Sonho que as crianças, do mundo todo, possam dormir quentinhas, com suas barriguinhas cheias, longe de toda e qualquer agressão física, sexual, moral ou intelectual e que todas possam usufruir das alegrias de uma infância linda e protegida. Sonho que tenham um futuro maravilhoso. Não só as crianças de hoje, mas também seus filhos, os filhos de seus filhos e também os filhos destes. Sonho com um planeta protegido, com medidas que eliminem a cobiça que destrói nosso porvir!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tucanos detonam a TV Cultura

Por Altamiro Borges - O Estadão teve acesso com exclusividade a um relatório interno da TV Cultura. O cenário é desolador. A sua audiência despencou nos últimos anos. A média atual é a mais baixa da sua história – corresponde a 0,8 ponto, o equivalente a 47,2 mil domicílios. Essa queda teve reflexos na própria arrecadação da emissora: em maio, a receita obtida foi 58% menor do que a prevista pela atual administração.
O jornal relata o crime, mas suaviza nas críticas aos criminosos – o PSDB, que há quase duas décadas no comando de São Paulo promove o desmonte da outrora respeitável emissora pública. O Estadão também evita condenar as últimas medidas de “ajuste” na TV Cultura, encabeçadas pelo truculento João Sayad, atual presidente da Fundação Padre Anchieta, que aceleraram a sua destruição.

993 trabalhadores demitidos
Nos últimos 12 meses, a direção da emissora demitiu 993 trabalhadores – 46% dos seus funcionários. O desmonte, apresentado como “modernização empresarial”, afundou de vez a TV Cultura. Segundo o repórter Jotabê Medeiros, “historicamente, as audiências eram baixas, mas nunca chegaram a tal patamar... A queda média de audiência é de 26% em um ano, e a Cultura ficou 21 dias no penúltimo lugar e 10 dias no último na Grande São Paulo em maio”.
Ainda segundo o jornalista do Estadão, “todos os indicadores do relatório são negativos. A meta de arrecadação de fontes externas, em maio, era de R$ 4,7 milhões, e a emissora conseguiu levantar R$ 1,99 milhões. O governo investe R$ 84 milhões na Cultura, que tem dividido com a TV Gazeta os últimos lugares de audiência”. Diante do desastre, as bravatas “gerenciais” de João Sayad passaram a incomodar até integrantes do novo governo estadual.
Menosprezo pela emissora pública
A estratégia de “enxugar custos”, demitindo funcionários e reduzindo a programação da emissora, pode resultar na sua total inanição. “Corremos o risco de a TV não agüentar esse processo. É impossível de sustentar”, alerta um conselheiro da emissora, que preferiu não se identificar. Crescem as críticas também ao desvio de funções. O estudo aponta que 22 funcionários recebem pela emissora para, na verdade, atuarem na Secretaria de Estado da Cultura.
O desmonte da TV Cultura confirma o total menosprezo dos tucanos pelo sistema público de comunicação. O PSDB já conta com o apoio da mídia privada, que omite suas maracutaias e ineficiências. Além disso, por sua concepção neoliberal, o partido é contrário a presença do Estado neste setor estratégico. Autoritários, os tucanos têm uma visão instrumental da emissora pública, utilizando-a apenas para os seus projetos eleitoreiros.
Os exterminadores Serra e Alckmin
Nos últimos cinco anos, a TV Cultura teve três presidentes, cada um ligado a um governador. “Marcos Mendonça, no período 2004-2007, começou o mandato no governo Geraldo Alckmin, mas teve de sair por exigência de José Serra. O tucano escolheu como substituto o jornalista Paulo Markun, que o desagradou progressivamente, por não conseguir ‘enxugar’ a televisão no ritmo almejado. Ao deixar o governo para disputar as eleições, em 2010, Serra encaminhou uma nova mudança: instruiu o sucessor, Alberto Goldman, a apoiar a eleição do então secretário de Cultura, João Sayad, para o comando. Mas o custo político que o desmonte da Cultura traz, segundos fontes, tem desagradado ao atual governador”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ONÇA PINTADA

UM BLOG ONDE EU POSSA ENSINAR O POUCO QUE SEI E APREENDER MUITO, COM TODOS OS QUE FIZEREM UMA VISITA, NÃO DEIXEM DE COMENTAR, OK