
As fábulas infantis que tanto encantaram o mundo trazem a personagem Peter Pan, como um menino que se recusa a crescer. Na história recente e não nas fábulas, alguns países com potencial “recusavam-se” a crescer, preferindo adotar a personagem as características de fragilidade e dependência. O modelo adotado de desenvolvimento tinha estranhas receitas alienígenas cujo objetivo era trabalhar para pagar juros de uma dívida externa infindável. A última destas, levou o Brasil a privatizar tudo, sob o pretexto que o Estado era muito grande e que estatais eram sempre deficitárias e que comprometiam a capacidade de se investir em outras áreas. Passado aquele momento, privatizando-se tudo, a conta continuou e o Brasil se desfez de um patrimônio público incalculável. Vale recordar que no fim daquela administração neo-liberal o país não tinha crédito junto às instituições e apelou-se inclusive, para a insinuação de que se eleito um governo de esquerda representado por Lula, era um perigo, de estatizar tudo, de voltar o ciclo inflacionário, enfim, de toda sorte de problemas

. O brasileiro jamais se acovardou e nunca teve o desejo de se curvar as pressões dos organismos internacionais e por isso votou em Lula. O inimaginável aconteceu. A situação interna encontra-se equilibrada e em expansão da capacidade econômica de todos os brasileiros e se não bastasse isso, a dívida externa não mais existe. Os mais experientes devem lembrar de como o país andava sempre com um pires à mão pedindo empréstimos ao FMI e Banco Mundial, e quão impiedosa eram as condições impostas para se obter o empréstimo. O Brasil passou de importador de modelo de desenvolvimento para exportador, uma vez que as receitas ortodoxas dos economistas conservadores não conseguiu resolver o problema do subdesenvolvimento e do endividamento de nenhum país. Comecei falando da fábula de Peter Pan, mas eis que agora aqueles que deram sustentação a esse quadro de dependência ressurgem rejuvenescidos por uma técnica que nem a mais desenvolvida cirurgia estética conseguiu reproduzir, apresentando um discurso desenvolvimentista, de independência, -pasmem - de estatização. Esse efeito camaleônico, no entanto, não muda as características, nem aumenta a capacidade de realizarem esses projetos de colocar em cada casa encanamento capaz de servir abundantemente o refrigerante preferido de cada família. Parafraseando Ulisses Guimarães, “o canto das sereias”, felizmente não tem mais a capacidade mágica de iludir nem ao mais incauto dos aventureiros, basta ver o resultado das pesquisas que, cada vez mais, mostram a aprovação do estilo petista de governar , representado por LULA e a compreensão por todos os brasileiros que seguir em frente sem retroceder, significa votar em DILMA PRESIDENTE.

POR hilda Suzana Veiga Settineri
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