O PiG sul-rio-grandense é um peso para o gaúcho
Quando Temer foi anunciado oficialmente o vice de Dilma (homologação na convenção do PMDB em junho), o grupo RBS, pelos seus empregados, fez comentários desabonadores e jocosos. Foi escrito, por exemplo, que Dilma “(...) subiu ao palco para celebrar a aliança, ao lado de Temer, José Sarney e Renan Calheiros” (clique aqui para ver), como se o PMDB fosse formado somente por esses dois últimos cavalheiros indigestos.
A RBS também se preocupou em descrever pormenores daquele encontro de escolha do Temer: ”(...) a convenção do PMDB foi descrita como “morna” pelos participantes. As cadeiras vazias na área do mezanino sugeriam desmobilização, e em vez de discursos empolgados o que se viu foram falas protocolares. O público registrado durante a convenção, que concorria com os jogos da Copa do Mundo, foi quase a metade do que era esperado" (clique aquipara ver).
Antes da convenção do PMDB, o senador Pedro Simon (PMDB), que junto com Fogaça inventaram a “imparcialidade ativa” (clique aqui para ver), recebeu generosos espaços nos veículos da RBS para dizer que “ - Essa indicação de Temer não vale dois mil réis” (clique aqui para ver).
Resumo da ópera: a RBS informou aos gaúchos que o vice de Dilma era uma escolha equivocada, não somava e desacreditava a chapa.
Mas como se portou a RBS no dia seguinte ao lançamento do vice de José Serra?
A colunista Carolina Bahia, escalada para louvar a escolha demotucana, afirma na ZH, página 21 (edição de 1ºJUL20910) que embora “Índio da Costa não tem densidade eleitoral”, sua indicação “serve como ponte (...) junto ao eleitorado fluminense”.
Carolina Bahia também apresenta Índio da Costa como um “antídoto” para as acusações contra o mensalão do DEM/DF porque foi o “relator do Ficha Limpa”. Ou seja, a articulista do grupo RBS simplesmente – e descaradamente - estava reproduzindo o discurso proferido por José Serra depois da divulgação do nome de seu segundo vice (nunca esquecendo que Álvaro Dias já havia sido apresentado com o parceiro na chapa de Serra).
A coluna de Carolina Bahia também identificou um fato simpático em relação ao completo desconhecido Índio da Costa: suas origens no Sul - é filho de gaúcho.
Portanto, para a RBS, agora sim os sul-rio-grandenses estão diante de um bom vice. E de lambuja, o Índio é filho de guasca.
Dois vices, duas medidas.
Nota: PiG é o Partido da Imprensa Golpista, segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim
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