Enviado pelo editor do Blog da Dilma em Fortaleza, Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junio - cartaxoarrudajr@gmail.com
A abertura da IV Assembleia Nacional da Consulta Popular, que acontece em Salvador, escolheu o seu homenageado: Carlos Marighella, o revolucionário baiano, ”o inimigo público numero um da ditadura”, o homem que entregou sua vida por um Brasil soberano, assassinado em 1969 em São Paulo. Seu filho, Carlinhos Marighella e os convidados paulistas da ALN (Ação Libertadora Nacional) Takao Amano e Aton Fon devolveram num afetuoso discurso o cálido abraço que centos de jovens lhes ofereceram num auditório colmado na noite da inauguração do evento nacional. Foi dado, assim, o pontapé inicial do centenário do Carlos Marighella, nascido na cidade da Bahia em 5 de dezembro de 1911. Portanto será um ano dedicado ao estudo e comemorações sobre este mulato baiano, brincalhão, poeta, deputado comunista e guerrilheiro audaz, fruto de um imigrante anarquista italiano e uma negra haussá. Comemorar o seu centenário não deixa de ser um ótima oportunidade para voltar mais uma vez no tema que neste país continua ausente e subterrâneo, apesar dos esforços das Comissões da Verdade e
da Justiça: o castigo oficial, o peso da Justiça aos que cometeram torturas sob a proteção ignominiosa do Estado. Tema que países vizinhos enfrentaram frontalmente e hoje esgrimem seus satisfatórios resultados como atestado de dignidade e da necessária pressão popular, aspecto fundamental para reverter o imobilismo judicial no âmbito dos direitos humanos. Carlos Marighella e tantos outros grupos, que, armados principalmente de coragem, enfrentaram os anos de chumbo, dedicaram consideráveis energias ao regate de militantes nos porões da tortura. O ínfimo resultado não apagou a permanência do seu nome da memória popular e, a depender da maturidade e consciência política do futuro do Brasil as palavras de Carlinhos Marighella, neste centenário, poderão repercutir com sucesso no país do futuro: “Neste país não tem uma rua, uma Praça, uma escola com o nome do meu pai, um herói do povo brasileiro, quando, no mínimo, deveria haver um Estado chamado Carlos Marighella!”. Carlos Pronzato - Poeta, escritor e cineasta/documentarista
pronzato@bol.com.br
www.lamestizaaudiovisual.blogspot.com
da Justiça: o castigo oficial, o peso da Justiça aos que cometeram torturas sob a proteção ignominiosa do Estado. Tema que países vizinhos enfrentaram frontalmente e hoje esgrimem seus satisfatórios resultados como atestado de dignidade e da necessária pressão popular, aspecto fundamental para reverter o imobilismo judicial no âmbito dos direitos humanos. Carlos Marighella e tantos outros grupos, que, armados principalmente de coragem, enfrentaram os anos de chumbo, dedicaram consideráveis energias ao regate de militantes nos porões da tortura. O ínfimo resultado não apagou a permanência do seu nome da memória popular e, a depender da maturidade e consciência política do futuro do Brasil as palavras de Carlinhos Marighella, neste centenário, poderão repercutir com sucesso no país do futuro: “Neste país não tem uma rua, uma Praça, uma escola com o nome do meu pai, um herói do povo brasileiro, quando, no mínimo, deveria haver um Estado chamado Carlos Marighella!”. Carlos Pronzato - Poeta, escritor e cineasta/documentarista
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