É incrível a semelhança entre as instalações do Pronto Socorro de Várzea Grande e as masmorras, prisões da idade média que acolhiam a população carcerária de antanho.
Os “nossos” administradores públicos municipais nada têm feito em termos práticos para melhoria do atendimento da população doente. Isso ataca a dignidade dos pacientes, dos médicos e demais profissionais da saúde, estes últimos implorando por dignidade no trato salarial.
A considerar os aspectos da estrutura física, humana e logística das unidades de saúde (do Pronto Socorro de Várzea Grande, em especial), deveria ser objeto (a ser reivindicado por meio da greve) o fim das masmorras e dos maus tratos aos pacientes.
Isso, aliado ao esforço daqueles profissionais comprometidos com a saúde dos várzea-grandenses, mas as condições dignas do trabalho são objetivos indissociáveis.
A comparação (do Pronto Socorro) com as medievais masmorras, é facilmente constatável, bastando uma incursão àquela unidade hospitalar para que seja observada a situação dos “hospitalizados” (jogados no corredor). Misturam-se ali dentro, no mesmo espaço e como se animais (irracionais) fossem jogados em quartos coletivos sem condições adequadas ou – pior -, nos insalubres corredores, sem o mínimo de cuidados necessários, pessoas com males diversos. Na mesma masmorra fica um leproso com pele necrosada, uma pessoa com fratura exposta e um paciente com excesso de tosse.
Pura violação de princípios humanitários que o Brasil (e a Constituição) jura defender.
Incompreensível que o gestor municipal (prefeito), que tem necessitado muito de ajuda de médicos (só não precisa de terapeuta do sono) nada tenha feito ao longo do tempo para alterar o quadro em questão.
É possível, com decisão política, que o sistema de saúde municipal seja diferente, funcional e respeitoso para com a clientela (paciente-contribuintes).
Afinal, se o sistema prisional (masmorras modernas) não funciona, menos ainda atenderá a população uma unidade de saúde que tratem velhos e crianças como presos degredados fossem.
Evitar leiloar cargos públicos na saúde (em troca de apoio político) é um bom começo para mudar a situação. Isso significa que o segurança de um deputado não poderá mais ser dirigente de posto de saúde porque o prefeito decidiu acomodarem aliados. Isso tudo com o eloqüente silêncio do Ministério Público.
Respeito é bom e o povo merece!
Lázaro Donizete da Silva, Técnico em Segurança do Trabalho, graduado em letras com especialização em educação especial e militante social.
Jusci Maria Ribeiro – Pedagoga e militante social
Nenhum comentário:
Postar um comentário