Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

domingo, 14 de julho de 2013

LEITURA DAS RUAS




Nesse instante, já deve ter participado ou lido sobre as movimentações que ocorreram em todo o país.


 Especialistas com diferentes interpretações procuram dizer o porquê de tudo isso e formulam estranhas teorias, segundo seu pensamento ou mesmo a quem servem.


 Toda essa movimentação aconteceu porque existem problemas.


Isso é ponto.  Obvio.


 Não se necessita de nenhum raciocínio ou formulações complicadas.


 Basta apenas sentir.


 A grande dificuldade é que os movimentos trazem diferentes problemas.


Todos importantes mas, com soluções diferentes e tempos diversos também para que qualquer conquista seja efetivamente percebida pela sociedade.


 Talvez o estopim de tudo isso seja o fato da Presidenta Dilma reduzir a tributação sobre os transportes e isso não ter sido imediatamente repassado a população.


Certamente as empresas concessionárias pretendiam “guardar” para si essa economia. Depois, aqui e acolá houve o apressamento em reduzir a tarifa, mas já havia sido incendiada a consciência da população de que poderia e merecia avanços. Juntaram-se outras bandeiras, como a saúde, a educação...


 A leitura das ruas mostra que a sociedade quer mudanças e que elas passam pela reforma política, prova disso são as declarações de deputados e senadores de que não será feito exatamente nada, quando dizem que a reforma é inviável para 2014.


 Andei entre as manifestações do dia 11/07, senti a força dos sindicatos, da representatividade trabalhista e encontrei muitas caras novas, gente de 13, 14, 15....16, 17, 18...20 anos.


Esse filme eu vi, diriam alguns. A história é cíclica.


 Essas caras que eu vi, são os líderes do futuro.


Podem dizer que não tenham formação política, mas ninguém lhes retira a condição de vento novo que traz toda uma energia capaz de mudar rumos, promover recuos e grandemente ocasionar avanços.


Curioso é que em “nosso tempo”  os pais reprimiam a participação e hoje vi, pais e filhos ladeados empunhando a mesma bandeira.


 Sentimento de povo quem o compreende necessariamente tem de ser do povo, andar, estar e viver entre os comuns.


Difícil qualquer leitura intelectualizada ter legitimidade senão daqueles que são atores e ao mesmo tempo sujeitos desse processo contínuo de lutas.


 Companheiro é companheiro....


   Direita volver, jamais.



HILDA SUZANA VEIGA SETTINERI

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