Desde a sua fundação em 80 o PT vem despontando pela seriedade e espírito de mudanças. Sempre marcado pela ousadia dos seus dirigentes e seus militantes que nas horas mais difíceis da nossa história tiveram coragem de dizer: vamos marchar sozinhos companheiros e companheiras e o militante sempre os acompanhou sem medo de serem felizes acreditem. Na época passada não se via a tal de covardia política em nenhum dirigente ou militante, ninguém fugia da responsabilidade, se chamados partiam para o sacrifício. Hoje é moda na fala dos dirigentes de Mato Grosso proibirem quem tem coragem de se libertar e ir à luta.
Na época não éramos tantos quanto hoje, mas fazíamos um barulho que ofuscava todas às manobras da direita. Não havia a política de alianças sem princípios que fora trazido aqui para Mato Grosso no decorrer e após a eleição do segundo mandato do governo Maggi culminando com tantos prejuízos políticos para o PT MT. Na pré-discussão para consolidar tais alianças o projeto trouxe conseqüências desastrosas principalmente para o PT da capital e algumas cidades do interior.
Em Cuiabá destaca-se o caso Porto Carrero que fora impedido de ser candidato mesmo com o aval dos filiados que já o apontara pré-candidato em sufrágio antes da convenção. Os dirigentes o vetaram. Um ato covarde com o povo cuiabano que sonhavam e ainda espera ter uma opção do PT para a prefeitura. Eles querem dizer não à continuidade que acontece pós ditadura na capital quebrada uma única vez com a eleição de Frederico Campos. Como diz o jargão popular o povo devolveu a desfeita diminuindo os votos depositados no PT. O partido perdeu com isso um vereador na capital, a referência e a empatia com o eleitor que devolveu a bola dois anos depois não votando em massa em nossos candidatos federais e senador, perdemos os dois.
Onde o PT fez aliança eleitoreira mesmo tendo vitórias trouxe prejuízos políticos de graves conseqüências para os seus militantes o povo e ao partido. Os dirigentes, sem ouvir os militantes acreditavam que podiam pensar pelo povo, e os enganavam com a mais desvelada desculpa tipo: o PT de hoje é outro e é impossível fazer campanha sem dinheiro, um vicio que eles próprios implantara no PT. Ledo engano pensar que o PT é outro, o PT é o mesmo e seus militantes ainda são capazes de abraçar uma causa coletiva e boa para a cidade, o estado ou país, aliás, já provado com os quase nove anos de governo PT onde o País mudou para melhor. Alias se têm alguém mudado é a direção do Partido , e não o PT.
Para desengrenar essa marcha ré do PT aqui em Cuiabá precisamos ouvir e entender o companheiro Lula, vamos copiar seus passos políticos principalmente o dado em São Paulo, quando ele inova e lança o Haddad para candidato a prefeitura da Capital. Cara nova para as urnas e sem ter sofrido derrotas, é novo para as urnas não sendo novo para o PT, e sem ter sofrido derrotas nas urnas as possibilidades de vitórias aumentam. Por ser o PT o partido que governa o país temos o dever de oferecer ao povo a opção de escolha. Temos nome que já se prontificou para dirigir essa empreitada, é um nome em ascenção novo para as urnas da majoritária sem ser novo para o PT. Uma receita do companheiro Lula. Espero que todos os dirigentes abracem essa causa e faça a vontade do povo de a eles a oportunidade da escolha para prefeito de Cuiabá.
Urbano Ribeiro dos Reis - Índio do PT
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