Que é a sonoridade expressão viva do jeito de ser de um povo.
De uma forma física para que a atual e futura geração tenha uma referência visual.
Entendo que o patrimônio é um todo, quando se perde algo, é como se fosse decepado um membro desse corpo.
A Lei Orgânica de Cuiabá é tácita no sentido do dever de preservação e da elaboração de projetos que viabilizem, também do ponto de vista do proprietário.
Tombamento não é sinônimo de perda de valor do imóvel nem de inviabilidade de exploração econômica, apenas a vocação é que sofre uma limitação e que a Lei Orgânica de Cuiabá autoriza o Município desenvolver programas de incentivos para compensar essa limitação.
Andei em algumas ruas da cidade e a cada olhar era como se abrisse uma página da história.
Mas, existem aqueles que insistem em arrancá-las.
Enquanto fazia algumas fotos, ouvia das pessoas histórias desses monumentos e das passagens que ocorreram.
Nossa!
Elas tinham um brilho nos olhos de orgulho quando falavam do que era e do significado que tinha para suas famílias.
Mas, ao ver parte dessas histórias sendo corroídas pela ação do homem, como se estivesse passando uma borracha e apagando todo esse legado, as pessoas adquiriam nos seus olhos uma tristeza.
Temerosas que as obras de mobilidade urbana façam despencar as últimas colunas desse patrimônio, se calam.
O silêncio é entendido como que estivessem elevando preces para que o Poder Público tenha sensibilidade e não permita que se avance sobre esses bens em nome do “progresso”.
É preciso respeitar a história de Cuiabá, como um todo, sem fragmentação e descaracterização.
Marco Antonio Veiga
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