SEGURANÇA

Há que se pensar, portanto, que as demais incursões necessárias sobre outros pontos controlados pelo tráfico desde longa data, estejam apenas aguardando a consolidação da posição nas áreas recuperadas para a sociedade.
Seria inimaginável que se permanecesse em estado letárgico esperando que o tráfico se reagrupe, se reequipe e possa vir a constituir uma oposição armada contra as forças de segurança.
Quem já esteve na caserna sabe que tão logo um líder tombe, outro assume o posto. Prender alguns e afastá-los não é suficiente, já que outro lugar-tenente toma o posto daquele que foi tombado e dá seguimento as ações.
Entendo que apenas a total desarticulação das organizações criminosas pode permitir a pacificação e a restauração da ordem. As ações iniciadas devem seguir, com trabalho de inteligência indicando onde estão os pontos nevrálgicos e com ações cirúrgicas, ir retirando a capacidade das organizações criminosas imporem a sua vontade sobre os demais cidadãos.
Há que se pensar que os demais Estados-membros aproveitem e façam um esforço semelhante para não permitir a migração e o enraizamento do processo em seu território.
Não pensem que estão imunes dos problemas que levaram ao agravamento da situação no Rio de Janeiro.
As UPPs que estão sendo implementadas no Rio de Janeiro precisam ser disseminadas em vários Estados, sem a necessidade de aguardar uma situação de insustentabilidade para agir.
Claro, cada caso merece o tratamento adequado. Somente estaremos seguros quando não precisarmos negociar nossa dignidade.

Hilda Suzana Veiga Settineri
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