Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

sábado, 13 de agosto de 2011

Diassis Martins no Festival da Cachaça

Maranguape recebe neste fim de semana a primeira edição do Festival da Cachaça, que pretende resgatar a importância desta bebida para o Estado do Ceará.
Mesmo que seja encontrada aos montes em bares, botecos e restaurantes cearenses, a cachaça nunca perdeu uma certa imagem negativa. Enquanto o apreciador de vinho é visto com elegância e sofisticação, o conhecedor de cachaça não passa, para muitos, de um “cachaceiro”. Com a proposta de acabar com esse preconceito, a Praça Capistrano de Abreu em Maranguape recebe hoje e amanhã a primeira edição do Festival da Cachaça.
Misturando degustação, oficinas de drinques promovidas pelo Senac e música, o Festival pretende valorizar a cachaça enquanto item cultural do nordeste brasileiro. “As bebidas são usadas como produto cultural em muitos países. Na Escócia tem o uísque, na Itália tem o vinho, na Alemanha tem a cerveja. Por que o Ceará não pode ter a cachaça como um produto definido? Nós temos os maiores produtores aqui”, questiona Kássio César, produtor do evento. Segundo ele, o hábito do turista de levar cachaça como uma lembrança do Estado vem se acabando. “Nossa cachaça perdeu espaço para Minas Gerais, que surgiu no declínio do Ceará”, completa.

Assim como a cachaça, outro produto nordestino que vai encontrar seu lugar no festival é o forró. Cinco atrações voltadas ao forró tradicional sobem ao palco para mostrar seus trabalhos. Convidado para abrir a programação musical no sábado, Diassis Martins aprovou a ideia. “Acho interessante ter a oportunidade de cantar ao lado de companheiros que fazem o forró autêntico. Alguém tem que ter a oportunidade de tocar o forró que o Gonzagão tocou”, comenta. Para ele, assim como a cachaça, o forró é um produto que também deve ser bem tratado. “Temos que preservar a qualidade musical e de letras. Que não desvalorize a mulher, que não exagere na pornografia”.
Quando o assunto é cachaça, Diassis Martins também tem o que dizer. “Eu fui criado por um fabricante de cachaça. Meu pai e meu avô eram donos de alambique. Ou seja, já tenho intimidade desde criança com essa danada”, brinca lembrando que, no Nordeste, a mistura do forró com a cachaça já não é novidade. “É uma tradição junto dos engenhos. Toda vida que tinha um ‘forrozim’, tinha uma cachacinha também. Dá uma animação, contanto que não haja exagero”. Fica a dica de quem entende.
SERVIÇO
FESTIVAL DA CACHAÇA
O quê: evento misturando oficinas, atrações musicais e degustação de cachaçaOnde: Praça Capistrano de Abreu, em Maranguape. Horário: das 16h às 23h - Quanto: gratuito - Outras informações: 3023 1596.
Programação: Hoje (13), Diassis Martins, Cacimba de Aluá e Kbra da Peste; e amanhã (14), Messias Holanda e Vanin & Nissinha. Nos dois dias, a programação conta com degustação e oficinas de drinks.
Inscrições pelo endereço: www.ideiadeevento.com.br/festivalcachaca
Marcos Sampaio - marcossamapaio@opovo.com.br

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