Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um blefe tucano – por Maurício Dias

Carta Capital n˚ 635
O Governo aprovou no Congresso novo salário mínimo de 545 reais. A oposição (DEM) tentou passar 560 reais ou 600 reais (PSDB). As centrais sindicais, inclusive a petista CUT, pediam 580 reais, aparentemente alinhadas com o próprio Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O valor poderia ser também o de 2 mil, 194 reais e 76 centavos, projetado pelo Dieese, em tese, o piso capaz de satisfazer as despesas de um cidadão com saúde, transporte, previdência, lazer, educação, moradia, higiene e alimentação. Essa é a meta a ser perseguida.
Governar só tem sentido se o objetivo do governante for o de buscar, sempre e sempre, o bem-estar geral dos cidadãos. Entre essa percepção que deve guiar as ações do poder, o objetivo eleitoral da oposição e o estudo sobre o que seria um salário-mínimo perfeito – justo aos trabalhadores que vivem ou têm como referência de ganho esse valor básico – existem, porém, as polêmicas e importantes contas públicas.
Por que, então, José Serra, ex-governador de São Paulo, mantém o discurso da campanha presidencial que perdeu, de que o mínimo de 600 reais não comprometeria a estabilidade das contas federais? E, mais ainda, ao estabelecer o salário básico de 600 reais, o atual governador paulista, Geraldo Alckmin, não estaria provando, na prática, que o que Serra defende é possível?
Aparentemente, sim. Mas esse é apenas um blefe da oposição tucana.
O truque é facilmente desmontável. O salário mínimo regional, ao contrário do que acontece com o mínimo federal, não tem impacto na conta da Previdência local. Ou seja, não interfere nas contas públicas. Regula tão somente o patamar dos trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso definido em lei federal.
Alckmin fixou o mínimo em 600 reais, como Serra quer. Só que, no estado do Rio, vencida a batalha do salário no Congresso, o mínimo deverá ser de 605,32, a ser anunciado após o carnaval. O tempo é um cálculo político do governador Sérgio Cabral para evitar pressão no governo federal antes que o Congresso aprove o reajuste do mínimo. Ou seja, o salário mínimo no Rio será maior que o mínimo em São Paulo, alardeado por Alckmin.
Mágica? Cabral asfixia as contas públicas do Rio de Janeiro? Claro que não.
Considerando os trabalhadores com carteira assinada, a primeira faixa de assalariados que, no Rio, receberá o aumento integral – inflação mais correção do crescimento econômico – representa apenas 0,5% do assalariado. Ou seja, um porcentual sem representação econômica expressiva nas contas do estado. Ou seja, fala-se aqui dos trabalhadores agropecuários e florestais. Raciocínio semelhante se aplica em São Paulo.
Antes que alguém apresente o argumento de que esta mesma falácia eleitoral foi sustentada pelos petistas quando os tucanos estavam no poder, o colunista se antecipa. É verdade. Os petistas também usaram esse mesmo recurso com finalidade eleitoral. É preciso considerar, no entanto, dois “poréns” relevantes nesse ponto do debate.
O primeiro: o comportamento anterior do PT oposicionista não justifica o mesmo comportamento do PSDB oposicionista, no poder antes e na oposição agora. O segundo: em oito anos de governo, Lula possibilitou um ganho real de 53% para o salário-mínimo.
Isso faz a diferença entre o PT e o PSDB no governo.
Andante Mosso (incompleto)
Farsa 1:
José Serra pegou carona na situação da Líbia para espalhar, no twitter, o terror político entre os adversários. Lula é o alvo. Foi transformado em amigo de Kaddafi, um ditador chamado outrora de “o louco de Trípoli”. O reingresso de Serra no cenário, após a derrota eleitoral de 2010, tem sido um desastre. Teve um artigo e uma entrevista criticados, surpreendentemente, pelos seus próprios aliados. O ex-candidato tucano parece ter esquecido sua cálida recepção ao vice de Kaddafi, Ashamikh, quando governador de São Paulo.
Farsa 2:
Em 2009, entretanto, no governo de São Paulo, Serra recebeu amistosamente, como era devido, o vice-primeiro-ministro da Líbia. Imbarek Ashamikh anunciou a disposição do governo Kaddafi de investir no Brasil muitos milhões de dólares. Este é apenas mais uma prova de que Serra se desnorteou desde que, em campanha eleitoral no Rio, recebeu uma pancada na cabeça proveniente do impacto de uma bolinha de papel. A consequência percebe-se agora: a vítima sofreu traumatismo moral.
A flor e o espinho
Já brotaram espinhos na relação entre o senador Aécio Neves e o governador mineiro, Antonio Anastasia, onde, antes, havia somente flores. Anastasia não manteve o secretário de Esportes, Alberto Rodrigues, que Aécio nomeou 6 meses antes de deixar o governo. Era para Rodrigues ficar.
Enviado pelo editor do Blog da Dilma em São Paulo, Júlio Amorim - jotamorim@gmail.com

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