Nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, duas bombas atômicas, que causaram mais de 200 mil mortes, contaminações terríveis pela radioatividade e um sofrimento que perdura até hoje com as sequelas sofridas pelas vítimas e seus descendentes. É o único ataque nuclear da história e o mais terrível de todos os tempos.
Hiroshima e Nagasaki não eram cidades estratégicas na guerra do Pacífico, que se aproximava do fim quando ocorreram os ataques. Armas nucleares jamais tinham sido utilizadas contra seres humanos e suas consequências eram desconhecidas, Mesmo assim, os Estados Unidos fizeram uso delas no que foi interpretado como demonstração de superioridade e experiência tecnológica.
Desde os terríveis ataques, Hiroshima relembra anualmente a tragédia, com cerimônias no Memorial da Paz para que nunca mais algo de semelhante aconteça. Hoje, os 65 anos da bomba de Hiroshima são lembrados, e, pela primeira vez, com a presença de um diplomata dos EUA, o embaixador John Roos.
O governo japonês elogiou a decisão dos EUA e o prefeito de Hiroshima acredita que “a presença do embaixador vai fortalecer a opinião mundial contra o uso de armas nucleares e a desnuclearização”. O tempo costuma apagar os piores sentimentos, mas os sobreviventes do ataque ainda têm suas desconfianças. “O melhor que eles teriam a fazer era pedir desculpas, mas duvido que isso vá acontecer”, disse à AP Terumi Tanaka, sobrevivente de Nagasaki e secretária-geral da Confederação Japonesa de Sobreviventes a Ataques Nucleares.
O momento de relembrar Hiroshima e Nagasaki é sempre doloroso e nos leva a pensar na condição humana e de tudo o que o homem foi capaz de fazer ao longo dos séculos sob diferentes pretextos. São difíceis as palavras para traduzir o sofrimento do povo japonês diante dos ataques nucleares, e por isso escolhi a sensibilidade de um poeta brasileiro, Vinícius de Morais, e a interpretação profunda de Ney Matogrosso para acompanhar este post de homenagem a todas as vítimas de Hiroshima e Nagasaki.
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