Na capital paulista, apenas 70 pessoas participaram do movimento "Democracia Real Já", inspirado no movimento "Ocupe Wall Street", realizado hoje em mais de 950 cidades de 82 países de todo o mundo
A chuva deste sábado desanimou a concentração do movimento "Democracia Real Já", reunindo apenas 70 pessoas no final da manhã, no Largo São Bento, na capital paulista. O movimento, formado por indignados que protestam por uma democracia real e pelo fim da ganância corporativa, está sendo realizado hoje em mais de 950 cidades de 82 países de todo o mundo e foi inspirado no movimento "Ocupe Wall Street", iniciado em Nova York (EUA), e na tomada da praça Puerta del Sol, em maio, em Madri. Apesar do baixo número de manifestantes em São Paulo, Pedro Fuentes, um dos integrantes do movimento, acredita que hoje "é apenas o ponta pé inicial". A ideia é que o grupo acampe no Vale do Anhangabaú e realize oficinas temáticas e atividades artísticas e culturais.
De acordo com Pedro Fuentes, a causa não é partidária, embora ele também seja secretário de Relações Internacionais do PSol. "O capitalismo está se esgotando e o mundo está mudando. Só não sabemos ainda para onde vamos", afirmou. "Hoje, no Brasil, o movimento ainda é pequeno, mas no mundo é muito forte e aqui ele também vai crescer." Em São Paulo, os protestos tem um amplo leque de reivindicações, desde a legalização da maconha e do aborto, passando pelo aumento dos investimentos em Educação, até o 'fora Ricardo Teixeira', presidente da CBF.
De acordo com Maíra Tavares Mendes, professora da rede de cursinhos populares Emancipa, cerca de 200 pessoas devem acampar nesta noite no Vale do Anhangabaú. "Ainda não dá para falar em primavera brasileira", disse ela, reconhecendo que a boa situação econômica do País não atrai tantos indignados, como vem ocorrendo em alguns países da Europa, como Grécia e Espanha, e nos Estados Unidos. "O que une nosso movimento, no Brasil ao restante do mundo, é a rejeição ao neoliberalismo. Além disso, o atual regime político não nos representa."
Maíra Tavares admitiu, porém, que ainda não vê uma alternativa ao sistema capitalista. "Essa alternativa ainda precisa ser construída. Não existe ainda, porém, está surgindo."
Pescado do Brasil 247
GUERRILHEIROS VIRTU@IS:
PSOL, Ponta de Lança da DIREITA!
Enquanto o mundo vê aflorar em mais de 80 países movimentos indignados contra as políticas neoliberais que privilegiam os "de sempre"- aqueles mesmos que sempre foram contra a intervenção do Estado na economia - e que agora se colocam como 'coitadinhos' precisando de auxílio imediato sob a pena de quebrar seus países.
Estes cidadãos com seus estados lacaios - igual àquele que inventou o PROER - querendo despejar em quem causou a própria crise o pouco dinheiro que conseguem alcançar em troca de cortes em programas sociais dos mais diversos países, se negando a permitir perda de direitos trabalhistas duramente alcançados e/ou benefícios sociais na aposentadoria mais do que justos se manifestam nas ruas e nas praças nesta que pode ser a "crise final do capitalismo"!
Ao mesmo tempo no Brasil, aliados ao que há de mais 'capitalista' de nosso estado, completamente oposicionista ao governo brasileiro que, em nenhum momento, cogitou a famigerada palavra-de-ordem de 'apertar os cintos!
É ao lado de 'Cansei's, de DEMos, de PSDBs e de nossa imprensa boquirrota que o PSOL busca mais uma forma de tentar causar desestabilidade.
E os jornalões, escritos, falados e televisados acompanham a onda igualando o pseudo movimento - ínfimo - às grandiosas manifestações mundo afora!
Lá eles são contra todos os cortes nos orçamentos sociais, são contra o desemprego que assola a população jovem, são contras os apoios financeiros às instituições financeiras - tão ao gosto do FHC - que aqui não tem parametros de comparação.
Lula e Dilma já falaram que a crise no mundo não é econômica, mas sim política!
É este sistema secular que não consegue mais se revitalizar. Nas palavras do Manifesto de 1848 - "Cada crise destrói regularmente não só uma parte considerável dos produtos já criados, mas ainda uma grande parte das próprias forças produtivas já existentes. Durante as crises, abate-se sobre a sociedade uma epidemia que, em qualquer época anterior pareceria absurda - a epidemia da superprodução. A sociedade encontra-se subitamente retrotraída a um estado de barbárie momentânea: dir-se-ia que a fome, que uma guerra devastadora mundial a privaram de todos os meios de subsistência; a indústria e o comércio parecem aniquilados. E tudo isto porquê? Porque a sociedade possui demasiada civilização, demasiados meios de vida, demasiada industria, demasiado comércio. As forças produtivas de que dispõe não servem já o desenvolvimento da civilização burguesa e das relações de produção burguesas; pelo contrário, tornaram-se demasiado poderosas para estas relações, que constituem um obstáculo ao seu desenvolvimento; e todas as vezes que as forças produtivas sociais vencem este obstáculo, precipitam na desordem toda a sociedade burguesa e ameaçam a existência da propriedade burguesa. As relações burguesas tornaram-se demasiado estreitas para conter as riquezas criadas no seu seio. Como é que a burguesia vence estas crises? Por um lado, destruindo pela violência uma grande quantidade de forças produtivas, por outro lado, pela conquista de novos mercados e pela exploração mais intensa dos antigos. A que conduz isto? A preparar crises mais gerais e mais violentas e a diminuir os meios de preveni-las."
Caminha o mundo célere para uma nova ordem, para a derrocada do mercado sem peias que foi cantada em verso e prosa pelos capitalistas e seus aliados (até PSOL?).
Não digo que tenhamos a fórmula certa, mas certamente não é a dos movimentos pseudo-democráticos que tentam ocupar algum espaço em nossas mídias: "Occupy Wall Street" não se compara com o pretenso movimento 'livre de partidos' (com partidos por trás) que se apresentam!
Por fim - e não menos importante - deixo minha (do Milton e Fernando Brant) UTOPIA!
UTOPIA
Milton Nascimento e Fernando Brant
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso,um dia se realizar
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA
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