Nesse instante, já deve ter participado ou lido sobre as movimentações que ocorreram em todo o país.
Especialistas com diferentes interpretações procuram dizer o porquê de tudo isso e formulam estranhas teorias, segundo seu pensamento ou mesmo a quem servem.
Toda essa movimentação aconteceu porque existem problemas.
Isso é ponto. Obvio.
Não se necessita de nenhum raciocínio ou formulações complicadas.
Basta apenas sentir.
A grande dificuldade é que os movimentos trazem diferentes problemas.
Todos importantes mas, com soluções diferentes e tempos diversos também para que qualquer conquista seja efetivamente percebida pela sociedade.
Talvez o estopim de tudo isso seja o fato da Presidenta Dilma reduzir a tributação sobre os transportes e isso não ter sido imediatamente repassado a população.
Certamente as empresas concessionárias pretendiam “guardar” para si essa economia. Depois, aqui e acolá houve o apressamento em reduzir a tarifa, mas já havia sido incendiada a consciência da população de que poderia e merecia avanços. Juntaram-se outras bandeiras, como a saúde, a educação...
A leitura das ruas mostra que a sociedade quer mudanças e que elas passam pela reforma política, prova disso são as declarações de deputados e senadores de que não será feito exatamente nada, quando dizem que a reforma é inviável para 2014.
Andei entre as manifestações do dia 11/07, senti a força dos sindicatos, da representatividade trabalhista e encontrei muitas caras novas, gente de 13, 14, 15....16, 17, 18...20 anos.
Esse filme eu vi, diriam alguns. A história é cíclica.
Essas caras que eu vi, são os líderes do futuro.
Podem dizer que não tenham formação política, mas ninguém lhes retira a condição de vento novo que traz toda uma energia capaz de mudar rumos, promover recuos e grandemente ocasionar avanços.
Curioso é que em “nosso tempo” os pais reprimiam a participação e hoje vi, pais e filhos ladeados empunhando a mesma bandeira.
Sentimento de povo quem o compreende necessariamente tem de ser do povo, andar, estar e viver entre os comuns.
Difícil qualquer leitura intelectualizada ter legitimidade senão daqueles que são atores e ao mesmo tempo sujeitos desse processo contínuo de lutas.
Companheiro é companheiro....
Direita volver, jamais.
HILDA SUZANA VEIGA SETTINERI
Nenhum comentário:
Postar um comentário