Para Jan Fjeld, editor de showbiz do UOL, os furos, reportagens, entrevistas, serviços, blogs e as críticas ainda fazem parte do cotidiano jornalístico. A diferença será no modo como trabalhamos essas informações como, por exemplo, a indexação nas publicações através de tags, com o intuito de se criar um banco de dados sobre determinado assunto, reunindo as dados a respeito e oferecendo isso de modo prático e objetivo ao leitor interessado.
Ao lado de Alex Needham (The Guardian) e Marcelo Costa (Scream & Yell), Fjeld integrou a mesa que discutiu o editor e as possíveis narrativas diante da inserção das novas mídias, no segundo dia do III Seminário Internacional Rumos do Jornalismo Cultural.
Jan Fjeld ressaltou alguns trabalhos que vem realizando dentro do UOL, já que, em sua opinião, se há outro tipo de mídia há, necessariamente, outro tipo de massa. Mesmo com os 93% de direitos autorais do mercado da música global nas mãos de apenas quatro gravadoras, houve um aumento significativo no catálogo de artistas independentes, o que evidencia sua tese de nova mídia, nova massa.
Porém, essa massa tem um contato direto com uma gama tão grande de informações que talvez seja necessária a criação de novos filtros. Fjeld citou uma frase de Clay Shirky que menciona que “não há um excesso de informações, há um excesso de falhas nos filtros”.
Filtros esses que remetem a uma verificação quanto à sua procedência. Jan comenta que o papel do editor talvez tenha ficado mais fácil pela quantidade de informações disponíveis, porém muito perigoso também, já que não sabemos a origem de todas elas. “Nós temos acesso a um conteúdo maior, porém isso não dispensa a investigação jornalística”, comenta Jan. “O papel do editor e do jornalista é pegar todo esse leque de conteúdo e colocá-lo dentro de um contexto”, completa.
Quando questionei se os blogs não estão fazendo esse papel de filtro e contextualização que as pessoas procuras, Jan foi enfático ao dizer que “os blogs são um grande filtro. O blog que tem contexto, furos e formas diferenciais com certeza será usado como filtros pelas pessoas”.
Jan acredita tanto no poder da ferramenta blog que o coloca como item na escolha de um bom profissional de jornalismo. “Um bom jornalista deve ser interessado e, principalmente, curioso, muito curioso. Deve ler Folha de S. Paulo, The Guardian e blogs. Não precisa ser necessariamente formado em jornalismo. Talvez formado em história”, finaliza.
Por Cleyton Carlos Torres, jornalista e blogueiro. Foto: Cleyton Carlos Torres.
Ao lado de Alex Needham (The Guardian) e Marcelo Costa (Scream & Yell), Fjeld integrou a mesa que discutiu o editor e as possíveis narrativas diante da inserção das novas mídias, no segundo dia do III Seminário Internacional Rumos do Jornalismo Cultural.
Jan Fjeld ressaltou alguns trabalhos que vem realizando dentro do UOL, já que, em sua opinião, se há outro tipo de mídia há, necessariamente, outro tipo de massa. Mesmo com os 93% de direitos autorais do mercado da música global nas mãos de apenas quatro gravadoras, houve um aumento significativo no catálogo de artistas independentes, o que evidencia sua tese de nova mídia, nova massa.
Porém, essa massa tem um contato direto com uma gama tão grande de informações que talvez seja necessária a criação de novos filtros. Fjeld citou uma frase de Clay Shirky que menciona que “não há um excesso de informações, há um excesso de falhas nos filtros”.
Filtros esses que remetem a uma verificação quanto à sua procedência. Jan comenta que o papel do editor talvez tenha ficado mais fácil pela quantidade de informações disponíveis, porém muito perigoso também, já que não sabemos a origem de todas elas. “Nós temos acesso a um conteúdo maior, porém isso não dispensa a investigação jornalística”, comenta Jan. “O papel do editor e do jornalista é pegar todo esse leque de conteúdo e colocá-lo dentro de um contexto”, completa.
Quando questionei se os blogs não estão fazendo esse papel de filtro e contextualização que as pessoas procuras, Jan foi enfático ao dizer que “os blogs são um grande filtro. O blog que tem contexto, furos e formas diferenciais com certeza será usado como filtros pelas pessoas”.
Jan acredita tanto no poder da ferramenta blog que o coloca como item na escolha de um bom profissional de jornalismo. “Um bom jornalista deve ser interessado e, principalmente, curioso, muito curioso. Deve ler Folha de S. Paulo, The Guardian e blogs. Não precisa ser necessariamente formado em jornalismo. Talvez formado em história”, finaliza.
Por Cleyton Carlos Torres, jornalista e blogueiro. Foto: Cleyton Carlos Torres.
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