Nestes dias de Francisco o Brasil não
parou.
Muita gente acreditava que iria parar.
O Brasil não parou de refletir de
que é possível trabalhar pela igualitarização de direitos, ser mais solidário,
ou cá prá nós, mais socialistas.
Claro que o Santo Padre não veio fazer
política, mas, contribuir para a formação de uma juventude com fé e com
valores.
O que chamou a atenção desse Papa é que ao invés de discursos e
pregações, resolveu dar exemplo.
Muita gente foi tocada.
Não sei se a Igreja
Católica tem números ou meios de aferir isso, mas certamente muitos que estavam
afastados, distantes ou com a fé ameaçada, retornaram ou sentiram-se
revigorados.
Já vi, confesso, muitos bons exemplos da Igreja Católica em termos
de ação.
Acho que agora, com o exemplo papal, a prática seja multiplicada por
todos que se dizem católicos e possamos caminhar para uma cultura de paz, de
aceitação e respeito às diversas formas de ver Deus.
Os dogmas da Igreja Católica
vão permanecer, pois são os esteios sobre os quais ela se erigiu.
Então,
ninguém espere que sejam abolidos a pretexto de modernidade.
O que haverá, por certo é uma Igreja muito
mais compreensiva com as imperfeições humanas, revelando nesse aspecto a sua
divindade.
Essa proximidade que o Santo Padre deseja de sua Igreja para com os
fiéis, os não fiéis e aqueles que não possuem fé alguma, revela essa face de
bondade e compreensão.
Haverá dilemas.
Foram formados religiosos e fiéis com
outra visão e que precisarão da compreensão de todos para a sua dificuldade em
adequar-se a este projeto empreendido pelo Papa Francisco.
Isso é natural.
É
humano.
Divina é a vontade de todos para a mudança preconizada.
Essa é a face a
ser ressaltada.
Com sua fala mansa, mas, profunda, creio que o Papa Francisco
não gostaria de um país parado, boquiaberto e com cabeças apenas para ouvir
suas palavras, mas, incapazes de compreender a mensagem carregada.
Para quem
não acredita em milagre, pense bem: é argentino e mesmo assim, todos nós
ficamos encantados. Nessa altura, as pessoas já estão se perguntando: e
você?
Você mudou com Francisco?
Está
disposta?
A mensagem de compreensão e solidariedade conseguiu alcançar e tocar
esse coração endurecido pelas dificuldades?
Não sei.
Acredito que o simples ato
de estar refletindo já demonstra vontade em ser, a cada instante, um pouco
melhor.
Isso sim, é divino e sou grata ao Papa Francisco em permitir que eu
pudesse descobrir essa verdade.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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