
A lista de empregadores autuados por exploração de trabalho escravo foi divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. Quarenta e oito pessoas foram incluídas no cadastro, que é atualizado a cada seis meses, e 15 tiveram o nome retirado do documento. No total, a lista de trabalho escravo tem 251 empregadores, espalhados por 16 Estados diferentes.
Segundo levantamento, as regiões Norte e Centro-Oeste lideram as ocorrências, que ocorrem, na maioria das vezes, no meio rural.
No Pará, em uma única fazenda, no município de Cumaru do Norte, a 749 Km de Belém, 154 trabalhadores foram libertados. O dono da propriedade, Adenilson Rodrigues da Silva, frequenta a lista do ministério desde dezembro de 2004.
Goiás figura em terceiro lugar na lista, com 23 empregadores multados. No Estado de São Paulo, houve apenas uma ocorrência. Em julho deste ano, um empregador da zona rural de Mogi Mirim, a 160 km da capital, foi autuado e 10 trabalhadores, resgatados.
Em dezembro do ano passado, 220 pessoas foram autuadas por manterem trabalhadores em condições análogas à escravidão.

Segundo Moreira, as principais causas da manutenção do nome no cadastro são a não quitação das multas, a reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário.
Aqueles que pagarem todas as pendências e não voltarem a cometer o crime estarão aptos a deixar o cadastro após um prazo de dois anos. Desde 2003, uma portaria do governo federal impede a concessão de empréstimos de instituições bancárias públicas a infratores que estejam envolvidos com a prática de trabalho escravo.
O Código Penal brasileiro caracteriza como trabalho escravo qualquer pessoa que seja submetida a jornadas exaustivas ou que seja proibida de se locomover em razão de dívida contraída com o empregador.

(Da redação PnB Online, com Estadão)
É assustador ver como o homem se corrompe e como afeta muitas vidas. O ser humano é capaz de ser cruel, impessoal, egoísta e ambicioso.
ResponderExcluirÉ o animal mais inteligente e perfeito que existe, mas é o mais desumano.
Pessoas que não tem estudo, desprovidas de conhecimento e com um número grande de dependentes têm a tendência de entrar nesta vida famigerada, sendo convencidos por algum "gato" de que conseguirá um ótimo trabalho para sustentar sua família. Após são forçados a trabalhar para seu próprio sustento.
O que pensam os donos destas fazendas, sabendo que seus lucros estão aumentando devido à mão de obra barata?? Será que pensam ao menos uma vez que um homem é preciso trabalhar até o esgotamento para que seu gado possa pastar??
Devemos fazer algo contra isto, mas uma pessoa apenas não tem a força suficiente... Serão necessários mais de nós para conseguirmos alguma punição mais severa contra crimes hediondos como este. Mas tudo o que vai volta, pois ninguém é obrigado a plantar mas é obrigado a colher seus frutos!!