veiga Settineri - Professora de Educação Infantil, Especial e Psico-pedagoga.
Clara Nunes - Meus tempos de Criança de Ataulfo Alves
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Por que o PT esta sumindo do mapa.
O Partido dos Trabalhadores após a eleição do presidente Lula fez que o mundo visse o Brasil crescer, e o povo reconhecer o trabalho do Lula que elegeu a sucessora um feito impensado pelos adversários e os analistas políticos de plantão.
Essa vitória foi reflexo de sucessivas lutas de embates eleitorais anteriores somada ao excelente desempenho do presidente Lula, ficou claro isso. Para nossa felicidade a presidenta Dilma Roussef da continuidade a ele. A salvação do PT por hora.
Não entendo o presidente do PT municipal de Cuiabá por dois motivos: Primeiro não vejo empenho dele para que o partido tenha candidatura própria para prefeito da capital onde certamente serviria de exemplo a outras cidades menores.
O segundo ponto é mais complicado que o primeiro, sentir que o dirigente vem empenhando para fazer alianças com outros partidos sem nenhum critério político que reverteria à situação atual do partido na capital.
Considero isso traição e crime contra a vontade popular, todos avaliam positivamente o mandato presidencial do PT, com Lula e agora Dilma. O povo não entende o porquê parte dos dirigentes do PT nega a eles o direito da escolha de um prefeito genuinamente petista para Cuiabá, então sugerimos candidatura própria já.
Quando alguém pergunta o que esta acontecendo com o PT daqui? E porque o presidente municipal não quer candidatura própria? Temos-nos que responder, perdoe-os ele não sabe o que faz. Na capital mato-grossense a discussão interna esta atrasada e muito, pois o DM não reúne para discutir estratégias eleitorais que é um dos motivos da existência de um partido político participar de eleições.
Aqui como em outros lugares onde ainda não esta definida a candidatura própria embora tendo nome já colocado a disposição do PT o diretório não se posiciona. O presidente omite e às vezes nega o obvio.
Companheiros e companheiras o PT nasceu da diversidade e é com ela que devemos seguir. Foi de eleição em eleição que conseguimos eleger um operário para dirigir essa imensa nação, deu certo porque não continuar.
Nós só tornamos um partido forte porque ousamos, tivemos candidatos para todos os cargos majoritários e nas condições mais adversa possível.
Entendemos que a presidência da republica é a cabeça da nação, os governadores dos estados, senadores e deputado federal é o tronco, então os membros são os prefeitos e os vereadores, nesse caso o PT vai ficar sem mãos e pernas não tendo candidatura própria a prefeito das capitais dificilmente elegerá vereadores.
Dirigentes acordem veja os nossos adversários copiaram as nossa táticas. Lançando candidatos a tudo, nós já fizemos isso num passado bem próximo eles repetem no presente o que nós descobrimos.
Com o proceder dúbio da direção só nos resta esperar e oferecer na hora certa aos adversários o que temos de mais precioso no momento, o prestigio dos mandatos presidenciais passado e presente servindo de palanque para os inimigos do povo é isso?
Plagiando o companheiro Pignati digo “abra o olho” companheiro presidente e diga logo que vamos ter candidatura própria para prefeito de Cuiabá e outras cidades que o PT estiver minimamente organizado.
Senão eu vou ter duvidas quanto à lisura da conduta do presidente do PT municipal que eu confesso parece ser honesto, e tem que ser honesto também com o PT.
Digo isso para justificar uma constatação o PT esta sumindo do mapa eleitoral nas grandes e pequenas cidades por não ter candidaturas a prefeitos nas grandes cidades e algumas capitais.
De quem a culpa? Lendo com atenção vem à constatação, a ausência de reuniões, às alianças forçadas para beneficiar este ou aquele candidato a proporcionais são sem duvidas os ingredientes que colaboram com o sumiço do PT no mapa eleitoral.
O pior de isso o PT vem fortalecendo os inimigos do povo, onde não temos candidaturas para prefeitos isso fica evidente.
Urbano Ribeiro dos Reis INDIO do PT
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
DIA DAS CRIANÇAS
Dia das Crianças.
Grande novidade, diria alguém.
Como mãe, educadora e cidadã política, entendo que, na minha cidade, hoje as crianças deveriam estar mais felizes.
Afinal, vamos sediar a Copa do Mundo em 2014 e maravilhas estão sendo feitas...
Toda criança tem direito ao esporte e ao lazer porque essas atividades melhoram a sua condição para o aprendizado e são medidas profiláticas para a manutenção da saúde.
Cada bairro deveria ter sua quadra de esportes e praça cuidada com muito esmero, pois, contribuem para o exercício da cidadania.
Não vou culpar essa entidade camaleônica que transmuta-se mas, preserva seus elementos.
Sei que não é somente deles a responsabilidade.
Na capital existem a Secretaria de Estado e a Secretaria Municipal e já faz muito tempo que se definiu a sede para que não se tenha nenhum programa efetivo de formação, de ocupação das praças, centros esportivos.
Ando pela cidade e, não são raras, as situações de praças abandonadas ou em condições precárias.
Os equipamentos esportivos estão sendo corroídos pelo tempo e pela falta de manutenção.
Eu queria que as crianças tivessem motivos para estarem alegres.
Não me venham dizer da ausência de recursos para essas atividades.
Afinal, a principal função do Poder Público é prover de meios a sociedade para a melhoria da qualidade de vida.
12 de outubro deve ter recuperado seu significado, porque restaurando-o, se traz de novo a baila a esperança que pode se materializar naquele sorriso lindo de uma criança feliz.
Assim, como mãe, educadora e cidadã política concito todos a exigir ao que seja realmente um legado para toda a vida dessas crianças de hoje e de amanhã.
Peçamos programas permanentes, não esses campeonatinhos, essas festinhas que duram algum tempo e depois caem no esquecimento durante o restante do ano.
Se estas autoridades não possuem competência, e, se possuem demonstrem imediatamente, tenham a sensibilidade de desocuparem a cadeira e.
Tenho certeza que nesta cidade existem pessoas qualificadas para fazer um trabalho que resgate a auto-estima e o prazer de viver.
Acredito que podem dar esse presente as crianças Cuiabanas.
Pensem nisso.
Hilda Suzana Veiga Settineri
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Uma sociedade que cria monstros
São três horas da manhã e eu perdi o sono, apesar de o meu filho estar dormindo no quarto ao lado. Neste momento, aqui em Cuiabá, uma amiga e ex-colega de trabalho, Cleide Oliveira,provavelmente também esteja dormindo com o filho por perto, ele que conseguiu sobreviver a um espancamento bárbaro na cidade de Lucas do Rio Verde.
Neste momento, em Diamantino, uma ex-colega de faculdade não deve estar dormindo e, se estiver, é provável que seja sob efeito de medicamentos. O filho dela não resistiu a tiros desferidos na saída de uma boate e morreu.
Sobre o primeiro caso, eu soube depois de um mês do ocorrido. Minha amiga havia enviado e-mails aos conhecidos, mas eu apaguei sem ler, temendo ser vírus, por causa do título da mensagem. Ela deve ter pensado que eu, como boa parte da imprensa, consideramos o caso irrelevante, pois a violência está tão comum e banal que, noticiá-la, em meio a casos mais graves, não seria necessário.
Heitor é estudante de Medicina e foi, a convite de um amigo do interior, para uma dessas feiras agropecuárias em que, em meio a negócios lucrativos, centenas de pessoas desfilam de botas e chapéus, copiando o modelo caubói dos EUA.
Heitor é estudioso, concentrado (típico de um estudante que consegue aprovação em Medicina numa universidade federal) e não gosta de festas desse tipo, mas foi aconselhado pela mãe: vá se distrair um pouco, você estuda demais.
Lá na feira, um jovem esbarrou nele que reagiu dizendo: "Presta atenção, cara!". Pronto, foi tudo o que o outro precisava para juntar sua gangue de filhinhos de papai e espancar o estudante violentamente. O motivo? Ninguém sabe.
Por que Heitor era de fora? Por que tem a pele morena? A polícia não deu ênfase ao caso, ninguém foi preso e a imprensa nem se abalou. O estudante, sangrando, foi até a rodoviária com um saco de gelo na cabeça, certamente embasado em conhecimentos da Medicina.
Chegou a Cuiabá e ligou para o pai que o levou ao hospital. Fratura no crânio. Muitos pontos e pinos na cabeça e uma imensa cicatriz. Eu vi o estudante, vi as radiografias e ouvi o relato da mãe que passou muitas noites sem dormir.
Luis Fernando, de Diamantino, eu conheci criança. Soube por meus sobrinhos, da idade dele, que Luis também era estudante da UFMT, de Educação Física, e que era um menino educado e "gente boa".
Houve uma briga numa boate, que meus sobrinhos e outros filhos de amigos e conhecidos de Diamantino também frequentam.
Luis Fernando teria tentado apartar a briga, pois um dos envolvidos era amigo dele. Os seguranças do local expulsaram o jovem causador da confusão por causa de uma paquera, segundo infomações. Ele foi embora com o irmão que (em depoimento dado à polícia) não gostou da expulsão e foi buscar um revólver.
Na saída da boate, o rapaz desferiu tiros que acertaram o amigo de Luis Fernando, Maiko, da cidade de Nobres (morreu imediatamente) e o próprio Luis, que foi levado ao hospital de Diamantino, depois transferido para Cuiabá e não resistiu (morreu um dia depois).
Esses dois casos são emblemáticos para mim, pois envolvem pessoas conhecidas. Mas há inúmeros casos semelhantes a esses todos os dias, em todos os lugares. Onde estão os culpados?
Os de Lucas do Rio Verde nem foram identificados, provavelmente por serem ricos. Os de Diamantino são pobres e estão na cadeia, que pode ser chamada de pós-graduação para bandidos. Serão julgados, provavelmente presos e, um dia, soltos.
Perdi o sono porque também sou mãe. E porque neste momento penso que também somos culpados e que precisamos avaliar não só a consequência, mas o que está gerando esse tipo de comportamento generalizado nos jovens.
Por que somos também culpados? Por que aderimos, sem refletir, a um modelo de sociedade em que o valor supremo é o dinheiro e o consumo. Cada vez mais. Nossas escolas, por exemplo, estão fracassando porque um professor, tão desvalorizado, nem sempre consegue inspirar seus alunos a buscarem sucesso nos estudos e a produzirem um conhecimento em que o aspecto econômico da profissão seja apenas um, dentre outros.
E porque, entre outras coisas graves, muitos dos políticos que elegemos (e que se candidatam porque têm dinheiro e são populares, com raras exceções) não estão interessados em mudar o rumo das coisas na educação.
Alguns poderão dizer: está faltando Deus. Sim, está faltando Deus, mas um Deus que inspire as pessoas a desenvolverem sua espiritualidade e a se conectar com o divino que não está lá no alto, mas dentro de cada um, inclusive dentro do próximo.
Não um Deus pregado em igrejas e templos em que alguns padres e pastores estão, na aparência, reproduzindo um discurso baseado em dogmas e, no fundo, alimentando instituições milionárias cada vez mais poderosas e com uma influência política enorme.
Outros poderão dizer: está faltando disciplina. Sim, mas não uma disciplina baseada no "eu mando e você obedece e ponto final". Uma disciplina baseada em argumentos de bom senso em que as regras estabelecidas sejam fruto do debate, da experiência dos mais vividos, da consciência sobre a real produção dessas regras e, principalmente, da finalidade delas.
Há quem diga que com criança não funciona assim. Discordo. Crianças que aprendem a dialogar desde cedo, aprendem a argumentar e a exigir explicações plausíveis. Crianças educadas a base de surras e espancamento, provavelmente desenvolverão algum tipo de reação violenta diante de circunstâncias hostis, ou em momentos da chamada "cabeça quente."
Eu diria que o está faltando na vida das pessoas é a Arte e uma educação para a sensibilidade, para o cuidado com as coisas divinas como a natureza, inclusive a humana. Está faltando nas pessoas valorizar mais a felicidade, a justiça, a honra à palavra empenhada e menos o dinheiro e o status social.
Os jovens são impulsivos e agem sem pensar. Uns agridem e matam porque a vida, para eles, não é nada. Matei, e daí? Outros, também jovens e impulsivos, mas incapazes de atos de violência contra o próximo, estão vulneráveis, correndo riscos e, provavelmente, sentindo-se inseguros diante do futuro.
Outro dia, a presidente Dilma apresentou um projeto para o barateamento do livro, na tentativa de melhorar a educação neste país.
Sinto muito, presidente, mas o problema não está no preço do livro, embora seja muito bom que ele seja barateado. Está na cultura. Enquanto as pessoas considerarem mais importante comprar um par de botas e um chapéu para desfilar numa feira ou um celular da hora para impressionar, em vez de um livro para ampliar seu conhecimento; enquanto "ter" for mais importante do que "ser" num contexto em que as diferenças econômicas se acentuam, nenhum programa dará certo e a violência aumentará.
O mundo está doente. Por isso perco o sono, mesmo sob a sensação de uma relativa segurança e mesmo com a certeza de que meu filho está dormindo no quarto ao lado.
Perco o sono, por que penso na dor das ex-colegas, penso na dor coletiva e penso que a doença é coletiva. Cleide viveu um inferno, mas o filho, hoje, passa bem e voltou a estudar. Lorena e Evandro, dentro de algumas horas, em Diamantino, terão de enterrar o filho primogênito.
Enquanto isso, daqui a pouco, o sol vai aparecer e será mais um dia e esta sociedade continuará a fabricar monstros que não valorizam a vida.
Não sei o que dizer ao pai e à mãe do Luis Fernando, aos amigos, aos jovens, às autoridades, à imprensa. Mas sei o que eu jamais diria: "conformem-se, Deus quis assim".
Esse discurso talvez seja do diabo e as pessoas o reproduzam inocentemente, na tentativa de consolo. Mas para mim não serve. Não por causa da morte em si, pois é o destino de todos nós e talvez seja algo muito melhor do que possamos imaginar.
Mas, por causa da vida, justamente essa que estamos vivendo.
MARTA HELENA COCCO é escritora e professora de Literatura da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
GUERRILHEIRA SUZANA: Há muito a ser feito em Cuiabá e no Mato Grosso!
A Cultura da Paz me parece esquecida por estas paragens:
Em vez de ódio, semeemos o amor;
em vez da intolerância, cultivemos a compreensão e o carinho;
em vez da 'valentia' das armas, a sensatez do diálogo;
em vez do individualismo, o companherismo;
em vez da solidão do 'sempre certo', a solidariedade dos justos!
Texto inicial pescado do Mídia News.
Foto pescada do blog de Marta Helena Cocco.
NOITE CELEBRATIVA - 40 ANOS DA CARTA DE DOM PEDRO CASALDÁLIGA
GUERRILHEIROS VIRTU@IS participaram das homenagens ao 40º aniversário da Carta Pastoral de Pedro Casaldáliga. Segundo o Centro Burnier:
Há 40 anos, no dia 10 de outubro de 1971, um padre prestes a ser bispo pensou no que poderia apresentar na cerimônia de posse, realizada dia 23 do mesmo mês do mesmo ano, que fosse transformador.
Era Dom Pedro Casaldáliga, ainda aos 43 anos, que, pelo trabalho em favor dos direitos humanos e pelo direito a terra, hoje tem projeção internacional.
Resolveu aquele padre apresentar uma carta que desse conta de localizar geopoliticamente a região onde milita; mostrar como as coisas funcionam nos rincões do país, quem manda, quem é mandado; de retratar o homem do campo, esse ser forte, explorado; que denunciasse o latifúndio, o trabalho escravo; que tirasse esses problemas da invisibilidade.
A carta “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”, apresentada por ele, não só expõe esse cenário, como também conclama a igreja a sair de sua centralidade eurocêntrica e atuar nesses rincões, contra tais mazelas e outras.
Foi a primeira vez que se falou claramente em latifúndio, em trabalho escravo, em pistolagem.
Para além disso, trata-se de um documento muito bem escrito, com beleza literária e rigor de informações sociológicas. Leia aqui.
GUERRILHEIROS VIRTU@IS: Poema e música de Dom Pedro:
TROVAS AO CRISTO LIBERTADOR
Olhar ressucitado, todo o teu corpo
acompanhando a marcha lenta do povo.
Todo tu debruçado, como um caminho,
traçando em tua Carne nosso destino.
No azul do Araguaia os roxos medos,
no sol de tua glória nossos direitos.
Sangue vivo no verde das índias matas,
faixas gritando viva a Esperança!
Viva a esperança! Viva a esperança!
Procissão de oprimidos, rezando as lutas,
e Tu, Círio de Páscoa, flor de aleluias.
Páscoa nossa imolada, em Ti enxertamos,
como tu perseguidos, por Ti triunfamos.
Libertador, vencido, vencendo tudo.
Companheiro dos pobres, donos do mundo.
Viva a esperança! Viva a esperança!
Guerrilheiro do Reino, maior guerrilha.
Tua cruz empunhamos em prol da vida.
Nossos mortos retornam, com nossos passos
em teu Corpo vivente, ressuscitados.
Em Ti, cabeça nossa, Libertador,
libertos, libertando, erguemo-nos.
GUERRILHEIROS VIRTU@IS: Dom Pedro Casaldáliga mandou mensagem especial para o evento, com sua firmeza de idéias, com seu inquebrantável espirito de lutas que emocionou os presentes ao mesmo tempo que reforçou o espírito de luta de todas e todos na direção de uma sociedade mais justa!
Assistam este belo depoimento de Fé e de Luta:
Fotos de Dom Pedro Casaldáliga - Centro Burnier
Fotos do evento: Suzana Settineri