Secretário Deodato Ramalho planta muda com o apoio da Comunidade do Jangurussu |
Jangurussu, parque Rio Branco e Lagoa do Opaia. Três áreas verdes da Capital, que estão com a vegetação devastada e a estrutura precária, começaram a ser revitalizadas. Ontem, quatro meses após acordo firmado entre Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e três construtoras de Fortaleza, as primeiras árvores foram plantadas no Jangurussu pelo titular da Semam, Deodato Ramalho, e representantes das empresas Rossi, Diagonal e BSPar.
A previsão é de que os espaços, escolhidos pela Semam, sejam revitalizados num período de três a cinco meses. O acordo foi assinado após a polêmica derrubada de árvores no terreno na Aldeota, na esquina das avenidas Santos Dumont com Virgílio Távora, no Carnaval. No local, de propriedade da BSPar, devem ser construídas três torres. Pela lei do Licenciamento Ambiental do Município (lei 8.738), construtoras devem pagar, no mínimo, 0,5% do custo total do empreendimento para reparar danos ambientais.
No entanto, por causa de liminar da Justiça, desde 2009 nenhuma empresa é obrigada a fazer o pagamento. Mesmo assim, Rossi, Diagonal e BSPar optaram por firmar o acordo. “Se a liminar cair, eles já vão ter pago antecipadamente. Se ficar valendo de vez, o que eles fizeram será descontado em taxas que devem ser pagas à Semam (no momento de construir um empreendimento)”, diz Deodato. Com o pagamento das medidas compensatórias, que é retroativo a 2009, a Semam arrecadou R$ 840 mil.
Secretário Deodato Ramalho conquista a simpatia da criançada da Comunidade do Jangurussu |
Com a verba, Jangurussu, parque Rio Branco e Lagoa do Opaia vão receber nova arborização simultaneamente. Segundo Deodato, vão ser plantadas, por exemplo, mudas adultas de pau d’arco, pau-brasil, jacarandá e cumaru. Além disso, arbustos e gramas também vão fazer parte das áreas verdes.
Durante um ano, segundo o secretário, as construtoras se comprometem a fazer a manutenção dos locais.
O acordo previa ainda a recuperação da praça Clóvis Beviláqua. No entanto, segundo Deodato, o valor arrecadado foi menor que o esperado. “No início, imaginávamos que o cálculo das medidas compensatórias ficaria em torno de R$ 1,8 milhão”. Durante a solenidade, no Jangurussu, moradores reclamaram da falta de atenção à comunidade. E da grande quantidade de lixo que é colocada irregularmente no espaço onde ficava o antigo aterro.
“A gente quer a preservação do verde e melhorias para a nossa comunidade”, reivindicava a moradora Antônia Socorro dos Santos, da Associação Comunitária dos Carentes do Grande Jangurussu.
Deodato explicou que a comunidade foi escolhida justamente para revitalizar o lugar e evitar o acúmulo de lixo. “Antes das árvores começarem a ser plantadas, vai ser feita uma limpeza. E a gente pede ajuda a população para manter o bosque e denunciar quem joga lixo nesse local”.
ENTENDA A NOTÍCIA
Desde 2009, o pagamento de medidas compensatórias por danos ambientais está suspenso pela Justiça. Após polêmica do corte de árvores na Aldeota, construtoras firmaram acordo com aSemam para recuperar alguns espaços. Gabriela Meneses - O Povo.
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